Oficialmente, quatro pessoas morreram por exposição excessiva à radiação, mas o número de vítimas contaminadas ainda gera discussão, mesmo 22 anos após a tragédia ter ocorrido. O governo federal reconhece 120 pessoas contaminadas. O governo de Goiás, porém, fala em um número quase dez vezes maior: 1 032 casos. O acidente começou no dia 13 de setembro de 1987, quando dois sucateiros encontraram nas ruínas do antigo Instituto Goiano de Radioterapia, em Goiânia, um equipamento contendo césio-137. Essa substância radioativa acabou ficando exposta quando os sucateiros decidiram abrir o equipamento abandonado. Na época, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) - órgão sediado no Rio de Janeiro, responsável pela fiscalização de fontes de radiação no país - examinou 112 800 pessoas, mais de 10% da população de Goiânia.
"Nesse trabalho, identificamos 120 pessoas que apresentaram contaminação no corpo por causa do contato com a fonte de césio", afirma o engenheiro Alfredo Tranjan Filho, da CNEN, que fornece os números reconhecidos pelo governo federal. Hoje, muitos dos sobreviventes sofrem de doenças que podem estar relacionadas à radiação, como câncer, hipertensão, gastrite e problemas psicológicos. "Verificamos que, entre as pessoas diretamente atingidas, a possibilidade de aparecimento de câncer é cinco vezes maior entre os homens e três vezes maior entre as mulheres, em comparação ao resto da população da cidade", diz a oncologista Maria Paula Curado, diretora da Superintendência Leide das Neves (Suleide), entidade que presta assistência às vítimas do acidente.
"Nesse trabalho, identificamos 120 pessoas que apresentaram contaminação no corpo por causa do contato com a fonte de césio", afirma o engenheiro Alfredo Tranjan Filho, da CNEN, que fornece os números reconhecidos pelo governo federal. Hoje, muitos dos sobreviventes sofrem de doenças que podem estar relacionadas à radiação, como câncer, hipertensão, gastrite e problemas psicológicos. "Verificamos que, entre as pessoas diretamente atingidas, a possibilidade de aparecimento de câncer é cinco vezes maior entre os homens e três vezes maior entre as mulheres, em comparação ao resto da população da cidade", diz a oncologista Maria Paula Curado, diretora da Superintendência Leide das Neves (Suleide), entidade que presta assistência às vítimas do acidente.
4 comentários:
É interessante como as coisas acontecem, a mídia explora durante o tempo que lhe convém, e depois cai no esquecimento. E nós acabamos por esquecer também. Parabéns pelo artigo.
Abraços
pois é...
depois que a notícia não vende mais jornal, todo mundo caga e anda...
Pois é amigo, e a coisa anda de mal a pior por aqui. O índice de câncer do estado é o maior do Brasil, e em nossas pesquisas constatamos que o leito aonde é feita a captação de agua da cidade foi infectado na época. temos muito material para discussão, se por ventura tiver interesse mande um email
renato_jornalista@yahoo.com.br
forte abraço
Bom post, foi uma grande desgraça o acontecido em Goiânia.
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