sábado, 28 de fevereiro de 2009

Brasil recorre à energia ‘suja’


O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo por causa da predominância das hidrelétricas na produção de energia. Mas, se não houver uma mudança substancial no que está sendo planejado para os próximos anos, a tendência, no futuro, é de aumento da geração mais "suja" de energia elétrica.O Plano Decenal de Energia Elétrica - documento do Ministério de Minas e Energia que traça as metas para o setor no período 2008-2017 - estima que a capacidade total de geração do País terá de saltar dos atuais 99,7 mil megawatts (MW) para cerca de 154,7 mil MW em 2017. Desse acréscimo de 55 mil MW, cerca de 20,8 mil MW deverão ser gerados em usinas térmicas, como nuclear, a gás, carvão, diesel, óleo combustível ou movidas a biomassa. O mesmo documento prevê que até 2017 deverão entrar em operação 40 novas usinas movidas a óleo combustível, tidas como mais caras e poluentes. Elas devem contribuir com 7,5 mil MW para a expansão do sistema.Esse avanço da geração em usinas termelétricas tem seu preço. O próprio governo calcula que as emissões de gás carbônico para geração de energia por meio dessas usinas podem passar dos atuais 14 milhões de toneladas por ano para 39 milhões de toneladas em 2017. Isso gerou polêmica entre ambientalistas, que pedem revisão do plano decenal. As autoridades para o setor elétrico rebatem as críticas alegando que o País tem de recorrer às térmicas porque as licenças ambientais para as usinas hidrelétricas - que são mais limpas do ponto de vista das emissões - demoram a ser liberadas pelos órgãos ambientais.Enquanto ambientalistas e especialistas discutem, as térmicas avançam. Há cálculos até mais pessimistas em relação ao futuro das emissões no Brasil. O Instituto Teotônio Vilela, vinculado ao PSDB, fez um alerta no início do ano de que a geração de energia no Brasil poderá, em 2017, somar emissões anuais de gás carbônico de 75 milhões de toneladas. O maior volume leva em conta um cenário mais pessimista - que também é admitido pelo governo - no qual haveria atraso nas obras de 36 usinas hidrelétricas nos próximos anos. Mesmo assim, o plano decenal prevê que as hidrelétricas continuam sendo a base do sistema brasileiro, mas a participação na geração de energia cairia dos atuais 86% para 76% em 2017.


Fonte: Leonardo Goy/ Estadão Online

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Grã-Bretanha lança programa para reciclar fraldas descartáveis


Várias cidades britânicas poderão adotar um esquema para reciclar milhares de toneladas de fraldas descartáveis usadas, transformando-as em produtos que vão de telhas a capacetes para ciclistas. O Metano extraído das fraldas é transformado em gás, usado para a geração de energia.A primeira usina, em Birmigham, deverá entrar em operações em meados de 2010, e estão em discussão planos para outras instalações do tipo nas cidades de Manchester, Liverpool e Londres até 2014. A usina de Birmigham, que custa o equivalente a US$ 17 milhões, deverá processar 36 mil toneladas de fraldas descartáveis por ano, de acordo com sua operadora, a empresa canadense Knowaste. As fraldas contém plásticos, fibras, celulose e polímeros absorventes e, de cada tonelada de fraldas reciclada, podem ser extraídos 400 quilos de celulose e 145 metros cúbicos de gás, segundo a Knowaste.Os bebês usam em média mais de 3,6 mil fraldas até que aprendem a usar o banheiro. Estima-se que um total de 800 mil toneladas de fraldas por ano - usadas por bebês e pessoas com incontinência - acabam em aterros sanitários na Grã-Bretanha. Nesses locais, as fraldas podem levar até 500 anos para se decompor, segundo a Knowaste.A empresa ressalta que os produtos criados a partir da reciclagem são seguros de usar. As fraldas que entrarem na usina serão retalhadas e lavadas. A polpa resultante será tratada quimicamente para que sejam desativados o gel absorvente e para a remoção do plástico.A Knowaste já abriu usinas semelhantes no Canadá e na Holanda.

Fonte:http://www.bbc.co.uk/

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Aumento do nível de CO2 na atmosfera acelera em 2008, diz relatório


O aumento de dióxido de carbono na atmosfera acelerou no ano passado, disse à Reuters nesta quarta-feira (25) a Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.Os novos dados podem abalar a esperança de que a desaceleração da indústria e a diminuição das emissões de carbono, que começaram no fim do ano passado, pudessem temporariamente adiar a mudança climática.Alguns analistas esperavam que a recessão desse alguma margem para que o mundo revertesse o impacto sofrido pelo clima. Os novos dados da NOAA (sigla em inglês para a agência dos EUA que monitora oceanos e atmosfera) mostram que os níveis de dióxido de carbono registraram aceleração leve no ano passado."Para nós vermos (o impacto) na atmosfera, precisaríamos de uma forte queda das emissões, mas isso não aconteceu ainda e isso está muito claro a partir desses dados", disse Thomas Conway, cientista da área de clima da NOAA que ajudou a compilar os números."Se a mudança nas emissões é apenas um pequeno percentual, nós não vamos ver isso na atmosfera", disse Conway à Reuters, explicando que processos naturais, como a captura de dióxido de carbono por florestas e oceanos, mascaram pequenas mudanças nas emissões humanas, pelo menos no curto prazo.Com a recessão, a emissão de gases-estufa pelos países desenvolvidos vai cair cerca de 2 por cento neste ano, estimam alguns analistas. O efeito poderia ser muito maior se o mundo entrasse em uma crise mais ampla ou em uma depressão.As emissões devem continuar a crescer na China, tida por analistas como a maior emissora de carbono do mundo.O nível de dióxido de carbono no ano passado atingiu a média global de 384,9 partes por milhão (ppm) na atmosfera, 2,2 ppm a mais que em 2007. No ano anterior, a alta havia sido de 1,8 ppm, de acordo com os dados da NOAA.Os acréscimos anuais vinham sendo maiores na última década em comparação com os registrados nos anos 1980 e 1990, disse Conway.A aceleração é devida principalmente ao aumento nas emissões, acrescentou, mas também pode dar apoio à hipótese de que os oceanos, que atualmente capturam grande parte do carbono emitido pelos humanos, estariam ficando saturados.


Fonte: Estadão Online

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fotossíntese artificial pode ser caminho para economia do hidrogênio


Desenvolver novas rotas de produção de combustíveis renováveis como o hidrogênio, tendo como matérias-primas apenas a água e a luz solar, é a meta que tem sido perseguida nos últimos anos pelo professor Stenbjörn Styring e sua equipe na Universidade de Uppsala, na Suécia.

Energia pela fotossíntese artificial

Em apresentação durante o Workshop BIOEN/PPP Ethanol on Sugarcane Photosynthesis, na sede da FAPESP, na capital paulista, Styring mostrou parte de seus estudos sobre o que chamou de "química do manganês e do rutênio" para a geração de energia por meio da transferência de elétrons da molécula de água.Os trabalhos, realizados por meio do Consórcio Sueco para a Fotossíntese Artificial (Swedish Consortium for Artificial Photosynthesis, na sigla em inglês), que reúne dezenas de grupos de pesquisa e mais de 200 cientistas, demonstraram ser possível obter energia por meio de fotossíntese artificial e há pelo menos quatro relatos na literatura científica que descrevem essas tecnologias."A fotossíntese que estudamos não utiliza organismos vivos, mas apenas água, luz do sol e um catalisador", disse Styring no evento realizado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). "Esses novos conceitos químicos são completamente diferentes e visionários, uma vez que conseguimos provar ser possível que, a partir da energia do sol, a água produza combustíveis como o hidrogênio."

Geração de hidrogênio

Durante sua palestra, Styring apresentou diferentes compostos e sistemas químicos que utilizam elementos como ferro, cálcio, manganês e rutênio para a geração de hidrogênio por meio de fotossíntese artificial.Segundo ele, a fotossíntese artificial não é uma mera imitação da natural. "O objetivo é utilizar os mesmos princípios-chave e não apenas copiar as enzimas naturais para a geração de hidrogênio a partir da luz do sol. Utilizamos apenas as mesmas idéias da natureza", explicou."Esses princípios-chave, que são muito difíceis de serem replicados, se resumem em retirar os elétrons da água após a absorção da luz solar. Em vez da clorofila, utilizamos, por exemplo, complexos de rutênio. Ligamos as moléculas de rutênio, que absorvem a luz, com os sistemas de manganês que conseguem tirar os elétrons da água", disse.

Sistemas energéticos do futuro

Para ele, a produção de hidrogênio em grande escala pela fotossíntese artificial ainda está distante de ocorrer, apesar de esse tipo de tecnologia ter grande potencial no âmbito dos sistemas energéticos futuros."Especialistas em todo o mundo estudam diversos métodos, diretos e indiretos, para obter combustíveis renováveis a partir da luz solar. O programa do etanol brasileiro também é desenvolvido com base em um desses métodos", explicou."Mas, atualmente, um dos nossos maiores desafios não é transferir um elétron da água por vez, porque sabemos como fazer isso, e sim fazer com que os elétrons retirados da água possam servir como uma matéria-prima infinita para a geração de combustíveis renováveis", disse.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Etanol celulósico


Dentre as novas formas de produção do etanol desenvolvidas atualmente, está o etanol celulósico, que é obtido a partir de madeira decomposta, submetida a um processo de fermentação através de enzimas.Segundo o engenheiro agrônomo Horácio Martins de Carvalho, membro da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), esse tipo de agrocombustível pode ser produzido a partir de qualquer tipo de madeira, assim como de bagaço da cana-de-açúcar e palha do milho, permitindo assim que o etanol seja produzido mundialmente. “Com essa mudança no tipo de oferta do etanol, abre-se uma possibilidade mundial de países do norte e da Europa produzirem etanol a partir das suas florestas de pinheiros ou de outras matérias secas”, conta.Porém, ele alerta para o fato de que a consolidação mundial do produto, agora não mais somente para a produção de combustível, mas também de outras matérias, como o plástico, acompanhada por essa revolução tecnológica, está sendo monopolizada pelas grandes transnacionais. Assim, não há como se prever as consequências. “Essa é uma revolução que está no escuro, nós ainda estamos tateando para ver o que vai acontecer”, comenta.Martins afirma que o etanol já se tornou a segunda fonte de energia brasileira, atrás somente do petróleo, e prevê que a produção do etanol celulósico possa significar uma redução no ritmo da expansão da cana-de-açúcar. Mas alerta: “isso é relativo, porque, assim como o Brasil abriu as portas para o capital estrangeiro, que vem sendo convidado a comprar terras no Brasil, para aumentar os investimentos, não significa que outras culturas não vão pressionar as culturas alimentares”.O engenheiro agrônomo afirma que, no Brasil, grandes grupos de celulose, como Aracruz, Votorantim e Stora Enzo, já estão investindo em usinas de álcool, se preparando para o etanol celulósico.Em relação a tais empresas, Silvia Ribeiro acredita que possam avançar em novos experimentos na área. “É possível que também as grandes empresas de monocultivos de árvores pretendam usar árvores transgênicas para a produção de etanol celulósico”, supõe.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Diminuindo a pegada Ecológica I I I


15 - Da natureza nada se tira a não ser fotografias, nada se leva a não ser recordações e nada se deixa a não ser saudades. Lembrem-se dessa frase em suas viagens.

16 - Aproveitando os resíduos orgânicos . O que são resíduos orgânicos?Em sua maioria, os resíduos orgânicos são restos alimentares. Estima-se que, no Brasil, todos os dias sejam gerados em torno de 80 mil toneladas.

17 -Para compensar todo o carbono que emitimos anualmente, teríamos que plantar por ano, cerca de 40 árvores, ou seja, uma árvore para cada 180 quilos de gás carbônico que emitimos. Assim, estaremos fixando o carbono que emitimos e contribuindo para a diminuição do aquecimento global. Pode parecer muito, mas basta plantarmos três árvores por mês parafazermos a nossa parte!

18 - Quanto tempo os resíduos precisam para se decompor totalmente?Ao contrário do que possa parecer, o processo de decomposição dos resíduos na natureza ocorre de forma lenta, podendo em alguns casos se estender por mais de 100 anos. Por isso, é extremamente importante que todos os resíduos, indiferente de sua natureza e composição, recebam tratamento adequado e uma correta destinação.

Embora a escolha de colaborar ou não para a preservação do ambiente seja sua, o Planeta não é só seu. Faça sua parte e não espere pelos outros: a natureza agradece.

Fonte: portal educação - EAD “Curso de Práticas de Sustentabilidade”

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Diminuindo a pegada Ecológica I I


7 -Regule o motor de seu veículo periodicamente, já que motores desregulados consomem mais combustível e, dessa forma, emitem uma quantidade maior de poluentes. Além disso, pneus bem calibrados proporcionam um melhor desempenho para o seu veículo e, dessa forma, um menor consumo de combustível.

8 - Evite aquecedores a gás, já que estes emitem gases formadores de efeito estufa.

9 - Evite qualquer produto que tenha em sua composição Cloro Flúor Carbono (CFC), pois esta combinação é a principal causadora do buraco na camada de ozônio.

10 - Evite qualquer forma de queimada. Muitas pessoas costumam recolher folhas secas e outros resíduos em seus pátios para depois atear fogo em tudo. Esta fumaça é extremamente prejudicial para o ambiente.

11- Ser eficiente no uso de água e energia e dar preferência a empresas responsáveis: opte por empreendimentos hoteleiros que utilizem métodos racionais no uso da água e energia. Não se esqueça de fazer sua parte, nada de banhos demorados e deixar todas as luzes dos cômodos acessas. Para os deslocamentos contrate transportadoras, cujos veículos são periodicamente revisados, afinal, veículos desregulados poluem mais.

12 - Dar preferência a alimentos e artigos produzidos localmente: além de conhecer a gastronomia e a produção local você estará contribuindo para inserção econômica dos membros da comunidade.

13 - Deixar o lugar tão ou mais limpo do que quando chegou: deposite o lixo em lugares adequados, recicle quando possível, por exemplo, reutilize as garrafas de água. Jamais deixe seu lixo na mata, ao longo das trilhas, guarde tudo e leve de volta com você.Sabão ou detergente não biodegradável pode causar a contaminação de muitos litros de água. Portanto, na hora do banho ou quando for lavar alguma roupa dê preferência ao sabonete biodegradável.

14 - Ao voltar, difundir a cultura do lugar visitado: dessa forma, outras pessoas poderão visitar o local e esses futuros turistas farão da viagem uma experiência boa para eles e para a população local.


FONTE: PORTAL EDUCAÇÃO - EAD “Curso de Práticas de Sustentabilidade”

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Diminuindo a pegada Ecológica I


1-Seu aparelho de TV gasta em média 1500 Watts por hora, significa dizer que ele consome 1,5 Kilowatts (KW) por hora. Ao preço aproximado de R$ 0,30 KWh ele gasta por hora R$ 0,42. Se você acrescentar ainda o valor do imposto (33%), seu aparelho de TV gasta cada hora que fica ligado: 0,42 x 1.33 = R$ 0,55. Dessa forma, evite deixar ligado qualquer aparelho de TV quando ninguém estiver assistindo, assim você economiza energia e ajuda a preservar a natureza.

2-. Reduzindo o uso de papel: Cada tonelada de papel que se recicla, significa que deixam de ser cortadas 32 árvores de Pinus e três de Eucalipto. Todo o papel que não reciclamos vai para os aterros sanitários. Reciclar uma tonelada de papel significa 3m³ de espaço livre nos aterros, proporcionando a estes uma vida mais longa. Você sabia que para produzir uma tonelada de papel reciclado são necessários apenas 2 mil litros de água, enquanto que para produzir o papel tradicional, de cor branca, esse volume pode chegar a 100 mil litros. Assim como os metais e os plásticos, o papel é um bem precioso que precisa ser reciclado. Tente reduzir ao máximo o consumo de papel.Separe todo o papel que você utilizar em sua casa e encaminhe para a reciclagem como folhas de caderno, aparas de papel, envelopes, folhas de rascunho, fotocópias, cartazes, panfletos que você receber na rua e caixas. Evite imprimir suas mensagens eletrônicas, antes de encaminhar para a reciclagem verifique se mais alguém em sua casa não pode utilizar este papel; procure anotar recados sempre utilizando lápis, pois posteriormente você poderá apagá-lo e utilizar o papel novamente.“Papel usado e reutilizado = menos lixo e mais árvores”

3-Poluindo menos o ar que respiramos. Precisamos urgentemente reduzir a emissão de poluentes. Estima-se que para manter os níveis atuais de gases na atmosfera, precisaremos reduzir em 50% a emissão de poluentes até 2050.Podemos contribuir para a diminuição da poluição do ar da seguinte maneira: Para ir ao trabalho utilize sempre que possível o transporte público.Se não for possível, tente ir sempre de carona com algum colega de trabalho.Se puder ir a pé ou de bicicleta, será ainda mais perfeito, pois além de contribuir para a redução da emissão de poluentes.


FONTE: PORTAL EDUCAÇÃO - EAD “Curso de Práticas de Sustentabilidade

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Celular da Samsung que funciona à base de energia solar

O Blue Earth, celular com tela sensível ao toque que funciona a partir de energia solar, foi anunciado pela Samsung nesta quinta-feira (12). Segundo o blog Engadget Mobile, trata-se do primeiro dispositivo móvel que é recarregável por painel solar, disposto na parte traseira do aparelho.Ainda de acordo com o blog, o Blue Earth é feito com plástico reciclado chamado PCM, que é extraído de garrafas PET. O dispositivo móvel também é livre de substâncias tóxicas como berílio. A Samsung afirma que o Blue Earth vem com uma única interface de uso, “desenhada para a atenção à preservação do nosso ambiente frágil”. Tela brilhante, duração de energia e bluetooth podem ser ajustados para economia no menu chamado “eco mode”. Há também a função “eco walk”, que avisa na tela quantas árvores estão sendo salvas apenas com a desabilitação de algumas funções do celular e com a economia de energia elétrica.O aparelho estará disponível no Reino Unido a partir do segundo semestre de 2009.

Folha Online / Blog Telefonia

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Emissão reduzida


A adoção de veículos híbridos combinada com o “crescimento inteligente” pode reduzir significativamente os níveis de emissão de dióxido de carbono, aponta um estudo feito na Universidade de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech), nos Estados Unidos.Por crescimento inteligente os autores apontam cenários em que, por exemplo, os habitantes de uma cidade não precisem gastar tanto tempo – e combustível – no trânsito para se deslocar de casa para o trabalho. E que possam ir de metrô, de bicicleta ou mesmo a pé para o escritório.A pesquisa, publicada na revista Environmental Science and Technology, aponta que as emissões de automóveis e de caminhões em 2050 poderiam ser reduzidas aos níveis de 2000, mesmo com o aumento da frota, se todos os veículos fossem trocados por modelos híbridos, que funcionam com gasolina e eletricidade.Automóveis como Toyota Prius, Honda Insight ou Chevy Volt gastam muito menos combustível – portanto emitem menos CO2 – por contar com tecnologia que permite o uso de motor elétrico em baixas velocidades, que é justamente a situação mais comum em cidades com trânsito mais pesado. Quando precisam – e podem – acelerar mais, o tradicional motor de combustão interna entra em cena.O estudo também destaca que uma densidade populacional duas vezes maior nas principais cidades norte-americanas, em 2050, teria um impacto ainda mais importante nas reduções de CO2 do que a hibridização da frota automotiva.A pesquisa, coordenada por Brian Stone, professor de planejamento urbano e regional, analisou dados de 11 regiões metropolitanas nos Estados Unidos e realizou simulações para um período de 50 anos, levando em conta o uso de veículos híbridos e diferentes cenários de crescimento urbano.“Procuramos avaliar duas abordagens para lidar com o desafio imposto pelas mudanças climáticas. O primeiro é melhorar a tecnologia automotiva de modo a torná-la mais eficiente. A questão é que podemos usar menos gasolina e reduzir a emissão de CO2. A segunda abordagem é mudar a maneira como projetamos as cidades, de modo que possamos nos deslocar menos de carro e andar mais”, disse Stone.O pesquisador estima ser possível a substituição de toda a frota atual por veículos híbridos até 2050, levando em conta a queda no custo dessa tecnologia. Os novos modelos de automóveis híbridos fazem mais de 20 quilômetros por litro de gasolina em uso urbano, em média o dobro dos veículos comuns.Mas o estudo aponta para a gravidade do cenário atual de emissões de dióxido de carbono. Mesmo com a hibridização total da frota, o resultado não seria suficiente para atingir as metas definidas pelo Protocolo de Kyoto. Segundo o acordo, o objetivo é reduzir em 2050 as emissões para os níveis de 1990, e não os mais elevados de dez anos depois.Para isso, seria preciso combinar a troca dos veículos com o crescimento urbano planejado. “Se pudermos fazer com que as cidades cresçam de modo mais compacto, o que chamamos de crescimento inteligente, isso ajudaria a reduzir as emissões ainda mais, ao permitir que as pessoas dirijam com menos frequência e por distâncias menores e usem mais o transporte público”, disse Stone.

Fonte: Agência Fapesp

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Etanol celulósico: ainda melhor do que imaginamos

Estudo realizado nos EUA revela que o etanol fabricado a partir de resíduos agrícolas é benéfico para a saúde e o meio ambiente. A pesquisa revelou ainda que o custo do etanol de milho pode ser até duas vezes maior que o da gasolina
Se a produção de etanol celulósico já era vista com bons olhos antes – por acabar de uma vez por todas com a discussão “preço dos alimentos X biocombustíveis” e ser uma fonte de energia alternativa digna de competir com o petróleo –, agora, com um recente estudo realizado nos EUA, que avalia a quantidade de emissão de poluentes dos biocombustíveis e da gasolina, tudo melhorou. Segundo a pesquisa, os três tipos de combustíveis analisados – gasolina, etanol de milho e etanol celulósico – emitem poluentes durante as fases de produção e consumo. No entanto, o etanol fabricado a partir da celulose dos resíduos agrícolas tem menos efeitos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente, por emitir em menor quantidade um componente extremamente nocivo da poluição atmosférica: a matéria fina particulada. Um estudo anterior a este mostrou ainda que o etanol celulósico, entre outros biocombustíveis de última geração, emite níveis mais baixos de gases causadores do efeito estufa, o que é ainda mais benéfico para a qualidade do ar que respiramos. “Para se entender as consequências do uso de biocombustíveis sobre a saúde e o meio ambiente, temos que olhar muito além do escapamento dos automóveis e acompanhar detalhadamente a produção desses biocombustíveis. Ficou evidente que as emissões liberadas na produção do biocombustível realmente importam”, disse Jason Hill, principal autor do estudo. A pesquisa avaliou também o custo econômico dos três combustíveis, no que diz respeito às medidas que devem ser tomadas para zelar pelo bem-estar das pessoas e do meio ambiente. O resultado foi surpreendente: os cientistas concluíram que, dependendo dos materiais e tecnologias utilizados na produção, os custos do etanol celulósico não chegam a metade dos custos da gasolina, que podem ser iguais ou duas vezes menores que os do etanol de milho. De acordo com o estudo, há outras vantagens consideráveis nos biocombustíveis celulósicos – como a redução da quantidade de fertilizantes e pesticidas que são despejados em rios e lagos – que também podem ser levadas em consideração nos debates que propõem mudanças para uma nova geração de biocombustíveis, inclusive do ponto de vista econômico, a longo prazo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Climatologistas estão supervalorizando seus modelos, diz físico

Fonte:.colegio santos anjos


"A atividade humana está realmente alterando o clima global, mas nós temos que parar de agir como se soubéssemos os detalhes de como isto está acontecendo," afirma o físico Lenny Smith, professor de estatística na London School of Economics e na Universidade of Oxford, ambas na Inglaterra.

Ruídos dos modelos

Segundo Smith, os climatologistas estão lendo "ruídos" dos modelos como se fossem previsões determinísticas. Ele chama de ruídos a atribuição aos dados fornecidos pelos modelos climáticos de uma precisão que eles não contêm."Eles estão corretos na história básica do aquecimento global. A alteração climática induzida pelo homem é real. Entretanto, há o risco de que algo importante aconteça que não está previsto nos modelos atuais - e eles não podem nos dar previsões confiáveis do clima para regiões tão pequenas quanto a área de um país, que geralmente são muito pequenos. O fundamental é que os modelos nos ajudam a entender parte do sistema climático, mas isto não significa que eles possam prever os detalhes," disse Smith em uma entrevista à revista New Scientist.

Erros dos modelos

Há três ítens básicos que podem fazer com que os modelos gerem previsões incorretas. A primeira é o desconhecimento das condições iniciais para se fazer a previsão. A segunda é que podemos não conhecer as equações corretas para analisar as mudanças que ocorrem no clima. E a terceira é que podemos não ter o poder computacional necessário para usar as equações que possuímos."Suponha que diferentes modelos nos deem simulações para as chuvas em 2060, variando de 20% para menos chuvas até 40% para mais chuvas. A média é um aumento de 10%, mas esse número teria algum valor para os tomadores de decisão? Nós não sabemos como transformar esses números em previsões de probabilidades confiáveis. Talvez nós devamos aceitar que não sabemos os detalhes," diz o pesquisador.

Céticos do aquecimento global

Quando perguntado se ele não teme que as dúvidas que ele lança sobre a confiabilidade dos resultados dos modelos climáticos possam vir a ser usadas pelos céticos do aquecimento global, Smith responde: "Sim, eu temo. A aplicação efetiva da ciência do clima depende da comunicação clara de quais resultados nós acreditamos que sejam robustos e quais não são. Qualquer discussão desses limites pode ser manipulada por aqueles que simplesmente querem causar confusão. Mas não discutir abertamente esses limites pode limitar a capacidade da sociedade em responder [às mudanças] e também comprometer a credibilidade futura da ciência."Quanto à influência dos problemas que ele levanta, em relação à virtual unanimidade entre os cientistas sobre o aquecimento global e sua origem na ação do homem, o físico afirma que "quando alguém vai muito longe na interpretação dos resultados dos modelos, ele nem sempre passa por uma avaliação adequada [pelos seus pares]."

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Lixo espacial


No dia 11 de janeiro de 2007, a China lançou um míssil com um alvo certo: seu satélite meteorológico Fengyun-1C, em órbita a 865 quilômetros de altitude. O objetivo dos chineses era exibir seu poderio militar, mas o que fez os cientistas coçar a cabeça foram os milhares de pedaços de sucata espacial que a explosão lançou ao redor da Terra – tornando 2007 o ano em que a humanidade mais poluiu sua órbita.O lixo espacial é composto de detritos de naves, satélites desativados, estágios de foguetes e por todas as tranqueiras que surgem quando esses e outros objetos explodem ou colidem entre si. Conforme esse lixo se acumula, crescem os riscos de colisões com satélites e missões enviados ao espaço. Todo ano, missões importantes, como a Estação Espacial Internacional, precisam ser manobradas a partir da Terra para evitar acidentes. Em alguns casos, tudo o que se pode fazer é cruzar os dedos. “Há muitos satélites que estão em órbita há mais de uma década e que não podem ser comandados de terra. Se o choque for previsto, não haverá nada que poderemos fazer”, afirma Petrônio Noronha, chefe do Laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. A situação tende a piorar. Segundo a Nasa, a agência espacial americana, a cada ano, cerca de 200 pedaços de lixo espacial com mais de 10 centímetros de diâmetro (os mais perigosos) entram no espaço. Atualmente, a Rede de Vigilância Espacial dos EUA monitora cerca de 17 mil detritos no espaço, a maioria com esse tamanho. Abaixo de 10 centímetros e com até 1 centímetro de diâmetro, estima-se que existam mais de 300 mil objetos voando sobre nossa cabeça. Menores que 1 centímetro, existem milhões. E, conforme eles colidem uns com os outros, a quantidade de fragmentos fica maior.As agências espaciais ainda não sabem como resolver o problema. Mas os cientistas têm algumas idéias bacanas – só falta colocá-las em prática. Leia mais...


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Café pode ser combustível alternativo


Há planos para transformar a borra de café, em geral descartada pelos consumidores, em biocombustível.Pesquisadores da University of Nevada, Reno, descobriram que o café pode ser transformado em um combustível alternativo muito diferente da cafeína: o biodiesel. E todos poderão continuar a beber seu cafezinho várias vezes ao dia. De acordo com Mano Misra, pesquisador da universidade, não é necessário usar café novo para transformá-lo em combustível. O resíduo sólido do café usado (borra) é mais que suficiente.Mesmo depois de submetido aos rigores do processamento, aproximadamente 15% do peso da borra seca do café é óleo que, a exemplo de similares, como o óleo de dendê, soja e mamona pode ser convertido em biodiesel. O café tem a vantagem de não ser uma fonte básica de alimentação, como os óleos de dendê e soja.De acordo com o departamento de agricultura dos Estados Unidos, mais de 7,2 bilhões de toneladas anuais de café são produzidas em todo o mundo. Misra estima que a borra de café proveniente desse volume pode ser usada para gerar cerca de 340 milhões de galões de biodiesel. Os pesquisadores transformaram grãos e borra doados pela Starbucks em biodiesel, que tem a vantagem adicional de exalar um delicioso aroma de café fresco. Os pesquisadores observaram que a alta proporção de anti-oxidantes contida no café, como o ácido clorogênico, por exemplo, age como um conservante natural para o biodiesel, evitando a deterioração como outras formas de combustíveis orgânicos e o próprio óleo diesel. Já existem planos para a criação de uma indústria-piloto para transformar borra de café em biodiesel ainda este ano e os pesquisadores calculam que, somente nos Estados Unidos, o Starbucks poderia ter um lucro de US$ 8 milhões anuais com o processo, partindo do princípio que o biodiesel e os resíduos incluídos no processo possam ser comercializados.Agora, jogando um pouco água fria na fervura: o Departamento de Energia informa que os americanos consomem 40 bilhões de galões de diesel por ano, o que significa que transformar toda a borra de café produzida no mundo em biocombustível contribuiria com menos de 1% do consumo de americano. Mas ainda assim, transformar borra de café em combustível não deixa de ser uma idéia inovadora.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Governo vai investir R$ 220 milhões em reciclagem do lixo


Em uma concorrida oficina realizada nesta quarta-feira (11), durante o encontro dos novos prefeitos, em Brasília, representantes do Comitê Interministerial de Inclusão Sócio-Econômica dos Catadores, composto por 13 ministérios, informaram que, em 2009, os investimentos de diversos setores do governo em projetos ligados à reciclagem, coleta seletiva e capacitação de municípios para gestão do lixo ultrapassam R$ 220 milhões.Segundo o comitê, reconhecer a importância da atuação dos catadores de materiais recicláveis e estimular a inclusão desses trabalhadores no processo de gestão de resíduos dos municípios é uma das prioridades do governo federal.Eles também apresentaram aos gestores municipais e seus assessores, que lotaram o auditório do Centro de Convenções, propostas para melhorar a gestão do lixo, hoje de responsabilidade dos municípios, com o objetivo de atrair o prefeito para essa agenda que tem implicações econômicas, sociais e ambientais para todo o País.Silvano Silvério, diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente e coordenador da oficina, afirmou que a proposta de Política Nacional de Resíduos Sólidos, que está em tramitação no Congresso Nacional desde setembro de 2007, será um marco legal fundamental para que o País dê um tratamento sustentável para o lixo.Segundo ele, a proposta contempla todos os tipos de resíduos produzidos nas cidades como os industriais, rurais, hospitalares, da construção civil (que hoje representa 60% dos resíduos gerados no Brasil) e traz um mecanismo já usado por diversos países "a logística reversa", que transfere para o gerador de resíduo a responsabilidade pela coleta e destinação final. "Com a aprovação da lei essa não será mais uma responsabilidade só do prefeito", disse Silvério.Uma das experiências bem-sucedidas apresentadas pelo MMA na oficina está sendo desenvolvida nas bacias do São Francisco e Parnaíba. O governo está usando recursos da União para estimular a gestão sustentável do lixo, aproximando municípios e incentivando parcerias para a realização de planos integrados de gestão de resíduos sólidos."Hoje no máximo 3% do que é retirado do aterro sanitário vai para reciclagem, mas há a possibilidade, já demonstrada, de que esse número seja em torno de 25%", disse Silvano Silvério afirmando que o apoio ao catador é fundamental para um melhor resultado na gestão dos resíduos.Licenciamento de aterros - Silvano Silvério também alertou os prefeitos dos municípios de pequeno porte, que produzem menos de uma tonelada de lixo por dia, que há um novo instrumento legal para apoiá-los na reciclagem. É a resolução 404/08 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que simplifica o licenciamento de aterros de pequeno porte. Mais informações estão disponíveis no sítio www.mma.gov.br/pnla.


Fonte: Daniela Mendes/ MMA

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Redução no uso de combustíveis pode frear aquecimento

Uma redução de 20% no uso de combustíveis fósseis até 2020 seria suficiente para conter o aquecimento global e reduzir o aumento da temperatura da Terra para menos de um grau, segundo um estudo.A estimativa foi feita à Agência Efe pelo próprio autor do relatório, Gary Schaffer, do Departamento de Geofísica da Universidade de Concepción, cidade chilena situada 515 quilômetros ao sul de Santiago.Segundo Schaffer, que também faz parte do corpo docente do Niels Bohr Institute da Universidade de Copenhague (Dinamarca), caso sejam consumidos os cinco bilhões de toneladas de reservas de carvão nos próximos séculos, a temperatura global aumentará 5 graus em relação ao nível atual.Com isso, a próxima era do gelo ocorreria dentro de 170 mil anos.No entanto, se o uso de combustíveis fósseis cair 20% em 2020 e 60% no ano de 2050, tendo como parâmetros os níveis de 1990, a temperatura global aumentaria menos de um grau e a próxima idade do gelo só chegaria dentro de aproximadamente 505 mil anos.O cientista reiterou que conter o consumo de combustíveis fósseis não só é imprescindível para frear o aquecimento global, mas também para poder contar com eles para aquecer o planeta no futuro e adiar próximas eras de gelo.Os resultados do estudo serão publicados na quarta-feira (10) na revista científica Geophysical Research Letters.

Fonte: Estadão Online

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Programa Selo Verde


É um rótulo ecológico. Não se trata de uma auditoria para certificação. A Organização que obtiver o Selo Verde Ecolmeia, indicará para o mercado que se preocupa com as questões sócioambientais e promove seu crescimento de forma sustentável, reduzindo os impactos ambientais no solo, no ar e nas águas, em toda sua cadeia produtiva.A Ecoméia espera com essa atitude, motivar Organizações comprometidas com seu crescimento voltado à ética e responsabilidade sócioambiental.

Tome atitudes ecologicamente corretas.

É tendência mundial a mudança de comportamento da sociedade frente à preservação ambiental, e de empresas que priorizam o desenvolvimento com sustentabilidade.Na mesma proporção, faz-se necessária uma proposta de incentivo às ações citadas acima.Uma iniciativa da Ecolmeia em resposta ao crescimento visível da conscientização ambientalA Organização que desenvolve suas atividades com sustentabilidade, terá disponível o Selo Verde Ecolmeia ®, que a certificará como “Amiga do Meio Ambiente”.O selo poderá ser utilizado em material promocional impresso ou em websites.A Organização será uma multiplicadora de conceitos sustentáveis através de suas ações, motivando as demais sobre a importância da preservação ambiental.

Critérios Usados

São alguns critérios para a Organização:

*Aplicar uma Política Ambiental;
*Desenvolver técnicas, processos e serviços limpos que reduzam os impactos ambientais negativos e que respeitem o ser humano;
*Trabalhar a Educação Ambiental junto aos funcionários, fornecedores, clientes e comunidade;
Utilizar a Política dos 3R’s: Reduzir (disseminar e aplicar o consumo consciente);
*Reutilizar (reduzir os descartes) e Reciclar (utilizar materiais recicláveis e/ou reciclar no processo).

Evolução na Responsabilidade Ambiental

Os critérios de pontuação serão inicialmente definidos após a leitura das orientações e preenchimento do cadastro.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Promovendo a reciclagem de pilhas e baterias


O Programa Real de Reciclagem de Pilhas e Baterias, Papa-Pilhas, recolhe pilhas e baterias portáteis usadas e se encarrega de sua reciclagem. Assim, contribuem para uma adequada disposição desses materiais, cujos resíduos tóxicos representam um risco ao meio ambiente e à saúde publica.Depositadas em lixões e aterros sanitários, pilhas e baterias podem vazar e contaminar o lençol freático, solo, rios e alimentos, causando danos às pessoas e animais.Com o programa, o banco quer conscientizar as pessoas sobre a necessidade de dar uma destinação correta a esses materiais, reduzindo a quantidade de pilhas e baterias lançadas inadequadamente no meio ambiente.A reciclagem é feita por uma empresa especializada e licenciada para realizar esse trabalho. O Banco Real é responsável pelos custos de coleta, transporte e reciclagem dos materiais.

As etapas do programa

O Papa-Pilhas foi lançado em dezembro de 2006. Inicialmente, foi implantado em três cidades: Campinas (SP), João Pessoa (PB) e Porto Alegre (RS). Esses municípios foram escolhidos segundo critérios de população, participação no PIB nacional e número de agências bancárias que a empresa tem nessas localidades.Nos primeiros seis meses, foram coletadas 12 toneladas de pilhas e baterias usadas. A partir de julho de 2007, o programa começou a ser expandido para todas as capitais brasileiras e em municípios no Estado de São Paulo.Até 2010, a expectativa é que sejam envolvidos os 479 municípios onde o banco mantem postos de atendimento ao público, em todo o país. Leia mais...


Fonte:http://www.revistameioambiente.com.br

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Descoberta forma de produzir hidrogênio sem gasto de energia

Cientistas descobriram uma nova forma de produzir hidrogênio, considerado o combustível do futuro por ser capaz de gerar eletricidade em células a combustível sem gerar qualquer tipo de poluente. A nova técnica produz hidrogênio puro sem consumir energia.

Produção de hidrogênio

Hoje, praticamente a totalidade do hidrogênio é produzido a partir do gás natural, um combustível fóssil como o petróleo, o que anula seus benefícios ambientais, além de sair caro demais.Os pesquisadores das universidades Penn State e Virginia, nos Estados Unidos, descobriram como produzir hidrogênio mergulhando aglomerados de átomos de alumínio em água. Os aglomerados quebram as moléculas de água, produzindo hidrogênio e oxigênio. A quebra da molécula de água também pode ser feita por meio de eletrólise, mas o processo consome mais energia do que produz.

Aglomerados de alumínio

Os pesquisadores descobriram que, além das propriedades eletrônicas dos aglomerados de alumínio, o seu formato é essencial na reação com a água."Nossas pesquisas anteriores sugeriam que eram as propriedades eletrônicas que governavam tudo sobre esses aglomerados de alumínio, mas este novo estudo mostrou que é o arranjo dos átomos no interior dos aglomerados que faz com que eles quebrem as moléculas de água," explica o professor A. Welford Castleman Jr.

Reação espontânea

A molécula de água liga-se entre dois pontos do aglomerado de alumínio, com um dos pontos funcionando como um ácido de Lewis - um centro positivamente carregado que aceita um elétron - e o outro ponto funcionando como uma base de Lewis - um centro negativamente carregado pronto para ceder um elétron.O alumínio ácido de Lewis liga-se ao oxigênio da molécula de água e o alumínio base de Lewis dissocia o átomo de hidrogênio. Se o processo ocorrer uma segunda vez, envolvendo dois outros átomos de alumínio, restarão dois átomos de hidrogênio, que se ligarão para formar uma molécula de hidrogênio na forma de gás (H2).

Produção de hidrogênio sem gasto de energia

O hidrogênio é produzido a temperatura ambiente. "A capacidade para produzir hidrogênio a temperatura ambiente é importante porque significa que nós não usamos nenhum tipo de calor ou energia para disparar a reação," afirmam os pesquisadores.A descoberta é importante não apenas para a produção de hidrogênio, mas também por abrir caminho para uma nova abordagem na produção de catalisadores, que poderão ser desenvolvidos para quebrar outras moléculas.

Reciclagem dos aglomerados de alumínio

Agora os pesquisadores querem descobrir como reciclar os aglomerados de alumínio para que eles possam ser reutilizados continuamente, abrindo a possibilidade de uso prático da nova tecnologia.A reciclagem consistirá em uma forma para retirar o grupo hidroxila (OH-) que fica ligado aos aglomerados de alumínio depois que a molécula de hidrogênio é liberada.



Bibliografia:Complementary Active Sites Cause Size-Selective Reactivity of Aluminum Cluster Anions with WaterPatrick J. Roach, W. Hunter Woodward, A. W. Castleman, Jr., Arthur C. Reber, Shiv N. KhannaScienceJanuary 2009Vol.: 323. no. 5913, pp. 492 - 495DOI: 10.1126/science.1165884

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ecotecnologia: Pesquisadores desenvolvem condicionamento de ar para repousos perfeitos


A melhor maneira de começar a se livrar dos apagões de energia durante ondas de calor é usar a energia do sol para refrigerar seu repouso. Os pesquisadores da universidade nacional australiana desenvolveram sistemas de condicionamento de ar solares. Os sistemas, que estão atualmente na fase de teste, poderão reduzir a carga da energia, especialmente durante as horas de pico de consumo. Além do uso do condicionador de ar durante os verões, os mesmos módulos solares podem igualmente ser usados para aquecer seu repouso no inverno e para fornecê-lo também água aquecida. A redução da carga de energia durante horas permitirá executar melhor e fornecer mais energia a locais que exijam uma fonte consistente de eletricidade. O uso do condicionamento de ar solar será definitivamente um benefício para as pessoas com a diminuição do uso de energia. Entretanto, dependendo apenas da energia solar, fica praticamente incompatível, não terá muito impacto na diminuição do consumo. Se a energia solar é acoplada a outras fontes de energia renovável como o vento, poderá com isso abastecer um mercado maior.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Perigos do tungstênio ao meio ambiente


Nesta semana, cientistas intensificaram ainda mais as pesquisas sobre o tungstênio ─ o metal usado na fabricação de filamentos de lâmpadas, cápsulas de munição, fios elétricos e até alianças de casamento ─ para descartar possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente a ele atribuídos por provocar problemas reprodutivos em minhocas e atrofiar o desenvolvimento de girassóis.Em artigo publicado na Chemical & Engineering News, pesquisadores admitem que não conhecem suficientemente bem os efeitos do tungstênio, para determinar até que ponto ele é seguro e que são necessários mais estudos para avaliar os níveis encontrados na água potável e no solo ─ e se ele de fato, pode ser perigoso para os seres humanos, animais e plantas.Especialistas sugerem que o tungstênio é seguro quando usado em sua forma pura em filamentos de lâmpadas, joalheria e equipamentos elétricos. Mas os pesquisadores autores do artigo acreditam que, quando o tungstênio penetra no solo (por exemplo, em aterros sanitários), reage com substâncias como oxigênio, formando novos compostos químicos como os politungstatos que podem causar problemas de crescimento e reprodução em plantas e animais. Estudos mostram que girassóis plantados em solo enriquecido com produtos à base de tungstênio, desenvolvem raízes, folhas e hastes menores e tem uma aparência “caída”, observa David Johnson, toxicologista do Laboratório Ambiental do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Engenharia do Exercito Americano (ERDC, na sigla do inglês) em Vicksburg, Mississippi.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Governo trocará 10 milhões de geladeiras em 10 anos


O governo federal trocará 10 milhões de geladeiras em 10 anos . O objetivo é acabar com os refrigeradores feitos antes de 2001. Estes usam o CFC - gás com potencial para efeito estufa e que causa dano à camada de ozônio - para refrigeração.Na quarta-feira (4), os ministros do Meio Ambiente, de Minas e Energia, do Desenvolvimento Social, de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Fazenda apresentaram o projeto ao presidente Lula, que prevê doações e financiamentos de novos refrigeradores.O governo destinará o Fundo de Eficiência Energética - 0,5% da conta de luz destinado a programas e projetos na área de energia - para financiar essas geladeiras. Outras medidas são baratear os juros para compra de novas geladeiras e facilitar o crédito para aquisição de novos refrigeradores, com financiamento da Caixa e do Banco do Brasil. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a idéia é reduzir para 1% a taxa de juros para aquisição de novas geladeiras - contra os 6% de hoje. Ele também afirmou que dentro de um mês será feito o estudo sobre o custo para o programa.O programa de troca de geladeiras traz ganhos ambiental, energético, social e emprego. É estipulado uma redução de R$ 100 por ano nas contas de energias, em economia de energia com o uso das novas geladeiras, além das oportunidades de emprego que abrirão com o estímulo à produção de novas geladeiras.Os compradores de novas geladeiras receberão subsídios para a destinação correta das geladeiras velhas, ainda não definidos, evitando que esse produto seja revendido para terceiros. Para isso será trabalhado um processo de logística reversa. Na compra de uma nova geladeira, a usada voltará para a loja, será coletada, levada para um centro de tratamento de CFC, destinada para desmonte e finalizando no processo de reciclagem, sendo transformadas em sucatas em indústrias siderúrgicas.Atualmente, cerca de 30 mil geladeiras são trocadas por ano.O governo alemão, por meio da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ), dará ao Brasil R$ 5 milhões em equipamentos para a reciclagem de refrigeradores obsoletos. O processo de licitação atraiu 33 empresas interessadas em instalar esses equipamentos. A empresa escolhida será beneficiada com o treinamento para a operação e gestão do equipamento de manufatura reversa.A tecnologia de recolhimento do CFC contida na espuma de isolamento dos refrigeradores ainda é inexistente no Brasil. Segundo a coordenadora da Coordenação de Proteção da Camada de Ozônio do MMA, Magna Luduvice, o maquinário permite a separação completa de todos os componentes de um refrigerador, como por exemplo o metal, o plástico, óleo, mercúrio e os CFCs, tanto do circuito de refrigeração quanto da espuma de isolamento.A quantidade de CFC em uma geladeira equivale, para o aquecimento global, a cerca de três toneladas de CO2, o principal gás de efeito estufa.


Fonte: MMA

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

França incentiva fabricantes de bens ‘verdes´ através de empréstimos baratos


O plano francês de oferecer empréstimos baratos para as empresas que investirem na fabricação de produtos ‘verdes’ ganhou a aprovação da Comissão Européia nesta terça-feira (03/02/09).Com a crise financeira atingindo as vendas nos principais setores da economia, a Europa busca maneiras de reanimar a demanda dos consumidores. Cada vez mais, políticos citam o “crescimento verde” como um caminho para incentivar a economia e o mercado de trabalho.
A medida é direcionada para todos os setores econômicos, mas a França, lar da Renault e da Peugeot Citroën, tem estado especialmente preocupada com o já prejudicado setor automobilístico. O governo prometeu injetar até € 6 bilhões em ajuda às montadoras.O presidente francês Nicolas Sarkozy cogita fazer com que os fabricantes de carros do país se comprometam em comprar partes de fornecedores franceses em troca de ajuda, reportou o Financial Times.A Comissária de Competição Européia, Neelie Kroes, declarou que a medida ajudaria as empresas abatidas pela crise dos créditos, já que investiriam em produtos que estão de acordo com o plano da União Européia (UE) para combater as mudanças climáticas.
A UE pretende cortar as emissões de dióxido de carbono em um quinto abaixo do nível de 1990 até 2020, e irá mais longe se outros grandes emissores assinarem um novo pacto global.Autoridades estatais e regionais poderão garantir taxas de juros reduzidas com prazo máximo de dois anos até o final de 2010."Este é o primeiro esquema direcionado especificamente para o incentivo da fabricação de produtos ‘verdes’”, disse o porta-voz da Comissão Européia Jonathan Todd.Ele relembrou o anúncio feito pela Inglaterra na semana passada de que o país estava trabalhando com urgência junto aos fabricantes de automóveis para melhorar o acesso do setor aos créditos.
O investimento precisa ser relacionado a produtos que estarão de acordo com os futuros padrões europeus de proteção ambiental. A redução na taxa de juros não poderá exceder 50% para empresas pequenas e médias e 25% para grandes companhias.“Isto incentivaria as empresas interessadas a se preparar para os desafios do futuro, possibilitando a emergência da crise com um modelo de negócios mais consistente com os objetivos ambientais da UE”, declarou a comissão.


Por: Pete Harrison
Fonte: Reuters.
Traduzido por Fernanda B Muller, CarbonoBrasil.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A extinção das espécies da Terra hoje

Baseados na análise do registro fóssil, pesquisadores estimam que a maioria das espécies da Terra têm um tempo de vida de cerca de 10 milhões de anos. É um ciclo progressivo de plantas, animais e organismos microscópicos, aparecendo no registro fóssil, permanecendo por cerca de 10 milhões de anos e desaparecendo. Provavelmente, esse é o estado natural da vida na Terra, independente de exatamente quais espécies estão vivas.
No entanto, as formas vivas estão morrendo mais rapidamente hoje do que aparece em qualquer ponto do registro fóssil. A taxa histórica de extinção está em algum ponto entre uma e cinco espécies por ano. Mas hoje, a taxa de extinção parece estar entre 100 e 1.000 vezes maior do que aquela Os números exatos são difíceis de ser definidos. Ninguém sabe quantas espécies estão vivas hoje na Terra. Além disso, pode ser difícil ou impossível determinar se uma planta ou um animal desapareceu. Mesmo depois de pesquisas exaustivas, os pesquisadores declararam alguns animais como extintos só para encontrar novas espécies mais tarde.
A causa principal dessas extinções não é o aquecimento global ou a chuva ácida, é a destruição do habitat, como no caso dos hotspots ambientais. Na medida que a população humana cresce e o planeta se torna mais industrializado, os habitats naturais de plantas e animais desaparecem. As espécies que viviam nesses habitats morrem e o nível da biodiversidade diminui. O desaparecimento de espécies de plantas e animais pode levar a tudo, desde à escassez de alimentos à baixa qualidade do solo. O desaparecimento de organismos microscópicos também pode ter o seu papel. Por exemplo, uma teoria sobre a extinção Permiana-Triássica é que bactérias marinhas foram extintas e as bactérias que floresceram, como resultado disso, produziram sulfeto de hidrogênio (ácido sulfídrico) e causaram a chuva ácida.
O comportamento humano também está causando outros estresses do ecossistema, como a poluição, que pode ameaçar espécies com a extinção. As mudanças globais, como o aquecimento global, também desempenham um papel na extinção. Na teoria, enfrentar essas questões diminuiria a taxa de extinção, mas não está claro quanto tempo levaria para que as populações de plantas e animais voltassem ao normal. Independente de saber se uma extinção em massa está se aproximando, os pesquisadores concordam que a destruição da biodiversidade tem impacto negativo nos ecossistemas.



terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Relatório de Davos alerta para risco de falta d'água


O mundo corre o grave risco de sofrer com a falta de água doce, em conseqüência do aumento constante da demanda, que chega a crescer em um ritmo mais rápido do que a população mundial, alertou na sexta-feira (30) um relatório publicado no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça)."Em menos de 20 anos, a falta d'água poderá fazer com que Índia e Estados Unidos percam a totalidade de suas colheitas", afirmam os autores do estudo, destacando que, paralelamente, a demanda por alimentos explodirá.Segundo o relatório, muitos lugares do mundo estão a ponto de esgotar suas reservas de água, sobretudo em conseqüência de uma política especulativa por parte dos governos ao longo dos últimos 50 anos."No futuro, o mundo não poderá simplesmente administrar a questão da água como tem feito no presente", estima o texto.Cerca de 40% dos recursos aqüíferos dos Estados Unidos são destinados à produção energética, enquanto apenas 3% vão para o consumo doméstico.As necessidades de água para produzir energia devem aumentar 165% nos Estados Unidos e 130% na União Européia, de acordo com o estudo.Além disso, o relatório calcula que, no atual ritmo de derretimento, a maioria das geleiras do Himalaia e do Tibet terão desaparecido até 2100, e que 70 grandes rios do mundo secarão devido aos sistemas de irrigação.


Fonte: Yahoo!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Amazônia sofreu destruição de 17% em cinco anos, diz ONU


Em apenas cinco anos, 17% da Flores Amazônica foram destruídos, segundo um relatório prestes a ser divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma). A destruição se refere ao período entre 2000 e 2005. Durante este período foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores - o equivalente ao território da Venezuela, segundo informações divulgadas pelo jornal francês Le Monde e confirmadas pelo Pnuma à BBC Brasil.A maior parte do desmatamento ocorreu no Brasil, mas os outros sete países que também abrigam a floresta estão sendo responsabilizados pela Pnuma, com exceção da Venezuela e do Peru. O Pnuma prevê que o relatório final, com mais dados ainda sigilosos, seja divulgado durante o encontro anual de seu conselho administrativo, marcado entre 16 e 20 de fevereiro em Nairóbi, no Quênia."A progressão das frentes pioneiras na Amazônia e as transformações que elas introduziram são tantas que o movimento de ocupação dessa última fronteira do planeta parece irreversível", disse o órgão da ONU ao Le Monde.Além do desmatamento, a grande corrida pela apropriação das gigantescas reservas de terra e das matérias-primas da região também tem um papel importante na deterioração da Amazônia, segundo o jornal."O modelo de produção dominante não leva em conta critério algum de desenvolvimento sustentável, conduz à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", afirmou o Pnuma.A entidade também condenou a situação das populações que habitam a floresta, que "vivem uma situação de grande pobreza". "A riqueza retirada da exploração dos recursos naturais não é reinvestida na região", disse.O Le Monde conclui o artigo citando que o Pnuma pede um maior envolvimento internacional para ajudar financeiramente os países que abrigam a floresta, e cita como possível caminho o Fundo Amazônia, que prevê o investimento de fontes estrangeiras para desenvolver projetos que combatem o desmatamento.

Fonte: Estadão Online

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Metade dos alimentos produzidos no Brasil vai para o lixo

Uma pesquisa divulgou números estarrecedores do desperdício de comida no país. Por ano, 26 milhões de toneladas são jogadas fora.Há pequenas ações, simples, que podem ser tomadas no dia-a-dia, e fazer a diferença. São dicas simples como, por exemplo, usar o arroz que sobrou para fazer bolinho.Em São Paulo, a maior central de distribuição de alimentos do país criou um programa para reduzir o desperdício. Mas muita comida ainda acaba no lixo. Verduras frescas e legumes são sobras descartadas pelo comércio. Na Companhia de Abastecimento de São Paulo (Ceagesp), um casal junta as frutas jogadas no lixo. Um outro homem recolhe folhas de acelga e o alho que ficou no chão.Desempregada, Claudia Salete Souza revira o lixo fora dali, atrás de papel para reciclagem. Já encontrou comida: “Cheguei a achar pacotes de arroz e café fechados”.Foi o suficiente para preparar o almoço e o jantar durante uma semana. “Tem demais e não tem para quem dar. Acaba jogando no lixo”, comenta Cláudia.
“Comida na minha casa não estraga, por causa dos meus quatro filhos. Eles comem bastante. Então, finda fica faltando ainda”, diz a desempregada.O catador Paulo Roberto Silva quase sempre encontra carne congelada no lixo: “O povo joga fora. Passou um pouco, aí não quer comer. É assim mesmo. O mundo está assim mesmo”.Por ano, 26 milhões de toneladas de alimentos são jogadas no lixo, em um país em que a miséria produz dados alarmantes. Segundo o IBGE, são 14 milhões de brasileiros que não têm o que comer. A fome é maior entre as famílias que têm crianças pequenas.
Ainda de acordo com o IBGE, 58 milhões de pessoas vivem em um estado de insegurança alimentar, quando falta alimento no prato e a pessoa não consegue fazer todas as refeições. Para evitar que cenas como essas voltem a se repetir, a Ceagesp criou um banco de alimentos. Empresários recolhem as sobras que depois são doadas a associações e entidades.“Tem uma equipe operacional e técnica que faz uma pré-seleção. Nem tudo que chega pode ser doado também. Tem alimentos que deveriam ir para o lixo, mas temos um trabalho de compostagem”, comenta a coordenador de sustentabilidade/ Ceagesp Andréia Mendonça Oliveira.O desperdício começa dentro de casa. Um terço dos alimentos saem da geladeira e do armário direto para o lixo. É alimento com o prazo de validade vencido, fruta e verdura estragada. Quem nunca cometeu esse pecado?“Lá em casa, por exemplo, compro bastante banana, e criança acaba não comendo, e estraga”, diz uma dona-de-casa.
“Do almoço que a gente fez hoje, se sobrar, a gente janta à noite. No outro dia, se sobrar vai para o lixo”, comenta uma paulista.A dona-de-casa Luciana Sanchez guarda tudo em pote de plástico. Depois da chegada do terceiro filho, a conta do supermercado ficou cara demais para a família: “Sempre quando meu marido vai no supermercado, peço para comprar em quantidade pequena e produtos pequenos, para não ter sobra”. Se decidir fazer uma aplicação financeira de tudo o que economizar com o desperdício de alimentos, Luciana pode chegar aos 70 anos com R$ 800 mil.“Importante que as pessoas tenham a consciência de que o desperdício de alimentos tem impacto sobre ela, sobre a economia, sobre a sociedade, sobre o meio ambiente.
Se elas tiverem essa consciência, as pessoas irão mudar seu comportamento”disse, o presidente do Instituto Akatu Hélio Mattar .Para o consultor da ONU em reciclagem, não são só os consumidores que devem se responsabilizar. Os governos podem desenvolver ações específicas para reduzir o desperdício. “O desperdício ocorre em grande parte porque não temos uma legislação que torne responsáveis pelo destino final daquilo que produzem os efetivos geradores dos produtos. O governo pode atuar na minimização do desperdício através de planejamento, através de regulamentação e difusão de informação e educação”, sugere o economista Sabetai Calderoni.Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, desde a plantação até a casa do consumidor, o desperdício chega a 30% da produção de grãos, 35% das frutas e metade das hortaliças.Os motivos são variados: condições ruins das estradas, armazenamento precário nas centrais de distribuição, exagero do consumidor na hora de comprar.
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