sexta-feira, 31 de julho de 2009

Vidro é criado a partir de resíduos de rochas ornamentais


Resíduos de rochas ornamentais como mármore e granito, que sobram depois do processo de serragem que transforma os blocos de pedra em chapas, podem agora servir de matéria-prima para a indústria do vidro.Isso graças a um novo processo desenvolvido no Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), do Rio de Janeiro. O uso do resíduo também contribui para a solução do problema ambiental causado pelo pó fino que se acumula nas serrarias e acaba impactando o meio ambiente.As pesquisas foram desenvolvidas pela física Michelle Babisk, sob orientação do tecnologista José Carlos da Rocha. A pesquisa teve como objeto os resíduos gerados pela indústria de rochas ornamentais do Espírito Santo, que é hoje responsável pela metade da produção nacional deste tipo de material.
A transformação de resíduos de granito e mármore em vidro é viabilizada pela presença de óxidos, como a sílica, que são matérias-primas utilizadas em larga escala na produção de vidros sodo-cálcicos.Junto aos resíduos das rochas - coletados em Cachoeiro do Itapemirim, na região Sul do estado, onde estão mais de 60% dos empreendimentos do Espírito Santo - são misturados areia, carbonato de cálcio e sódio, em quantidades controladas para que a composição se aproxime ao máximo das características do vidro comercial.Economia de areia e benefício ambiental - Com a utilização destes resíduos, há uma considerável diminuição dos impactos ambientais na região, já que antes eles eram descartados no solo.
Por outro lado, o uso do material reduz o consumo de areia, minimizando outro problema, que é a extração excessiva desse recurso.Um terceiro benefício ambiental é o emprego também dos óxidos ferrosos despejados no solo por meio das limalhas de ferro ou aço que são jateadas contra a rocha no processo de corte. O material é incorporado à composição do vidro como corante, garantindo a produção de vidros verdes, que têm um mercado bastante específico.A pesquisa de Michelle produziu no INT quatro tipos de vidro, sendo testadas suas condições de impermeabilidade, passagem de luz, entre outras propriedades.
Com resultados bem-sucedidos no controle de qualidade do produto, a produção de vidro a partir de resíduos de rochas ornamentais está sendo patenteada e será apresentada no Rio de Janeiro entre os dias 20 e 25 de setembro, na 11ª Conferência Internacional de Materiais Avançados (Icam). Organizado pela International Union of Material Research Societies (IUMRS), o evento - já sediado por países como China, Japão e México - é realizado em anos alternados e tem como objetivo apresentar novas tecnologias relacionadas à área da Ciência dos Materiais.No mês que vem Michelle finaliza seu mestrado com os resultados do trabalho realizado no INT, que terá como título Desenvolvimento de vidro sodo-cálcicos a partir de resíduos de rochas ornamentais. O objetivo final do desenvolvimento desse processo, afirma a pesquisadora, é a transferência da tecnologia para as indústrias.
Argamassa de pó-de-rocha - A área de Processamento e Caracterização de Materiais do INT já transforma resíduo de rochas ornamentais em matéria-prima para a indústria há algum tempo. O primeiro trabalho concretizado nesta linha foi o aproveitamento do pó fino das serrarias do município de Santo Antonio de Pádua na produção de argamassas, tecnologia já transferida para a empresa Argamil e gerando royalties para os pesquisadores do INT e do Centro de Tecnologias Minerais (Cetem/MCT), parceiros na inovação.O pesquisador do INT, José Carlos da Rocha , desenvolveu ainda a produção de rochas artificiais a partir dos resíduos grossos da serragem.
Fonte: Site Inovação Tecnológica

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Em um ano, Brasil importa 175,5 mil toneladas de lixo


O Brasil importou, oficialmente, mais de 223 mil toneladas de lixo desde janeiro de 2008, a um custo de US$ 257,9 milhões. No mesmo período, deixou de ganhar cerca de US$ 12 bilhões ao não reciclar 78% dos resíduos sólidos gerados em solo nacional e desperdiçados no lixo comum por falta de coleta seletiva - o País recicla apenas 22% do seu lixo. A indústria nacional, que reutiliza os reciclados como matéria-prima na fabricação de roupas, carros, embalagens e outros, absorve mais do que o País consegue coletar e reciclar. Daí a necessidade de importação.
A destinação do lixo urbano é uma atribuição constitucional das prefeituras, mas apenas 7% dos 5.564 municípios brasileiros têm coleta seletiva. Com isso, no ano passado, pelo menos 175,5 mil toneladas de resíduos de plástico, papel, madeira, vidro, alumínio, cobre, pilhas, baterias e outros componentes elétricos - e até as cinzas provenientes da incineração de lixos municipais - tiveram de ser importadas. Entre janeiro e junho deste ano, foram importadas outras 47,7 mil toneladas.
Mesmo importando, as 780 empresas de reciclagem brasileiras, hoje, atuam com 30% da capacidade ociosa por falta de matéria-prima, segundo a Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos. Um exemplo: mais de 40% do PET reciclado é absorvido pela indústria têxtil na fabricação de fios e fibras de poliéster - duas garrafas se transformam em uma blusa. O Brasil teria condições de abastecer essa indústria, não desperdiçasse 50% do PET no lixo comum, por falta de coleta seletiva. A falta do material fez disparar o preço da tonelada no mercado interno, equiparando-se ao valor do importado, entre R$ 700 e R$ 900. Resultado: enquanto sobravam garrafas boiando no poluído Rio Tietê, as recicladoras tiveram de importar 14 mil toneladas de plástico para reciclagem no ano passado, 75% mais do que em 2007.
O mesmo ocorre com resíduos de alumínio, que lideram a importação, usados na indústria automobilística - só no ano passado, o Brasil importou 92,7 mil toneladas do material retirado do lixo de outros países. Já o cobre é reaproveitado para fiação, componentes elétricos são usados em corantes e tintas, além de vidro e papel, reutilizados pelas indústrias do setor.
"Se existisse uma política nacional de reciclagem não seria preciso Bolsa-Família. O dinheiro do lixo renderia aos brasileiros o mesmo benefício, além de emprego", ironiza o presidente do Instituto Brasil Ambiente, Sabetai Calderoni, autor do livro Os Bilhões Perdidos no Lixo e consultor da Organização das Nações Unidas e do Banco Mundial para a área ambiental. "Só faz sentido o Brasil importar esse material porque as redes de captação e separação não funcionam. Faltam PET e outros resíduos no mercado nacional."
São Paulo, maior geradora de resíduos do País, deixa de arrecadar anualmente US$ 840 milhões ao reciclar apenas 30% do lixo gerado na cidade - os outros 70% são desperdiçados em aterros superlotados ou irregulares, o que resulta em danos ambientais. No Estado, um em cada cinco aterros opera sem licença da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).
O projeto de lei para uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, que cria parâmetros para reciclagem e regulamenta a obrigatoriedade dos municípios na coleta seletiva, tramita no Congresso desde 1991. Enquanto não for aprovado, os resíduos continuarão a ser importados. Para os países exportadores, não existe melhor negócio. "Em países como Inglaterra, a destinação do lixo industrial é responsabilidade de quem gera e despejá-los nos aterros sanitários é muito caro. E a indústria recicladora desses países não tem capacidade para absorver todo o lixo gerado. Exportar é uma saída", diz o diretor executivo da associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), André Vilhena.
"A falta de coleta seletiva abre espaço para a importação de lixo, inclusive ilegal", diz o presidente da Cempre, Francisco de Assis Esmeraldo. Em 2008, a reciclagem de plásticos faturou R$ 1,8 bilhão e criou 20 mil empregos diretos. Mas, apenas 21% do produto encontrado no lixo do Brasil foi aproveitado. "Gastamos milhões de dólares, na última década, para desenvolver uma indústria de reciclagem capaz de dar uma destinação para o descarte no Brasil, mas hoje cuidamos do lixo de fora, enquanto o nosso continua a lotar os aterros", esbraveja o presidente da Associação Brasileira da Indústria do PET, Auri Marçon.

Fonte:Estado de S.Paulo

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Empresa fabrica madeira ecológica pelo processo de intrusão, que aproveita resíduos industriais


A Ecowood Rio traz para o Brasil um processo inovador e ambientalmente revolucionário para fabricar madeira ecológica pelo processo de intrusão, que aproveita resíduos industriais contendo plásticos, vegetais, minerais e restos animais em um processo limpo e responsável socialmente. O produto tem aparência e características físicas quase idênticas à madeira e pode ser usado nas mesmas aplicações com vantagens como a economia, impermeabilidade, máxima resistência e imunidade a pragas. Sem considerar o ganho sócio-ambiental.
Apenas 7% da área original de 1,1 milhão de km² da Mata Atlântica ainda resistem no país. Comparada com o desmatamento da Amazônia, a devastação nas regiões Sul e Sudeste é mais rápida e mais agressiva. A proximidade dos centros industriais do país foi implacável para o meio ambiente, mas soluções criativas e eficientes como a madeira ecológica fazem a diferença neste cinturão.
A fábrica da Ecowood fica em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, bem próxima aos centros industriais do país, o que facilita a recepção e transporte de resíduos e da madeira produzida. A empresa não gera qualquer resíduo em sua operação. Tudo é aproveitado.
Marcelo Queiroga, diretor da empresa, comemora a aliança entre o negócio sustentável e um produto útil e ecologicamente correto. “A madeira ecológica, como eu prefiro chamar, conjugou esses quesitos e ainda tem um atrativo inovador que é a possibilidade de aproveitar inúmeros tipos de resíduos industriais. Alguns deles dificilmente seriam reciclados por reunir materiais muito diferentes e entranhados entre si, o que encareceria o processo”, garante.
“Em tempos de aquecimento global, cada árvore a menos nos índices de desmatamento é uma vitória da sociedade e ainda reduzimos a quantidade de resíduos liberada no meio ambiente”, explica Marcelo. Ele lembra que a legislação obriga toda empresa a se responsabilizar por seus resíduos, o que o levou a criar o lema da Ecowood: transforme seu passivo ambiental em ativo patrimonial. “A legislação ambiental brasileira está entre as mais modernas. Ela imputa ao produtor do resíduo a responsabilidade sobre o mesmo até o fim de sua existência”, afirma ele.
Cada 50 pallets fabricados pela Ecowood evitam a derrubada de 3,3 metros cúbicos de madeira, economizam aproximadamente 2,5 metros cúbicos de derivados de petróleo e retiram do meio ambiente 2,5 toneladas de resíduos. Apenas pouco mais de 3% dos resíduos são reciclados no Brasil atualmente. Na Europa, a média é de cerca de 20%. A qualidade do produto também não deixa a desejar “Em testes, comparamos a madeira usada em pallets normamente, as madeiras mais nobres empregadas em mobiliário externo e a Ecowood, nosso produto se mostrou superior”, diz Marcelo, cujo produto foi certificado por pesquisadores da UniSantos, em São Paulo.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pneu vira carvão para alto forno e mistura para concreto ecológico


A saída encontrada para reduzir passivos ambientais já está em prática em Campo Grande e brevemente será ampliada para municípios do interior. A solução para destinar 360 mil pneus usados a cada ano não será mais o enterro nos lixões ou fundo de quintal e muito menos cantos de borracharias. Com incentivos fiscais do município, empresa Ecopneus já investiu perto de R$ 2,5 milhões em instalações, aquisição de maquinário e pesquisas para transformação de toneladas de pneus em "lenha" para alto forno e - mais recentemente - complemento para ligas de concreto ecológico.Estas duas soluções tem sido mecanismo eficaz utilizado na Capital e hoje absorvem 100% da demanda mensal de descartes de pneus, antes destinados para o aterro sanitário, borracharias e terrenos baldios.
Além de eliminar focos da dengue e por fim a um passivo ambiental dos mais graves, o empreendimento está gerando empregos e renda para a população. Este modelo, porém, não surgiu de um dia para o outro e está em gestação desde 2006. Foi preciso buscar na Europa ferramentas corretas para baixar custos da reciclagem de pneus, considerada uma das mais complexas por força da mistura de borracha rígida e aço.Localizada na saída para Sidrolândia, Bairro Tarumã, a Ecopneus é uma indústria recicladora ainda em estágio de implantação, mas já tem capacidade para absorver e transformar 200 toneladas/mês de pneus descartados em Campo Grande, mas quando estiver operando com capacidade máxima, a empresa vai triplicar produção com 700 toneladas/mês de chips (lascas pequenas - do tamanho de britas - e média, de pneus).
A utilização dos pneus de borracha trouxe junto à problemática do impacto ambiental, uma vez que a maior parte dos descartes estavam abandonadas em locais inadequados, causando grandes transtornos para a saúde e a qualidade de vida da população, como intoxicação por fumaça e a proliferação das larvas do mosquito causador da dengue, o Aedes Aegypt.Para se ter uma idéia, segundo organizações internacionais, a produção de pneus novos está estimada em cerca de dois milhões por dia em todo o mundo. Já o descarte de pneus velhos chega a atingir, anualmente, a marca de quase 800 milhões de unidades. Só no Brasil são fabricados cerca de 40 milhões de pneus por ano. Neste mesmo período metade dessa produção é descartada.O resultado da parceria da Prefeitura Municipal de Campo Grande com a Ecopneus praticamente eliminou o problema que hoje consome milhares de reais de outras grandes cidades brasileiras que não detém tecnologia para reaproveitamento de pneus descartados.
Na Capital, itinerários dos caminhões de coleta de pneus tem novo destino. Se antes a carga era destinada ao lixão, hoje é desviada do aterro sanitário para o depósito localizado no Jardim Tarumã. "De uma só tacada eliminamos dois sérios problemas ambientais que incomodavam o município, a população, o Ministério Público e as autoridades de saúde pública", comemora o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Marcos Cristaldo.Lembra que até bem pouco tempo, caminhões do município precisavam fazer varredura pela cidade para recolher toneladas de descartes, num segundo processo, enterrar pneus em área específica do aterro sanitário. "Hoje a situação é outra e o resultado é de tal forma surpreendente que o novo empreendimento comercial vem agregando novas tecnologias que vão garantir sobrevida por muitas décadas", aposta Marcos Cristaldo.Mas essa tecnologia em pleno desenvolvimento na Capital não foi implantada da noite para o dia.
O engenheiro Luis Renato Virgili Pedroso da Ecopneus, precisou correr o mundo para descobrir na Alemanha equipamentos compatíveis para transformação do pneu em chips. Todo o processo de reciclagem obedece quatro estágios.Por ter componentes rígidos de difícil destruição, os pneus exigem trabalho de máquinas com grande capacidade de força. O pneu tem estrutura interna de aço, fato que dificulta mais o processo de reciclagem, assim como exige máquinas mais sofisticadas para fazer a separação do aço, incorrendo num custo mais alto para a trituração. "Mas nada que possa subtrair o lucro da empresa".
Por enquanto, a Ecopneus trabalha em dois projetos diferentes; o primeiro já em operação é a produção de chips para queimar no alto forno de indústrias de cimento e fornecimento das cintas do aço retiradas antes da reciclagem para a Gerdau.Para garantir matéria prima suficiente, a Ecopneus ainda conta com a coleta da Recicla Anip (Associação Nacional das Empresas Importadoras de Pneus) que percorre o interior e abastece a empresa em Campo Grande. "Nossa planta está montada para produção de até 700 toneladas/mês de recicláveis de pneus. Hoje, por força da estrutura de coleta e espaços físicos ainda estamos muito longe de atingir esse teto, pois chegamos a apenas 100 toneladas, mas é apenas uma questão de tempo", garante.

Concreto

Uma parceria com o Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está possibilitando a Ecopneus criar um projeto inédito no País: o concreto ecológico. Com adição de 30% de Chips (pedaços de pneus) na massa, garante menor custo no preço final do produto.Mesmo ainda em fase experimental o projeto já tem sustentabilidade e a produção, embora pequena, será adquirida pelo município para construção de calçadas em conjuntos habitacionais. Dois tipos de piso estão sendo formatados no projeto. "Estamos trabalhando nessa tecnologia e o resultado tem sido altamente satisfatório e surpreendente", explica Luis Renato Virgili Pedroso.

Fonte:O Pantaneiro

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Qual a forma mais ecológica de morrer?

Já há quem pense em como ir desta para a melhor sem deixar o mundo pior. Não há consenso de qual é a alternativa mais ecológica, já que todas têm algum defeito: a cremação joga CO2 na atmosfera, e soluções como transformar em diamante ou jogar no espaço obviamente consomem muita energia. Alguns especialistas apontam o método freeze-dry, por enquanto disponível apenas na Suécia, como a forma menos agressiva de deixar este mundo. Parece coisa de ficção científica, como você confere no quadro abaixo. “Em resumo, o enterro mais ‘verde’ é o que evita desperdício de recursos, não utiliza substâncias tóxicas e opta por materiais biodegradáveis sem risco de extinção e protege áreas ameaçadas”, explica o biólogo Billy Campbell, fundador do primeiro cemitério verde dos EUA, o Ramsey Creek, em funcionamento desde 1996.
O problema dos cemitérios tradicionais (destino final de 80% dos brasileiros) é que 75% deles não respeitam determinações técnicas e acabam poluindo o ambiente com necrochorume (a substância tóxica produzida pelo cadáver em decomposição). Um corpo de 70 quilos gera 30 quilos de necrochorume, por exemplo. “Os micro-organismos são levados pela água para fora do cemitério por quilômetros de distância, causando doenças como tétano, hepatite, febre tifoide e disenteria”, diz o geólogo e professor da Universidade São Judas Tadeu, Leziro Marques Silva.

Veja abaixo as etapas do processo freeze-dry:


1 - ERA DO GELO
O método de congelamento e desidratação está disponível desde 2005 na Suécia. O primeiro passo é mergulhar o corpo em nitrogênio líquido, a -196 ˚C. Além de congelar, ambos se tornam extremamente quebradiços.

2 - QUEBRA TUDO

O cadáver congelado é colocado para vibrar em uma esteira. Bastam alguns minutos para que tudo se estilhasse e vire pó. Equipamentos filtram água e um ímã retira qualquer metal proveniente de próteses ou obturações.

3 - EMPACOTADO

O pó resultante (20 kg a partir de um corpo de 80 kg, por exemplo) é colocado em uma caixa de amido de batata ou milho e enterrado em um túmulo raso.


4 RECICLAGEM

Planta-se uma árvore em cima da caixa para que ela aproveite seus nutrientes. Dentro de 6 meses a 1 ano, os restos desaparecem

Fonte:http://www.resol.com.br/

domingo, 26 de julho de 2009

Novos programas apoiam preservação florestal e recuperação de áreas degradadas


A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou duas medidas para apoiar a preservação de florestas nativas e permitir a recuperação de áreas degradadas.
A primeira iniciativa é o Programa BNDES de Apoio à Compensação Florestal (BNDES Compensação Florestal) que tem como objetivo promover a regularização do passivo de reserva legal em propriedades rurais destinadas ao agronegócio e contribuir para a preservação e valorização das florestas nativas e dos ecossistemas remanescentes. O orçamento será de R$ 300 milhões, com prazo até 31 de dezembro de 2012. A outra iniciativa é a Linha de Apoio ao Reflorestamento, Recuperação e Uso Sustentável das Florestas – BNDES Florestal, que tem como objetivo financiar o plantio de espécies florestais para fins energéticos, a recuperação florestal com espécies nativas e as atividades de manejo florestal sustentável.

BNDES Compensação Florestal

O novo programa financiará a aquisição de imóvel rural com cobertura nativa excedente, ou a aquisição do direito de seu uso, ambos para fins de instituição de servidão florestal permanente, desde que o imóvel seja considerado, pelo órgão ambiental competente, como adequado para fins de compensação florestal em relação a propriedades rurais com passivo de reserva legal.
O BNDES Compensação Florestal também financiará a aquisição de imóvel rural localizado em Unidade de Conservação adequado para fins de desoneração, mediante posterior doação ao poder público. Como expresso no Código Florestal, o excedente florestal que pode ser utilizado para fins de compensação florestal deve ser equivalente em importância ecológica e extensão, pertencer ao mesmo ecossistema e estar localizado na mesma microbacia da vegetação suprimida na propriedade com passivo ambiental.
O valor mínimo para apoio nas operações diretas será de R$ 10 milhões, com custo de TJLP, mais 1,8% ao ano, e taxa de risco de crédito. Nas operações indiretas não automáticas, o valor mínimo será de R$ 1 milhão e os custos serão acrescidos da taxa de intermediação financeira e da remuneração da instituição financeira credenciada. O prazo total de pagamento é de até 15 anos.

BNDES Florestal

A linha financiará o reflorestamento com espécies nativas, o plantio de espécies para fins energéticos e o manejo florestal em áreas próprias e de terceiros, excluindo extração, beneficiamento, transporte e comercialização de produtos florestais. O BNDES Florestal prevê financiamento a estudos, projetos e desenvolvimento, tecnologia, serviços de topografia, geoprocessamento, inventários, demarcação, assistência e auditoria técnica e certificação, além de obras, manutenção florestal e todo o processo de plantio.
O custo financeiro será de TJLP mais 0,9% ao ano e taxa de risco de crédito. O BNDES poderá apoiar até 100% dos projetos de manejo florestal e de reflorestamento com nativas, com prazo de até 15 anos. No caso dos plantios para fins energéticos a participação do Banco poderá variar entre 80-100%, dependendo da localização regional e da renda dos municípios, com prazo de até 11 anos. O valor mínimo da operação será de R$ 1 milhão.

sábado, 25 de julho de 2009

Estudo sobre responsabilidade ambiental mostra comportamento dos consumidores em sete países


Um estudo conduzido em sete países – Estados Unidos, Reino Unido, China, Brasil, Índia, Alemanha e França – mostra como os consumidores percebem e se comportam em relação às iniciativas verdes das empresas de diversos segmentos. Conduzido pela Penn, Schoen & Berland Associates (PSB), com participação das agências da WPP (Nasdaq: WPPGY) Landor Associates e Cohn & Wolfe - esta última representada no Brasil pela Gaspar & Associados -, e de uma empresa de consultoria independente, a Esty Environmental Partners, a pesquisa traz informações relevantes para o mercado.
Os resultados apontam que o meio ambiente é a principal preocupação de brasileiros e indianos, enquanto que nos demais países, a economia é o tema de maior relevância no momento. Entre os brasileiros, 48% consideram o desflorestamento a questão mais importante. O Brasil ainda está entre os países que se consideram na direção errada em relação à forma de lidar com meio ambiente. Neste grupo, também estão Reino Unido e França.
É unanimidade entre todas as nações que consumidores percebem produtos verdes como mais caros, mas, ainda assim, pretendem gastar mais com eles no próximo ano. China, Índia e Brasil apresentaram números significativos: 73% dos chineses, 78% de indianos e 73% dos brasileiros dizem que gastarão mais. A média de gasto previsto para 2010 entre as pessoas dispostas a gastar mais varia entre 8%, no Reino Unido, e 37% no Brasil.
“À medida em que os mercados chineses, indianos e brasileiros amadurecem para potências globais, o apetite de seus consumidores por produtos ambientalmente responsáveis também amadurece”, diz Scott Siff, Vice-Presidente da PSB. “O fato de consumidores de todos os países pesquisados dizerem que gastarão mais em produtos verdes no próximo ano apresenta uma excelente oportunidade de negócio para as empresas em tempos de recessão global”, complementa o executivo.
Processos e Produtos - No quesito imagem corporativa, 77% dos respondentes da pesquisa dizem que é importante ou muito importante uma empresa ser “verde”. Os consumidores dos sete países também concordaram que para demonstrar sua consciência ambiental, as empresas devem reduzir a quantidade de substâncias tóxicas ou perigosas em seus produtos e processos. (Para mais de 50% dos brasileiros, é muito importante que a empresa tenha um apelo verde).
Comunicação - A pesquisa ainda explorou o aspecto da comunicação das iniciativas verdes e constatou que a televisão e a internet são as principais fontes de informação sobre o meio ambiente. No Brasil não é diferente: a internet é a maior fonte e os brasileiros são mais influenciados por reportagens do que pela propaganda. “A credibilidade dos veículos de comunicação mostra-se influente na hora de formar opinião entre os brasileiros, principalmente no quesito sustentabilidade, que preocupa cada dia mais a população”, comenta Heloísa Picos, Vice-Presidente da Gaspar & Associados.


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Parque Estadual do Itacolomi e do Ibitipoca

Há cerca de 700 parques estaduais espalhados pelo Brasil. Essas unidades, criadas com o objetivo de diminuir os efeitos da destruição dos ecossistemas, tem como objetivo manter a diversidade biológica da região, protegendo espécies, preservando e restaurando. Além disso, também estimulam o desenvolvimento econômico, por meio do turismo, e incentivam atividades de pesquisa científica. Em Minas Gerais, os Parques Estaduais do Itacolomi e o Ibitipoca são exemplos da relação positiva entre cidadãos, iniciativa privada e pública com o meio ambiente.
Criado em 1967, o Parque Estadual do Itacolomi esta localizado nos municípios de Mariana e Ouro Preto. Com uma área de 7.543 hectares de mata em que predomina quaresmeiras e candeias ao longo dos rios. Já nas partes mais elevadas podem ser encontrados alguns campos de altitude com afloramentos rochosos.
A região abriga diversas nascentes e espécies de animais raros, ameaçados de extinção, que vivem na unidade. Entre eles o lobo guará, a ave-pavó, a onça parda e o andorinhão de coleira. Os visitantes também podem encontrar espécies de macacos, pacas e aves.


Casa Bandeirista

É no parque que se encontra um registro histórico da ocupação da região: a Casa Bandeirista, construída entre 1706 e 1708, para a vigilância, cobrança de impostos e defesa ao acesso de minas de ouro. Em seu interior acontece a exposição permantente “Viajantes Naturalistas”, na qual foram reunidos artefatos, ferramentas e objetos de estrangeiros que vieram para o Brasil no século XVIII em busca de informações sobre história natural e entender os hábitos e o modo de vida da população local. Outro destaque é o vídeo projetado com imagens feitas por desenhistas, pintores, coletadores e servos onde estão registradas informações que hoje são de grande valia para a botânica, a zoologia, a ecologia, a antropologia e a história. Com uma média de 600 visitantes por mês, o Itacolomi pertence ao Circuito Turístico do Ouro e conta com centro de visitantes, auditório para 80 pessoas, camping com espaço para 30 barracas, restaurantes, lavanderias, banheiros com chuveiros quentes, churrasqueiras, heliporto, estacionamento, 5 alojamentos para pesquisadores com capacidade para 40 pessoas e exposição sobre a biodiversidade e a história da região. Outra unidade de conservação que cumpre seu papel na região é o Parque Estadual do Ibitipoca. Criado em 1973 e localizado na Zona da Mata, nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, com uma área de 1.488 hectares, ele é o parque estadual mais visitado de Minas Gerais. O local conta com uma fauna rica em espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o guigó. Mas são encontrados também sagüis, coatis e até uma espécie de perereca, intitulada “Hyla de Ibitipoca”, que foi catalogada pela primeira vez na região. Já na flora, o traço mais marcante são as “barbas-de-velho”, um líquen verde-água, preso aos galhos das árvores, que marca a paisagem do local. Ainda se encontram diversas espécies de orquídeas, bromélias, samambaias e campos rupestres. Entre 2007 e 2008, o parque recebeu R$570 mil de investimentos do Promata para a pavimentação de trechos da estrada interna. Com cerca de 60 mil visitantes por ano, a unidade está inserida no Circuito Turístico da Serra do Ibitipoca. Em sua infraestrutura, o Parque Estadual do Ibitipoca conta com casa de hóspedes, camping com capacidade para 15 barracas, alojamentos e casa para pesquisadores com espaço para 20 pessoas, restaurante, centro de visitantes com exposição interativa e abre diariamente das 07:00h até as 17:00 para visitantes e até as 17:30 para campistas.

Fonte:www.blog.mg.gov.br

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Combustíveis de algas ganham força nos Estados Unidos


A elaboração de combustíveis a partir de algas é uma tendência que começa a ganhar força nos Estados Unidos, onde uma pequena empresa tornou realidade um projeto que a Exxon Mobil, a maior empresa do ramo petrolífero no país, só começa a estudar agora.A PetroAlgae é uma das pioneiras nos EUA na obtenção de combustíveis por meio do cultivo de algas, assim como de outros organismos. Essa e outras empresas receberam de braços abertos o anúncio da poderosa Exxon Mobil de que vai estudar como produzir esse tipo de material.
"Estamos entusiasmados com o passo dado pela Exxon, porque traz mais atenção ao setor e ao que nós fazemos", disse o porta-voz da PetroAlgae, Andrew Beck, durante um evento mundial sobre tecnologia em Nova York durante o qual apostou no uso desses combustíveis "não no futuro, mas no presente".A Exxon Mobil anunciou na semana passada que investirá US$ 600 milhões em estudos sobre como produzir biocombustíveis a partir de algas, tarefa que encarregou ao pai do genoma humano, o cientista americano Craig Venter.
A companhia espera resultados para daqui a seis anos.Sediada na Flórida, a PetroAlgae trabalhou desde sua fundação em 2006 em um sistema de biorreatores e cultivo em tanques abertos de algas e outros organismos que fazem fotossíntese, como diatomáceas, plantas angiospermas e cianobactérias. Deles, a empresa obtém um óleo com estrutura similar à dos combustíveis de uso comum."Nós não temos que esperar nada. Estamos prontos, porque demonstramos que nosso sistema produz combustível de algas que pode ser utilizado atualmente", assegurou Beck ao falar sobre a viabilidade do projeto da PetroAlgae, companhia cujo valor de mercado é de US$ 800 milhões.
Quando foi divulgado que a Exxon Mobil entraria assim no negócio dos combustíveis renováveis, seus diretores alertaram para o possível fracasso da experiência, assim como que sua maior preocupação era conseguir um produto viável economicamente, algo que PetroAlgae garante ter conseguido "com uma carta na manga"."Nosso sistema produz biocombustível e, além disso, obtém uma fonte proteica ideal para a alimentação de seres humanos e de gado", explicou o porta-voz da companhia, cujo sistema foi criado para que, a partir dos resíduos vegetais das algas e outros microorganismos, resulte uma rica proteína sólida de origem vegetal.
Segundo Beck, a PetroAlgae projetou "um sistema único" que está à venda por meio de licenças e é economicamente rentável "desde o primeiro dia", graças ao fato de que óleo obtido pode ser tratado "em qualquer refinaria atual e ser fornecido nos mesmos postos de gasolina usados hoje em dia"."Além disso, há o negócio alimentício, com as proteínas. Atualmente estamos em conversas para poder utilizá-las em criações de gado", explicou Beck, observando que o processo é "90% ecológico".A água utilizada é reciclada em quase sua totalidade e os organismos cultivados, dos quais se obtém o óleo, consomem o dobro de seu peso em dióxido de carbono.
"O segredo está em abandonar os grandes cultivos e se concentrar no que chamamos de microcultivos", explicou Beck, ao assegurar que o sistema da companhia pode ser instalado "em terreno não cultivável, não consome água em excesso e usa sempre organismos nativos, próprios dos terrenos nos quais se situa".Além disso, Beck afirmou que, ao contrário do que ocorre com as plantações de cana-de-açúcar, milho ou soja voltadas para a fabricação de etanol, o sistema das algas "não rouba terras dedicadas aos alimentos, uma das maiores preocupações atuais".Em abril deste ano, a PetroAlgae fechou seu primeiro contrato de licenciamento de seu sistema fora dos Estados Unidos, com um acordo na China, onde instalará dez de suas unidades de produção de biocombustível no final de 2009.


Fonte:Folha Online

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Desmatamento brasileiro é responsável por 20% das emissões de CO2


Em reunião no início do mês em L'Aquila, na Itália, o grupo dos sete países mais desenvolvidos e a Rússia (G8) apontou que o desmatamento nas florestas brasileiras é responsável por aproximadamente 20% das emissões anuais de dióxido de carbono (CO2) em todo o mundo.No último dia de atividades da 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na semana passada, em Manaus, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, chamou a atenção dos participantes da maior reunião científica da América Latina para a necessidade de a comunidade científica nacional empenhar mais esforços na descoberta de números mais exatos sobre os impactos do desmatamento da Amazônia frente às mudanças climáticas.
Ao comparar dados históricos de áreas desmatadas na região com informações sobre a biomassa florestal da floresta amazônica, Câmara criticou os números.“Esse número de 20% divulgado pelo G8 é um número ‘chutado’ que está rodando pelo mundo. E a ciência brasileira até agora não se deu ao trabalho de checar esse dado. Na década de 1990 eram desmatados na Amazônia em média 22 mil quilômetros quadrados, o que representava cerca de 8% das emissões de CO2 do planeta”, disse ele na ocasião.“Se o Brasil conseguiu reduzir o desmatamento na região de 27 mil quilômetros quadrados, em 2004, para a média atual que é de 12 mil quilômetros quadrados, a Amazônia deve ser responsável atualmente por menos de 5% das emissões globais, logo o G8 deve estar equivocado e ter se baseado em dados fracos.”Para ele, os números do G8 podem ser tendenciosos, uma vez que, “no que diz respeito a dados sobre emissões de efeito estufa, é importante dividir o prejuízo”.
“Quanto mais países como o Brasil responderem pelos prejuízos ambientais, menos os países do G8 serão responsáveis. A conta de que 20% das emissões de CO2 do mundo vêm do desmatamento pode não ter base científica”, apontou Câmara.Outro ponto questionado pelo diretor do Inpe é se vale a pena o Brasil aderir ao REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal, na sigla em inglês), mecanismo por meio do qual os países que reduzem suas taxas de desmatamento poderiam vender créditos de carbono para outras nações.“Os países desenvolvidos acreditam que o Brasil deve vender o que podemos chamar de ‘carbono virtual’ da floresta, que ainda não foi cortada.
Assim, as empresas globais poluidoras que não conseguirem compensar suas emissões poderiam comprar carbono que nunca foi lançado na atmosfera”, explicou.“Mas será que o Brasil deve vender ar? E, em caso afirmativo, a grande questão é quem deve receber esse dinheiro, os assentados, os fazendeiros ou outras pessoas?”, questionou Câmara.Para ele, ainda que o Brasil aumente o número de áreas de proteção ambiental e, em contrapartida, não reduza a efetiva demanda da população por terra, o desmatamento provavelmente não será reduzido. “Se um assentado recebe uma quantia para não desmatar em determinada região, por exemplo, esse mesmo cidadão poderá simplesmente continuar desmatando em outra área”, alertou.Em tese, concluiu o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, atualmente não há muitas garantias de que se o Brasil receber dinheiro dos países ricos por meio do REDD o desmatamento irá necessariamente diminuir.
Pelo contrário, ele pode simplesmente se manter e até aumentar.“Sem contar que 90% do desmatamento na Amazônia é ilegal e, assim, nós estaríamos pagando para os fora da lei não desmatarem mais. Trata-se de um dinheiro sujo e o país tem mais o que fazer do que aceitar essa proposta. Esse é um debate importante que deverá ser tratado na conferência do clima de Copenhague, no final deste ano”, destacou.


Fonte:Agência Fapesp

terça-feira, 21 de julho de 2009

Economia ecológica


Segundo pesquisadores reunidos em mesa-redonda durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na semana passada em Manaus, olhar a Amazônia sob o ponto de vista da perspectiva econômico-ecológica deve provocar uma mudança de paradigma à medida que os problemas e desafios da região passem a ser tratados prioritariamente com enfoque ecológico, antes de o aspecto econômico vir à tona.Clóvis Cavalcanti, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, destacou que os conceitos de meio ambiente são anteriores à economia. “Mas o meio ambiente pode e precisa existir sem a sociedade.
O sistema econômico mundial deve se submeter e ser subordinado ao ecossistema e às leis da natureza”, disse o também membro fundador da Sociedade Internacional para a Economia Ecológica (ISEE, na sigla em inglês) e da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (Ecoeco).“Estamos acabando com o meio ambiente e com a vida social da Amazônia em troca de promessas muitas vezes vazias de aceleração do crescimento e do bem-estar humano, em que o aumento do PIB [Produto Interno Bruto] traz a destruição dos valores ambientais e culturais cultivados ao longo de séculos de convivência entre os habitantes da região”, disse.
Gonzalo Vasquez Enriquez, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), disse que “não é possível só crescer de forma exponencial, pois essa curva ascendente levaria o mundo a uma situação de colapso”, alertou ele, citando em seguida a importância do relatório The limits of growth, produzido em 1972 por uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, para a organização não governamental The Club of Rome.O relatório trata de problemas cruciais para o desenvolvimento da humanidade, como energia, poluição, saneamento, saúde, ambiente, tecnologia e crescimento populacional.
“A sociedade pode e está destruindo a Amazônia, mas de alguma forma a humanidade terá que pagar por isso”, disse Enriquez.“Os avanços tecnológicos não estão sendo suficientes para resolver o problema dos limites físicos dos bens naturais. O crescimento pelo crescimento está deixando cada vez mais evidente o limite dos recursos do meio ambiente, não trazendo soluções técnicas para a manutenção da biodiversidade e promovendo o aumento do poder e da necessidade de consumo pela sociedade moderna”, afirmou.
Para Philip Fearnside, pesquisador titular do Departamento de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), um grande desafio para o futuro da Amazônia é a criação de meios de conversão dos serviços oferecidos pela floresta, como a manutenção da biodiversidade e dos estoques de carbono, em um fluxo de renda para as comunidades que garanta o desenvolvimento sustentável da região.“É bem melhor transformar algo que é sustentável em desenvolvimento do que tentar fazer com que uma forma de desenvolvimento não-sustentável se converta em sustentável”, disse o pesquisador que há mais de 30 anos tem se destacado no trabalho de apoio à valorização dos serviços ambientais da Amazônia.
“O desenvolvimento implica a criação de uma base econômica de suporte para a população e, a fim de ser sustentável, essa base de suporte deve manter-se por muito tempo”, apontou Fearnside que, antes do Protocolo de Kyoto (1997), já havia proposto a compensação dos serviços ambientais da floresta amazônica com base na manutenção de estoques de carbono, ou com pagamentos na forma de uma porcentagem anual do valor dos estoques.

Fonte: Agência Fapesp

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Planta autorregante


Pesquisadores da Universidade de Haifa (Israel) estudam maneiras de utilizar as propriedades da Rheum palaestinum, um ruibarbo raro que cresce no deserto de Negev e cuja característica é a capacidade de irrigar a si próprio. A planta se adapta ao duro clima do deserto graças às suas folhas com nervuras que armazenam e canalizam a água da chuva para suas raízes. É a única planta com essas características conhecida no mundo e os cientistas acreditam que seu estudo pode ensiná-los a encontrar meios de maximizar a distribuição de água na agricultura, especialmente em regiões áridas. Segundo o pesquisador Simcha Lev-Yadun, a planta autorregante tem capacidade de recolher 16 vezes mais água do que outras plantas que crescem na região. A Rheum palaestinum pode coletar 4,2 litros de água por ano.


Fonte: http://www.aguaonline.com.br

domingo, 19 de julho de 2009

Biotratamento de dejetos:O que é esgoto?


Esgoto é o termo usado pra caracterizar os despejos provenientes dos diversos usos das águas, tais como doméstico, comercial, industrial, agrícola...Os esgotos domésticos são uma parcela muito significativa dos esgotos sanitários, provêm principalmente, de residências, edificações públicas e comerciais que concentram aparelhos sanitários, lavanderias e cozinhas.
Apesar de variarem em função dos costumes e condições sócio econômico das populações, os esgotos domésticos têm características bem definidas.Resultado do uso feito pelo homem em função dos seus hábitos higiênicos e de suas necessidades fisiológicas.Os esgotos domésticos se compõem basicamente de: águas de banho, urina, fezes, restos de comida, sabão, detergentes e águas de lavagem.
O cálculo para determinar a quantidade de esgoto produzido por habitante na região de São Paulo, varia aproximadamente de 90 a 210 litros/dia por pessoa.Valores médios entre 130-170 litros de esgoto/dia por pessoa.

Composição do esgoto:

Todo esgoto sanitário se compõe basicamente de 99,9% de água e 0,1% sólidos. Sólidos orgânicos 70%(proteínas, carboidratos, gorduras) e sólidos inorgânicos 30%(areia,sais e metais).
A água em si nada mais é que um meio de transporte das inúmeras substâncias orgânicas e inorgânicas e microrganismos eliminados pelo homem diariamente.Os sólidos são responsáveis pela deterioração da qualidade do corpo da água.

Diferenças entre águas cinzas e águas negras:
O que é água cinza: são águas servidas que foram utilizadas para limpeza,(tanques,pias,chuveiros).
O que é água negra: são águas servidas que foram utilizadas nos vasos sanitários e contém coliformes fecais.

Reaproveitamento das águas

Em alguns lugares, com populações carentes e sem informação, muitos dejetos são lançados diretamente nos córregos e rios. Sistemas como a fossa negra, muito comum, acabam poluindo os lençois freáticos e também as as nascentes.

O que podemos usar como filtros:

Todo material super poroso, como por exemplo a brita (com seus poros, absorve bastante partículas), o carvão ativado tem mais poros que a brita e por isto é elemento filtrante mais eficiente.Muita gente usa filtros em casa para tornar a água da rede pública mais potável. É isto que a prefeitura das cidades fazem com a água que todos consomem, captam água de rios poluídos e a tornam potável através de tratamentos químicos e filtros.
Se você reciclar 100 litros de água por 3 vezes, você ganhou 300litros de água.Existem vários sistemas para revitalizar a água, alguns usam a oxigenação através de quedas d’agua, outros mais revolucionários, fazem a água circular em espirais em vários sentidos para adquirirem energia e com isto se vitalizam. O aguapé ( planta aquática), é usado para ajudar a filtrar as águas, estas plantas são eficientes e tem crescimento e reprodução rápida , temos só que retirar o excessos de vez em quando ( com até 80% de eficiência)

sábado, 18 de julho de 2009

Florestas são estratégia mais viável para sequestro de carbono, diz pesquisador


As tecnologias de sequestro de carbono serão fundamentais para que o mundo consiga reduzir ou pelo menos estabilizar a quantidade de dióxido de carbono (CO2) – um dos gases que intensificam o efeito estufa e aceleram o aquecimento global - na atmosfera. De acordo com o professor do Instituto de Altos Estudos da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Gylvan Meira, entre as tecnologias disponíveis atualmente, o reflorestamento é a mais viável e de mais fácil aplicação no curto prazo, o que coloca o Brasil em vantagem no cenário internacional.O pesquisador comparou a estabilização de carbono na atmosfera a um grande tanque de água em que para manter o nível constante é preciso fechar a torneira – cortar as emissões de gases estufa – ou aumentar o ralo – que seriam os sumidouros de carbono.
“Não há uma maneira fácil de fazer isso, em que você abra a lista telefônica e encontre empresas que façam o sequestro”, disse hoje (15), durante conferência na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).Meira apresentou as diversas possibilidades técnicas de sequestro de carbono, a maioria ainda em processo de pesquisa e desenvolvimento. A opção mais viável atualmente, segundo o especialista, é a captura por florestamento ou reflorestamento, aproveitando a capacidade natural que as plantas têm de absorver carbono, por meio da fotossíntese.“A [técnica] que se sabe fazer melhor até agora é o plantio de árvore.
Há uma experiência boa. E o Brasil tem grande potencial com ações de florestamento e reflorestamento, de florestas comerciais e de nativas também.”Outra possibilidade que já tem apresentado resultados positivos em testes é o que a ciência chama de “fertilização de oceanos”. A ideia é espalhar ferro nos oceanos para estimular o crescimento de algas e plantas microscópicas – o chamado fitoplâncton –, que assim como a vegetação da superfície também realiza fotossíntese e retira carbono na atmosfera.No entanto, segundo Gylvan Meira, ainda há dúvidas sobre o destino do carbono dentro dos oceanos. “Faltam alguns experimentos para ver se o carbono realmente afunda, o que é essencial”.
Caso contrário, todo o CO2 sequestrado poderia voltar para a atmosfera por causa da movimentação das correntes marítimas.Um dos principais entraves para a implantação de tecnologias de captura de carbono é o custo dos projetos. Meira calcula que para retirar uma tonelada de CO2 são necessários, em média, R$ 140, quase o dobro do valor pago pela mesma quantidade no mercado de carbono. Ou seja, como o custo é maior que o lucro que pode ser obtido com a venda dos créditos de carbono, o sequestro ainda não é um negócio lucrativo do ponto de vista econômico.“Para baixar o preço tem que ter escala grande. Precisa de apoio do governo, alguém precisa pagar isso”, defendeu.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

País pode gerar energia a partir do vento equivalente à produção de Itaipu, diz Lobão


O setor energético já recebeu 441 projetos para geração de energia elétrica pelo sistema eólico, pelo qual equipamentos captam a energia dos ventos para movimentar os geradores.Essa oferta, conforme explicou na quinta-feira (16) o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, pode resultar em um potencial de 13.341 megawatts (MW), capacidade próxima da que é gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu.O leilão que vai escolher as empresas que oferecerem os menores preços para instalação desses sistemas está marcado para o final de novembro, mas, segundo o ministro, ainda não está definido o potencial que será contratado, que pode ser de 3 mil MW a 4 mil MW, conforme a necessidade definida.
A energia será interligada ao sistema de transmissão nacional, estando inscritos 322 projetos para a Região Nordeste (equivalente a 9.549 MW) e 111 projetos para a Região Sul (3.594 MW).Já estão instalados no país, em diversos estados, sistemas de geração eólica com potencial para geração de 386 MW de energia eólica, volume que será elevado, até o final de 2009, para 427 MW, independentemente do leilão de novembro.Em 2010, mais 684 MW serão gerados através dos captadores já existentes, que serão acrescentados ao sistema elétrico nacional, totalizando 1,4 mil MW de geração por meio do sistema eólico. A matriz energética nacional conta, hoje, com a geração de 100 mil MW e, ao final de 2010, a contribuição da geração eólica para a matriz energética deverá significar 1,4% desse total.Ainda não está fixado o preço máximo da venda da energia resultante do leilão, que deverá ser definido até o final do próximo mês.
Os projetos apresentados ao Ministério de Minas e Energia para geração via eólica se destinam aos estados da Bahia, Paraíba, do Ceará, Espírito Santo, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e Sergipe.Lobão disse, ainda, que o Brasil tem potencial para geração de até 140 mil MW de energia eólica. Segundo ele, em todo o mundo, estão sendo gerados o total de 120 mil MW por via eólica.
A proposta inicial do Ministério era de que os projetos que vão se candidatar ao leilão envolvessem o compromisso de geração individual de 2 MW por catavento, mas, atendendo a um pedido dos empresários que vão participar da disputa, a exigência foi reduzida para 1,5 MW.Atualmente, a geração de cada unidade existente na região litorânea brasileira, em diversos estados, não passa de 1 MW, mas a evolução constante da tecnologia nessa área poderá elevar bastante a capacidade individual dos cataventos, pois existem torres em outros países que são maiores que um avião Boeing 747, conforme explicou o ministro.


Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 16 de julho de 2009

15 prédios verdes ao redor do mundo

Nos EUA, as construções prediais são responsáveis por cerca de 48% do total das emissões de dióxido de carbono. O uso excessivo de energia elétrica, o desperdício de água tratada e a disposição inadequada ou a falta de reaproveitamento de resíduos da construção contribuem para o aumento do impacto causado pelos prédios sobre o meio ambiente.

Abaixo, apresentam-se 15 prédios classificados entre os mais verdes do mundo:

Bank of America Tower, One Bryant Park, New York: Certificação LEED Platinum
India Tower, Mumbai: Certificação LEED Ouro
Residence Antilia, Mumbai: Tradicional Vastu Design
Burj al-Taqa, UAE: prédio de escritórios 100% auto-suficiente
San Francisco Civic Tower, São Francisco: Certificação LEED Prata
Masdar, Abu Dhabi: Cidade auto-suficiente – zero em emissões
Khanty Mansiysk Tower, Sibéria: Construído para mudanças climáticas extremas
Cyrstal Island, Moscou: O maior prédio do mundo quando concluído
Transbay Tower, São Francisco: Circula 100% ar puro
CH2, Melbourne: Vencedor do prêmio das Nações Unidas
30 The Bond, Sydney: Certificação ABGR 5 estrelas (equivalente à certificação LEED Ouro)
Cor, Miami: Design sustentável
BMW Welt, Munique: Máximo uso de energia solar
DuBiotech, Dubai: Será um dos maiores prédios verdes do mundo
Clinton Presidential Library, Little Rock: Certificação LEED Platinum


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Máquina de lavar integrada ao sanitário


Criado pelo design turco Sevin Coskun, um dos participantes da competição “Greener Gadgets Design” é o “Washup”. O produto, que ainda é um mero conceito, integra a máquina de lavar roupas à descarga do vaso sanitário. A água descartada pela máquina de lavar é armazenada em um tanque e reutilizada para dar descarga no vaso santário.
Além disso, como sugere seu inventor, o “washup” traz uma solução para o problema de falta de espaço para a máquina de lavar em residências de tamanho reduzido. Segundo sua descrição, “uma interface especial que inclui três unidades de controle semi-esféricas e dois botões de descarga foi projetada para uma utilização prática do produto”.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Relva no telhado para poupar energia


Prédios e hospitais de Pequim, na China, adotaram uma nova medida de proteção ambiental, em nome da poupança de energia: plantar relva nos telhados dos edifícios. Só recentemente a ideia está sendo aplicada no país, mas a poupança de energia, no Inverno e no verão, chega aos 26 por cento.
Desde que receberam os Jogos Olímpicos em Pequim e devido aos problemas de poluição, o Governo chinês tem apostado muito no último ano em mais e melhores políticas ambientes. A relva no telhado é uma das ideias mais recentes, que já está sendo colocada em prática.


Fonte:http://energiasrenovaveis.wordpress.com/

domingo, 12 de julho de 2009

DuPont se associa ao Departamento de Energia dos Estados Unidos para realizar programa de energia solar com filmes finos inovadores


A DuPont anuncia planos de realizar em parceira com o Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos um programa de pesquisa em energia solar de US$ 9 milhões – parte dos esforços da companhia para oferecer mais produtos solares fotovoltaicos para aplicações comerciais e residenciais. O financiamento do DOE vem do American Recovery and Reinvestment Act, aprovado no começo deste ano com o apoio dos senadores norte-americanos Tom Carper e Ted Kaufman.O programa de três anos foi desenvolvido para acelerar a comercialização de uma película protetora ultrafina – mais de 3 mil vezes mais fina do que um fio de cabelo humano – que impede que a umidade degrade o desempenho dos módulos fotovoltaicos de filmes finos, um desafio importante no passado.
Os módulos fotovoltaicos de filmes finos devem ser o segmento com mais rápido crescimento da indústria de módulos solares por causa de seu potencial para reduzir o custo de produção de energia derivada do sol – ajudando a energia solar a ser mais competitiva do que outras formas de geração. Os painéis fotovoltaicos de filmes finos podem ser feitos com plástico flexível em vez de vidro e podem ser dobrados e contorcidos, oferecendo mais versatilidade e facilidade de integração em telhados, janelas ou revestimentos de edifícios comerciais ou residenciais. Porém, a degradação por elementos ambientais pode ocorrer quando não se usa o vidro para proteger as partes sensíveis dos módulos.
A DuPont fornecerá US$ 6 milhões e o DOE vai contribuir com US$ 3 milhões para o programa. “Tenho orgulho de estar na DuPont hoje e destacar o ótimo trabalho que está sendo feito aqui em Delaware”, afirma o Senador Tom Carper. “Desenvolvendo tecnologias inovadoras para uso da energia solar, a DuPont continua na dianteira do caminho em direção à independência energética. A DuPont é líder mundial nessas tecnologias e não poderia estar mais orgulhoso desse trabalho que a companhia realiza.”
“Estamos em um momento da nossa história em que não podemos mais adiar decisões difíceis. Energia renovável é uma necessidade: nosso cenário de empregos exige isso, nossa economia exige isso, e nossa segurança nacional exige isso”, afirma o Senador Ted Kaufman, que se mudou para Delaware nos anos 60 para trabalhar na DuPont. “Como um ex-aluno da DuPont, que agora tem essa especial oportunidade no Senado, estou entusiasmado com a liderança que todos demonstraram aqui.”
“Resolver as questões relacionadas com a segurança energética é um desafio monumental que exige cooperação e parcerias – nenhum setor ou organização pode resolvê-las sozinho”, afirma Linda J. Fisher, vice-presidente e Chief Sustainability Officer da DuPont. “O dia de hoje marca a mais recente de uma seqüência de parcerias entre a DuPont e o Departamento de Energia dos Estados Unidos que tem colaborado para promover inovações no segmento de energia sustentável, incluindo os biocombustíveis e os fotovoltaicos. Esse avanço tecnológico, em particular, traz um enorme potencial para acelerar a adoção da energia solar, tornando-a mais acessível, flexível e eficiente em suas aplicações. Estamos preparados para deixar o laboratório e realizar um piloto de manufatura em escala.”
O programa financiado pelo DOE ajudará a permitir a produção comercial em larga escala de módulos fotovoltaicos flexíveis que sejam duráveis e leves e apresentem eficiência elevada. O foco inicial do programa é o tipo Copper Indium Gallium Selenide (CIGS) de módulos fotovoltaicos de filme fino, entretanto, a tecnologia poderia ser explorada em outras tecnologias de fotovoltaicos e potencialmente em outras indústrias.
A DuPont espera praticamente triplicar suas vendas anuais de fotovoltaicos, atingindo mais de US$ 1 bilhão em 2012, com base nos fortes fundamentos para o crescimento de longo prazo do mercado de energia solar fotovoltaica, combinados com a capacidade da companhia de oferecer novas tecnologias para a indústria. Além disso, a DuPont é um líder na oferta de soluções eficientes de energia na indústria de construção. Por exemplo, os sistemas de climatização DuPont™ Tyvek® podem ajudar a reduzir a demanda de energia dos edifícios.
As parcerias anteriores entre a DuPont e o DOE incluem um acordo de pesquisa conjunta de 2003 para desenvolver uma “biorrefinaria integrada” que usa milho ou outros recursos de fontes renováveis – em vez de elementos petroquímicos tradicionais – para produzir diversos combustíveis valiosos e produtos químicos de valor agregado. Em 2007, o então Presidente George W. Bush e o então Secretário de Energia Samuel Bodman visitaram a Estação Experimental da DuPont em Wilmington para conhecer em primeira mão os resultados da parceria entre a DuPont e o DOE envolvendo o etanol de celulose.
A DuPont é uma das 25 empresas de tecnologia dos Estados Unidos que foram beneficiadas pelo financiamento do American Recovery and Reinvestment Act, que totalizou US$ 22 milhões voltados para pesquisa ou demonstração de projetos que possam ajudar a acelerar a adoção de fotovoltaicos solares para gerar energia. O objetivo da agência federal norte-americana é fazer com que a tecnologia solar contribua em condições de igualdade para a matriz energética até 2015.

sábado, 11 de julho de 2009

Aranha cria 'clone' de si mesma para despistar predadores

Cientistas em Taiwan descobriram uma espécie de aranha que cria um "clone" de si mesma para despistar seus predadores.Em artigo publicado na revista especializada Animal Behaviour, os biólogos Ling Tseng e I-Min Tso, da Universidade de Tunghai, afirmam ainda que este pode ser o primeiro exemplo de um animal capaz de construir uma réplica em tamanho natural de seu próprio corpo.Segundo eles, o comportamento da espécie, chamada Cyclosa mulmeinensis, também ajuda a esclarecer por que muitos aracnídeos gostam de decorar suas teias com ornamentos estranhos, como partes de plantas, dejetos e restos de presas e de ovos.
Como esses detritos geralmente têm as mesmas cores das aranhas, os cientistas suspeitam que eles ajudem a camuflar a aranha.'Iscas' - Tseng e Tso observaram, em uma ilha na costa de Taiwan, que a Cyclosa mulmeinensis não apenas decorava sua teia, como também juntava os detritos para compor objetos de seu próprio tamanho.
Segundo os cientistas, esses "dublês" atraíam os predadores - em geral, vespas - por também terem a mesma cor e a mesma maneira de refletir a luz que as verdadeiras aranhas."Nossos resultados mostram que esta espécie vulnerável de aranha se protege de ataques de predadores, construindo iscas que os atraem mais do que ela própria", escreveram os pesquisadores em seu artigo.Eles afirmam que em teias não decoradas, as vespas atacavam diretamente as aranhas.

Mistério

Há mais de cem anos, cientistas vêm tentando entender por que muitas espécies de aranhas decoram suas teias.Mas para Tso, não há uma só resposta."Creio que a função da decoração varia entre as espécies", disse o cientista à BBC, citando como exemplo as teias decoradas com seda, que têm por objetivo reforçar a trama e impedir que ela seja destruída. Outras teias são decoradas para atrair e deter presas.O disfarce é um recurso muito usado por vários animais.Alguns tentam evitar serem vistos usando a camuflagem para se "misturar" a seu habitat, como as mariposas. Outros, como as lagartixas, desenvolvem artefatos mais sofisticados, como o de conseguir se soltar se sua cauda por pega.

Fonte: Estadão Online

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cidade australiana proíbe água engarrafada


Uma cidade rural no sul da Austrália votou por maioria quase absoluta pela proibição da venda de água engarrafada por causa de seu impacto sobre o meio ambiente.Ativistas disseram que Bundanoon, em Nova Gales do Sul, é provavelmente a primeira comunidade do mundo a adotar tal medida.A campanha pela proibição alega que a extração, embalagem e transporte da água engarrafada usam muitos recursos.Além disso, as garrafas plásticas vazias terminam em depósitos de lixo, afirma a campanha "Bundy on Tap", que significa "Bundy (apelido da cidade) na torneira".
Mais de 350 moradores da cidade compareceram à prefeitura para votar em uma reunião aberta.Só um morador votou contra a proibição, junto com um representante da indústria de água engarrafada, informou a rede de tv australiana ABC.Segundo o correspondente da BBC em Sydney, Nick Bryant, os moradores da cidade prometeram não perturbar os visitantes se eles ignorarem a proibição, mas vão encorajá-los a encher uma garrafa reutilizável nos bebedores da rua principal de Bundanoon.As garrafas vão ter o slogan "Bundy on Tap".

Campanha

Um dos líderes da campanha, John Dee, disse que a opinião mudou na cidade quando uma empresa de bebidas anunciou planos de explorar um reservatório subterrâneo em Bundanoon."A empresa queria extrair a água localmente, levá-la para Sydney, onde seria engarrafada, e transportá-la de volta para vendê-la na cidade", disse ele."Isso fez com que as pessoas se dessem conta do impacto ambiental da água engarrafada e levantou a discussão na cidade."A proibição foi apoiada por proprietários de lojas na cidade, que tem cerca de 2.500 habitantes.
"Nós acreditamos que Bundanoon seja a primeira cidade do mundo que fez com que seus lojistas proibissem a venda de água engarrafada", disse Dee. "Ainda não vimos isso em nenhum outro lugar".O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Nathan Rees apoiou a causa, ordenando que todos os departamentos do governo parem de comprar água engarrafada e passem a usar água da torneira.Rees afirmou que a medida vai economizar o dinheiro do contribuinte e ajudar o meio ambiente.

Fonte: Estadão Online

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Ecotecnologia:aparelho mede a absorção de carbono e fatura o valor do crédito de carbono em cartão

A Nitipak Samsen, Faculdade real de arte projetou uma maneira engenhosa de deslocar emissões de carbono de um cliente. O sistema ATREEM (Automated Tree-Rental for Emission Encaging Machine) é anexado a uma árvore, onde analisa as emissões de carbono medindo à quantidade de carbono absorvida pela árvore.

O sistema indica a quantidade de CO2 que a árvore pode deslocar e as cargas que têm que ser pagos para os mesmos. Após a obtenção da informação exigida o usuário pode introduzir seu cartão de crédito e o sistema fatura o valor do crédito de carbono do cliente. A interface do sistema mostra o CO2 intangível em termos de gramas e quanto tempo a árvore levará para transformar a quantidade especifica de CO2.

A quantidade de CO2 absorvida pela árvore é calculada medindo sua circunferência. O inventor do sistema quer que as árvore sejam plantadas por companhias de troca de emissão de carbono em canteiros, podendo ser plantado em posições diferentes para facilitar o acesso ao dissipador de carbono.


Fonte:http://www.ecofriend.org

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Segundo a Abrelpe,20 mil t de lixo não são coletadas por dia no Brasil


Mais de 20 mil toneladas de lixo doméstico produzido diariamente em todo o Brasil não são coletadas e vão parar em cabeceiras de rios, valas, terrenos baldios ou são simplesmente queimadas. É lixo suficiente para encher 28 piscinas olímpicas todo dia ou cobrir o Estádio do Maracanã de detritos a cada 36 horas. Já 54,9% - 83 mil toneladas/dia - das 150 mil toneladas de lixo doméstico que são coletadas vão para aterros sanitários, enquanto 67 mil toneladas/dia (45,1%) seguem com destinação inadequada e vão para aterros com problemas e lixões a céu aberto. Os dados fazem parte de um estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e revelam um problema grave, que envolve saúde pública e saneamento.
O maior problema, segundo o levantamento da Abrelpe, está nos Estados de Norte, Centro-Oeste e Nordeste (onde se coletam 6%, 7% e 22% dos resíduos, respectivamente, os menores índices do País). A pior situação está no Centro-Oeste. Ali, 74% do total coletado tem destinação inadequada. É o caso do município de Colniza, no norte de Mato Grosso. Com 27 mil habitantes, 56% deles na zona rural, os detritos domésticos são levados para um lixão. “Estamos tentando regularizar a situação ambiental desse depósito. Não temos verba suficiente para criar um aterro controlado, que é muito caro”, explica o secretário de Administração, Fabio Dias Correia.
De acordo com o presidente da Abrelpe, João Carlos David, a coleta de resíduos domiciliares no Brasil cresceu 5,9% em 2008, em comparação com 2007. Passou de 140,9 mil toneladas/dia para 149,1 mil toneladas/dia. Já a geração per capita caiu 1% - de 1,106 kg/habitante/dia, em 2007, para 1,080 kg/hab/dia, no ano passado. Dos 5.564 municípios brasileiros, 56% indicam a existência de iniciativas de coleta seletiva de lixo. O mercado de limpeza urbana movimenta anualmente, segundo David, cerca de R$ 17 bilhões. No ano passado, o setor privado investiu R$ 12 bilhões - e a área pública, R$ 5 bilhões.


Fonte: Estadão Online

terça-feira, 7 de julho de 2009

Tecnologia de geoprocessamento permite manejo racional de florestas nativas na Amazônia


Pesquisadores da Embrapa na Região Norte do Brasil finalizaram na última semana a primeira etapa de treinamento em uma tecnologia inovadora para manejo de florestas nativas. O Modelo Digital de Exploração Florestal é um processo que utiliza imagens de satélite, equipamentos de GPS e softwares de geoprocessamento para a realização de inventários florestais e o monitoramento preciso das atividades de manejo das florestas. A tecnologia permite um melhor aproveitamento econômico da área e reduz os impactos no meio ambiente.O manejo de florestas nativas é o processo de extração de árvores com potencial madeireiro de acordo com a legislação e com um plano de trabalho aprovado e fiscalizado pelos órgãos ambientais. O objetivo é manter a floresta produtiva, com baixo comprometimento das áreas não exploradas, de modo que a atividade tenha sustentabilidade.
As técnicas convencionais de manejo, no entanto, podem causar danos consideráveis ao meio ambiente e gerar custos desnecessários. De acordo com um recente estudo da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se observa nos planos de manejo atuais a abertura inadequada de estradas na floresta, a criação de pátios (clareiras) superdimensionados para estocar a madeira, a dificuldade em localizar árvores a serem cortadas ou até mesmo a perda de madeira no meio da floresta.
Com uso dos sistemas de navegação global por satélite (GNSS), é possível localizar com precisão as espécies com maior potencial madeireiro e planejar a abertura de picadas, pátios e trilhas de arraste das toras de modo a maximizar o rendimento e reduzir o impacto ambiental, explica o engenheiro florestal Daniel Papa, da Embrapa Acre.

Sensoriamento remoto

O primeiro passo para o manejo florestal é a realização do inventário, que começa no mapeamento do relevo e dos cursos d'água da área a ser explorada. Para isso, são utilizadas imagens de radar geradas durante a Missão Topográfica Radar Shuttle (SRTM), da Nasa, realizada no ano 2000. A tecnologia permite o mapeamento preciso das irregularidades do terreno e a localização de rios e córregos.
Depois de mapeada a área, uma equipe de campo verifica a localização dos rios e registra com GPS a altitude das principais ondulações do terreno. O passo seguinte é identificar na floresta as espécies madeireiras e registrar, além da localização geográfica de cada árvore, a espécie, o diâmetro, a altura e a qualidade do tronco.
Os dados colhidos em campo são posteriormente exportados para um banco de dados e manipulados em software de geoprocessamento. Com isso, é possível ter o mapa completo de todas as árvores e gerar estatísticas em função do volume de madeira e do relevo. São dados como estes que ajudam a determinar os melhores pontos para a abertura dos acesso à equipe de corte e transporte no meio da floresta.
Planejamento e fiscalização - Para um dos criadores do processo, o pesquisador Evandro Orfanó Figueiredo, da Embrapa Acre, a tecnologia pode mudar a concepção de planejamento e fiscalização da exploração florestal. O objetivo é que os órgãos ambientais recebam os planos de manejo em formato digital e que possam acompanhar a execução dos trabalhos com o auxílio dos sistemas de navegação por satélite. No futuro, isso poderá ser feito em tempo real, pela internet, prevê o pesquisador.
Além disso, o gestor do empreendimento pode acompanhar com maior precisão o trabalho da equipe em campo. Com o GPS instalado nos veículos, é possível mapear a rota traçada pelos motoristas, identificar possíveis perdas de produtividade ou a invasão indevida de áreas protegidas, como as de preservação permanente.
O Modelo Digital de Exploração Florestal foi desenvolvido pela Embrapa e a capacitação na tecnologia é uma das atividades do projeto “Manejo Florestal na Amazônia”, que envolve as unidades da empresa da região Norte. O treinamento finalizado na última semana, em Porto Velho, capital de Rondônia, foi voltado a pesquisadores e técnicos da Embrapa Rondônia, a profissionais dos órgãos ambientais atuantes no Estado e a empresas de exploração florestal.


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