segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Problemas da Poluição Sonora

O que Tóquio, Nova York, São Francisco e São Paulo têm em comum? Fora os ares de grandes metrópoles, a poluição sonora dessas quatro cidades estão bem fora dos limites sugeridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como adequados aos ouvidos humanos. O que parece um detalhe, camuflado a outros fatores de maior impacto social, como violência, desemprego e fome, pode sim desencadear problemas graves às comunidades a longo prazo.Todo ruído que causa incômodo pode ser considerado poluição sonora. A noção do que é barulho pode variar de pessoa para pessoa, mas o organismo tem limites físicos para suportá-lo. Barulho em excesso pode provocar surdez e desencadear outras doenças, como pressão alta, disfunções do aparelho digestivo e insônia. Distúrbios psicológicos também podem ter origem no excesso de ruído. A poluição sonora hoje é tratada como uma contaminação atmosférica através da energia (energia mecânica ou acústica). Tem reflexos em todo o organismo e não apenas no aparelho auditivo.
Ruídos intensos e permanen-tes podem causar vários distúrbios, alterando significativamente o humor e capacidade de concentração nas ações humanas. Provoca interferências no metabolismo de todo o organismo com riscos de distúrbios cardiovasculares, inclusive tornando a perda auditiva, quando induzida pelo ruído, irreversível. Entre os efeitos na saúde, estão perda de reflexos, irritação permanente, insegurança, embaraço nas conversações, perda de compreensão das palavras, dores de cabeça, fadiga, distúrbios cardiovasculares, distúrbios hormonais, gastrites e disfunções digestivas.

Defesa e som intrusivo

Níveis de ruído associados aos simples eventos podem criar distúrbios momentâneos dos padrões naturais do sono, por causar mudanças dos estágios leve e profundo. A pessoa pode sentir-se tensa e nervosa devido às horas não dormidas. O problema está relacionado com a descarga de hormônios, provocando o aumento da pressão sangüínea, vaso constrição, aumento da produção de adrenalina e perda de orientação espacial momentânea. Despertar de um sono depende do estágio do sono, dos horários noturnos e matinais, idade do indivíduo entre outros fatores.Uma outra característica humana é a proteção natural aos eventos sonoros.
Este se dá quando a pessoa é previamente avisada que tal ruído ou sons elevados vão acontecer. Existe uma defesa psicológica que prepara o indivíduo para a exposição, o efeito contrário se dá exatamente quando é inesperado, é o caso do ruído se apresentar quando o indivíduo encontra-se desatento ou dormindo, e comumente é considerado como som intrusivo. É extremamente desagradável, pois a pessoa é pega de surpresa e não há tempo de armar sua defesa natural. Por isso deve-se preservar o direito de descanso das pessoas quando estas dormem a fim de protegê-las dos efeitos que talvez poderão ser considerados mais delicados.

Interferência

Para Dr. Paulo Riskalla, médico especialista e gerente do Departamento de Otologia do Hospital CEMA, a audição se dá a partir da captação de fontes sonoras que são transmitidas em forma de energia elétrica, e que correm em vias auditivas até o córtex cerebral. Esse processo, se interrompido ou distorcido por ruídos, pode interferir em outros núcleos dos sentidos, como a visão, por exemplo. “O que ouvimos, ou não, atua como componentes essenciais de aprendizagem nos centros visuais de identificação, de estímulos, de associação, de prazer”.
O pesquisador explica que o nervo auditivo não é fio contínuo, e sim conglomerado de células nervosas que precisam ser preservadas uma a uma, para que não haja rompimento desse efeito de condução de energia a outras áreas nervosas, nem despoten-cialização da parte periférica dos sentidos. “As emissões oto-acústicas nos permitem conduzir situações, criar cenários imaginários, nos comunicar com as pessoas, enfim, enxergar o mundo com um tom muito particular, narrado pelo outro”, revela Dr. Riskalla.

http://www.vidaintegral.com.br/

domingo, 30 de agosto de 2009

Seria um sonho construir uma casa ecológica?

Nossa casa deve produzir bem-estar, sem agredir ao meio circundante e promovendo a amplitude de nossa compreeensão a respeito das coisas. Neste sentido, algumas idéias podem ser consideradas tanto em sua construção quanto em sua ocupação. Além da construção o terreno deve ter espaço para a vivência de seus moradores com a natureza sem a sensação de aperto. Trata-se daqueles convencionais espaços para jardinagem e para lazeres e afazeres. Este deve ter tamanho, por exemplo, que permita um cão de porte médio se exercitar em pequenas corridas. E ser sombreado em pelo menos 50% por árvores e arbustos. Estas sugestões servem para conjuntos de casas ou de apartamentos, lembrando que precisam ser considerados o número de moradores que vão se relacionar no espaço de lazer e o número de moradores que vão querer estar sozinhos nesse espaçoao mesmo tempo.
A cercadura do terreno
O terreno jamais deve ter cercadura na frente. Também sem fugir do convencional, o acesso à casa deve ser livre, se possível através de um pequeno jardim. Isso revela respeito do morador para com o transeunte, contando que a casa à vista favorece à prática da criatividade arquitetônica, uma das áreas que mais geram trabalho de natureza nobre. Em respeito ao vizinho, as laterais e o fundo do terreno também não são lugares de cercadura ostensiva.
Uma cerca viva de 1 metro de altura, além de bonita, cumpre a função de demarcar sua propriedade, permite o lazer da poda e evita gastos de materiais de construção.Além disso, pequenas passagens devem ter permitir a livre circulação de crianças e animais pelos terrenos. Esses seres devem ser respeitados em sua natureza expansiva e em sua curiosidade sobre o meio que as cerca. Crianças precisam do relacionamento aberto com vizinhos para sua formação e para poder fazer melhor julgamento dos pais. Os problemas que possam surgir daí não são nada mais do que exercícios de rotina para pais que ainda querem evoluir como pessoas.
A planta da casa
Independentemente da criatividade ou estilo aplicados na arquitetura da casa, ela deve ter:

– garagem, porque meio de locomoção é direito de todos;
– cômodo de despejos, porque todos tem seus objetos inúteis mas sem preço;
– aquecedor solar, porque as cachoeiras estão desaparecendo debaixo de hidrelétricas;
– pia de dois ralos;
– privada seca.

A pia de dois ralos
Preste atenção no uso da pia de cozinha: mais da metade da água é gasta em simples enxagüe de copos, xícaras, frutas, legumes, etc., sem sabão. Essa água “limpa” não deveria ir para o esgoto. É perfeita para regar plantas ou lavar pisos. Bastaria ser escoada por um ralo adicional e conduzida para uma caixa ou sistema de gotejamento de jardim.A água com sabão por sua vez, tanto de pias como do chuveiro, pode ser encaminhada para uma cisterna (caixa rasa) de cimento, de 2×2m de área e alambrado de 5cm, descoberta e construída em um canto do terreno. A água evapora e o resíduo depositado no fundo é removido periodicamente.Esta medida atende a uma família de 4 ou 5 pessoas, favorecida obviamente pela moderação no uso da água e do sabão e pelo cuidado de se deixar escorrer o mínimo de detritos pelo ralo. Repare que apenas alimentos gordurosos exigem sabão na lavagem das vasilhas. Para famílias maiores, cisternas maiores. Conjuntos de apartamentos podem ter cisternas empilhadas e ventilação eólica para acelerar a evaporação.A pia tem portanto dois ralos com fechamento manual e naturalmente dois encanamentos.

A privada seca
Alimentador principal do esgoto, a privada de descarga tem de ter data marcada para extinção por todos os povos do mundo. O maior dos absurdos domésticos, é ela quem transforma nossa casa em verdadeira máquina de morte. Misturar água limpa com fezes é a última coisa que deveríamos fazer para nos livrar delas. Fezes são compostos orgânicos que precisam de umidade adequada para que microorganismos possam fazer o trabalho de transformá-los em humus. O excesso de água afoga esses microorganismos, dando lugar ao processo anaeróbio que leva à podridão sem vida.
As privadas secas já estão mais do que comprovadas e em uso. Têm os mesmos equipamentos da privada convencional. Só que sem a descarga e o sifão. Fezes e urina caem direto numa caixa de compostagem de onde se pode retirar as camadas inferiores do material, seco, leve, sem qualquer odor, para adubagem. O sistema ainda nos permite menos odores desagradáveis do que a privada de descarga, pois além de ficar vedado quando em desuso, um exaustor eólico (movido pelo vento) conduz todos os gases produzidos para a tubulação e daí para o espaço aberto.

Fonte:http://acasaecologica.wordpress.com

sábado, 29 de agosto de 2009

O consumo e o meio ambiente


A ocorrência da Revolução do Consumo teve implicações em diferentes atividades sociais. Por seu intermédio, surgiram novas profissões (publicitários, designers, estilistas); a classe média usufruiu maiores posições de status; o espaço urbano adquiriu novas edificações (shopping centers); e o sistema financeiro teve que desenvolver práticas de financiamento antes inexistentes (leasing).
Efeitos consideráveis da propagação do consumo no mundo moderno foram sentidos também em termos ambientais. A massificação de objetos como automóveis, detergentes, plásticos e eletrodomésticos ocasionou a saturação e degradação de diversos ecossistemas em diferentes regiões do planeta.
O fenômeno da afluência nos anos 40 e 50, nos EUA e na Europa Ocidental, foi um evento revolucionário, pois de forma inédita permitiu a grandes contingentes populacionais aumentarem rapidamente seu padrão de vida e ingressarem na esfera de consumo. Para garantir essa afluência, e expandir esse direito ao consumo a elites de países periféricos, foi necessário negligenciar os limites físicos da biosfera.
Questões da física, como a problemática da entropia e o input de recursos, foram trazidas para as Ciências Sociais de forma a discutir o comprometimento de recursos naturais e a elevação das emissões de resíduos para manutenção dos níveis de consumo.
Em países como os EUA, em um período de 50 anos, quadruplicou–se a emissão de resíduos advindos da utilização de combustíveis fósseis. O consumo de energia elétrica teve um salto considerável no século XX, solicitando a exploração intensiva de novas fontes de energia, muitas não–renováveis e perigosas.
Desde a década de 60, a problemática do crescimento populacional e da poluição industrial dominava a discussão sobre o capitalismo e a preservação ambiental. Enquanto os neomalthusianos apontavam o crescimento vegetativo dos países do Sul como causa da utilização intensiva de recursos, expoentes do pensamento marxista culpavam principalmente o industrialismo pela obsolescência programada das mercadorias e aumento da emissão de resíduos.
No início dos anos 1990, ocorreu uma importante alteração nos rumos do debate ambiental internacional. Durante a preparação da Conferência da Rio–92, o tema dos efeitos do consumo dos países afluentes passou a ser inserido como fator de degradação ambiental, causando inicialmente controvérsias entre os atores envolvidos.
Ao longo dos anos 1990, o reconhecimento do consumo ocidental como fator de degradação cresceu continuamente, interferindo na formulação de políticas ambientais e industriais com a adoção de eco–taxas e eco–rotulagens, entre outras iniciativas.
Surge, nesse momento, a preocupação com a formação do consumidor verde, que seria um agente atuante na definição do processo produtivo e na utilização dos recursos naturais. Dentro dessa discussão sobre o consumo ambientalmente responsável, emerge a problemática do comportamento individual como variável essencial nos rumos da sustentabilidade.
É extremamente importante a busca de novos estilos de vida e a atenção à sustentabilidade ambiental.A capacidade de ação e a escolha dos consumidores,a atuação de grandes setores produtivos e de comercialização e que possibilitarão o surgimento de uma sustentabilidade ambiental real.

Fonte: Ambient. soc. v.10 n.1 Campinas jan./jun. 2007

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Desafios para a produção do etanol celulósico


A celulose é o recurso natural renovável mais abundante do planeta e a produção de biocombustíveis a partir da biomassa é uma importante rota alternativa que vem sendo mundialmente estudada e debatida. No entanto, apesar de já existirem tecnologias disponíveis para o processamento da biomassa, a maioria esbarra em dificuldades técnicas ou econômicas.A produção de etanol celulósico, também chamado de etanol de segunda geração, em escala comercial tem mobilizado um grande número de pesquisadores. Isso porque, diferente da produção do etanol a partir da sacarose da cana-de-açúcar, o etanol celulósico requer etapas adicionais no processo de produção a fim de converter os compostos poliméricos presentes na biomassa celulósica em açúcares fermentescíveis.
Entre as tecnologias para essa conversão da biomassa existem oportunidades de desenvolvimentos utilizando a hidrólise química e a hidrólise enzimática. A conversão enzimática da biomassa celulósica para a obtenção de açúcares fermentescíveis tem sido apontada como a rota mais promissora e de grande interesse industrial para o aumento da produtividade do etanol de forma sustentável.No entanto, a utilização comercial da rota enzimática para a hidrólise da celulose ainda requer o desenvolvimento de tecnologias que possam reduzir os custos de produção das enzimas (as celulases). Juntamente com a etapa de pré-tratamento da biomassa, o custo de produção das enzimas é considerado como sendo um dos principais entraves na comercialização tecnológica da hidrólise enzimática de celulose.
Alguns especialistas asseguram que está na obtenção de enzimas capazes de reduzir os custos de produção de etanol celulósico a chave do sucesso do mercado mundial de biocombustíveis nos próximos anos.Baseados nessa demanda tecnológica para o desenvolvimento de processos agroindustriais contendo um forte componente de sustentabilidade ambiental, a unidade da Embrapa Instrumentação Agropecuária em parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos vem trabalhando em projetos para o desenvolvimento de biorreatores de fermentação semi-sólida instrumentados para a produção de enzimas.
Esses biorreatores estão sendo avaliados para a produção das celulases utilizando para isso microrganismos previamente selecionados por pesquisadores da Embrapa. Um dos diferenciais do processo em desenvolvimento é a possibilidade da utilização de resíduos agroindustriais como substrato da fermentação. No Brasil, os resíduos agroindustriais se destacam pela abundância e pelo baixo custo. Isso se traduz na possibilidade de redução de custos das enzimas.O desenvolvimento de tecnologias nacionais de produção de enzimas associadas ao aproveitamento de resíduos agroindustriais e utilizando microrganismos selecionados e disponíveis no acervo da Embrapa, poderá vir a trazer contribuições bastante relevantes para o país, especialmente na área de agroenergia.

Fonte: Embrapa Instrumentação Agropecuária

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Brasil ganha novo Parque Eólico

No ultimo dia 20 de agosto, o Brasil ganhou um novo Parque Eólico, localizado no Ceará. O empreendimento é fruto da aliança entre dois grandes líderes no setor energético na América Latina: Cemig e IMPSA. Com 325 hectares e 19 aerogeradores, o Parque Eólico de Praias de Parajuru é o primeiro de três usinas a serem construídas no estado. Ainda serão instaladas as centrais: Praia do Morgado e Volta do Rio, no município de Acaraú. Juntas, terão capacidade para gerar 99,6 MW. A intenção é que nos próximos 20 anos esta energia gerada seja comercializada para a Eletrobrás. Limpa e renovável. Assim é a fonte eólica, considerada a mais natural do planeta.
Essa alternativa é gerada em parques que concentram vários aerogeradores – turbinas em forma de cata-vento ou moinho instaladas em regiões de ventos fortes. É utilizada para substituir combustíveis naturais (não renováveis e sujeitos a escassez), como o carvão, petróleo e gás natural, auxiliando na redução do efeito estufa e, consequentemente, no combate ao aquecimento global. Pioneira na operação de usina eólica no País, ao construir a Usina Morro do Camelinho, em 1994, a Cemig tem mais de 90% de fontes limpas. O presidente da Companhia, Djalma Bastos de Morais, destaca que a participação nos parques eólicos está em conformidade com a estratégia da empresa e do Governo de Minas que é de “crescer de forma sustentável, econômica, social e ambiental.”
Líder latino-americana em energias renováveis, a IMPSA considera o Brasil um mercado chave. A empresa argentina está trabalhando na implantação de mais outros 10 parques eólicos no País, na região de Santa Catarina. “Pretendemos desenvolver uma matriz energética mais equilibrada e limpa no País”, diz o representante da IMPSA no Brasil, Luis Pescarmona. Os parques eólicos fazem parte do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), desenvolvido pelo Governo Federal, sob coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME). A iniciativa visa fomentar o desenvolvimento das fontes renováveis como as eólicas, biomassas, solares, e de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s).


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

curiosidades:mutações de animais criadas pelo homem

Saindo um pouco do que tradicionalmente é postado e dando uma arejada na mente, veremos neste post até onde vai a criatividade do ser humano. O ser humano com uma ferramenta da informática nas mãos consegue criar criaturas que não existem na natureza, mas que impressionam pela realidade das formas e cores, pode ser um pouco bizarro mas como curiosidade vale a pena conferir, veja então as imagens abaixo:

Sapo de três olhos

Macaco com um olho só
Sapo Extraterrestre

Girafa anã

Coelho de duas patas


Fonte:http://www.worth1000.com/

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dicas interessantes para salvar o mundo


1. Informe-se
Acompanhe as notícias sobre o meio ambiente, atualize-se, estude a fundo os aspectos que mais lhe interessam.

2. Aja localmente
Pense a respeito de como colaborar na família, na vizinhança, na escola dos filhos e na comunidade. Participe mais de tudo e difunda suas idéias sobre um mundo melhor.
3. Pense localmente
Estabeleça vínculo entre temas locais e globais. Apesar de magnitudes diferentes, os dois universos se correlacionam.

4. Some
Antes de pensar em formar uma organização não-governamental, procure ema parecida na qual você possa se engajar.

5. Otimismo é fundamental
Envolva-se de maneira criativa e divertida. Se quer atrair outras pessoas, pense em discursos e eventos positivos.

6. Seja efetivo
Envolva-se, torne-se ativo, mas não duplique suas obrigações. Trabalhe para ampliar sua efetividade.

7. Crie notícia
Identifique temas que possam interessar a muitas pessoas. Então, escreva para jornais, revistas, redes de rádio e TV.

8. Planeje sua família
Se a população da Terra, em 2050, ficará em 7,9 ou 10,9 bilhões de pessoas, conforme projeta a ONU, a diferença será de um filho por casal.

9. Não polua
Não jogue pilhas e baterias de celular no lixo comum. Mantenha bacias hidrográficas, rios, represas e lagoas livres de lixo ou qualquer tipo de resíduo. Lembre-se: o cano que sai da sua casa provavelmente deságua num rio, numa lagoa ou no mar.

10. Preserve a biodiversidade
Espécies animais e vegetais merecem respeito. Plante árvores: elas produzem oxigênio e são abrigos para aves.

11. Seja coerente
Economize energia, água, prefira equipamentos que não prejudiquem a camada de ozônio, reutilize materiais, recicle o lixo caseiro, use menos o carro, ande mais a pé, evite produtos de origem animal.

12. Passe a sua vida a limpo
Reveja seu estilo de vida. Pense num padrão condizente com o mundo sustentável.

13. Boicote
Engaje-se em movimentos de boicote a produtos que não respeitam o meio ambiente. Aliás, nem espere por moviemntos: faça isso sempre que cair a ficha.

14. Eleja e cobre
Fiscalize o trabalho e a postura dos deputados e senadores ligados à sua comunidade ou cidade. Escreva para eles fazendo sugestões ou cobranças.

15. Separe o joio
Nunca na história tivemos acesso a tanta informação - e também a tantas opiniões diferentes. Faça a coisa certa.

16. Ensine as crianças
Preparar as novas gerações à luz de princípios ecológicos é a garantia de um mundo mais redondo daqui para frente.
17. Acredite no futuro
Estimule idéias inovadoras, invista em grupos não-governamentais, renove sua crença de que tudo vai dar certo. Quanto mais pessoas acreditarem na paz, mas ela será possível.

Fonte: Ambiente Brasil

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Golfinho inspira barco movido a hidrogênio

Enquanto os barcos e os navios solares ainda não são usados de forma cotidiana, pesquisadores se adiantam e estão procurando outras fontes ecológicas de combustível que podem fazer estes veículos ainda mais limpos ecológicamente falando.
Pesquisadores do Rayka Design Studio estão trabalhando em um projeto para a criação de um barco de passageiro abastecido com hidrogênio que ofereça uma boa velocidade sem emitir gases tóxicos.O projeto é inspirado em golfinhos e permite a passageiros sentarem em posições de assento diferentes. Ele pode ser usado em águas imóveis como a baia da Guanabara.
O barco com 22m de comprimento, apelidado de Hydro Dolphin, possui fachadas de vidro largas que podem facilmente serem movidas dependendo das condições meteorológicas.
O projeto inovativo assegura uma vista agradável do mar de todos os ângulos, desde que o tempo seja ensolarado. Dentro do barco, há um espaço para a instalação de uma unidade pequena de cozinha ou um carrinho dependendo da exigência do proprietário e de seu uso.


domingo, 23 de agosto de 2009

Eco curiosidade:Boeing B-307 transformado em uma casa flutuante exótica

De todos os produtos que os projetistas e os artistas da reciclagem conseguiram tornar algo funcional a partir do lixo, os aviões certamente são os mais interessantes e os mais difíceis de serem modificados.
Aviões que já não voam mais estão sendo convertidos em hotéis e em artigos da mobília, mas este é o primeiro esforço de reciclagem engenhosa que transformou um velho Boeing B-307 em uma casa flutuante exótica.
Apelidada de Cosmic Muffin, a casa flutuante foi feita a partir de um Boeing premiado B-307 da compania de Howard Hughes, que foi aposentado em 1969. Salvo do ferro velho pelo corretor de imóveis e piloto de Fort Lauderdale - E.U.A ,Kenneth W. London, o avião passou quatro anos em um processo de conversão.
A matéria-prima escolhida para a casa flutuante é única. Entretanto, mesmo com um exterior de avião, uma nova casca foi completamente reconstruída, interiores atualizados, colocado motores novos, a cabina do piloto foi restaurada para ajudar o avião a navegar nas ondas como se estivesse no ar.
A Cosmic Muffin pôde não ser a casa flutuante mais bonita do mundo, mas trás consigo uma mensagem ecológica no sentido de impedir que toneladas de sucata sejam descartadas no meio ambiente.
Fonte:Inhabitat/RecylArt

sábado, 22 de agosto de 2009

Cada pessoa libera 2 toneladas de CO2 por mês


A organização não-governamental Iniciativa Verde calcula que cada cidadão libera, em média, 2,07 toneladas de gás carbônico ou dióxido de carbono na atmosfera por mês. No site da ONG, www.thegreeninitiative.com, é possível calcular a emissão individual dos gases que causam o efeito estufa e a quantidade de árvores que cada pessoa deveria plantar para neutralizar isso. O cálculo leva em consideração o consumo de energia elétrica, de gás de cozinha e o tipo de transporte utilizado.
Em relação ao consumo de energia elétrica, a ONG considera que o consumo médio por pessoa é de 100 KWh/mês, o que gera uma emissão de 0,32 tonelada de CO2. Por ano, a emissão passa a ser de 3,84 toneladas desse gás por habitante. Sobre o consumo de gás de cozinha por pessoa, o levantamento mostra que, no Brasil, a média é de quatro milímetros cúbicos por mês (ou três botijões por ano), o que perfaz uma média de 0,20 toneladas de CO2. Por ano, a emissão é de 2,4 toneladas.
Por último, a ONG considerou a média de combustível fóssil (petróleo e derivados) queimado por habitante, levando em conta que cada pessoa percorre cerca de 850 quilômetros por mês. Em um carro pequeno movido a gasolina, com motor até 1.4, cada pessoa liberaria 1,55 tonelada de CO2 na atmosfera por mês, ou 18,6 toneladas por ano.
Resumindo, se uma pessoa consumir esses valores médios de energia elétrica, de gás e de combustível, estará liberando na atmosfera 2,07 toneladas de gás carbônico por mês, em média, ou 24,84 toneladas por ano. Para compensar esses níveis de emissões, a Iniciativa Verde recomenda que cada cidadão plante 14 árvores por mês ou 168 por ano, já que as árvores absorvem o gás carbônico. "Primordialmente o que a gente deveria fazer é consumir menos de tudo. Diminuir desde o nosso consumo de energia elétrica, apagando a luz quando sai de um ambiente, substituindo o nosso chuveiro elétrico por um aquecimento mais eficiente, utilizando mais o transporte público, dando carona para pessoas, tentando otimizar o uso dos recursos naturais, reduzindo o consumo e consumindo de maneira mais consciente", disse o diretor da Iniciativa Verde, Osvaldo Martins.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Como se livrar da poluição em ambientes internos usando plantas


Poluição em ambiente interno pode ser mais grave que do ar externo

O que uma nave espacial, uma casa e uma empresa têm em comum? A resposta é a existência de várias substâncias voláteis químicas capazes de fazer com que o ar que se respira nesses ambientes seja até dez vezes mais poluído do que o ar externo. Especialistas afirmam que nesses locais há uma forte concentração de elementos altamente poluentes, o que pode ser a causa de alergias e asma, entre outras patologias mais graves.O engenheiro ambiental Bill Wolverton, ex-pesquisador da Nasa, e autor do livro "Plants: how they contribute to human health and well-being" ("Plantas, como elas contribuem para a saúde e o bem-estar"), explica que, durante as missões da base espacial Skylab, mais de 100 tipos de substâncias poluidoras foram encontradas dentro das naves espaciais.
Constatado o fato, cientistas e pesquisadores da Nasa mobilizaram-se para descobrir soluções para o controle do problema antes que as missões de longo prazo iniciassem. A partir dessa descoberta, a U.S. Environmental Protection Agency (EPA - Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), vistoriou prédios públicos como escritórios, hospitais e creches, e neles identificou mais de 900 poluentes transportados pelo ar.
O elemento prevalecente era o formaldeído (formol). Altamente tóxico, esse composto tido como cancerígeno é utilizado em vários materiais de construção e também em móveis, vidros, espelhos, roupas e até no papel higiênico. Além desse gás, as pesquisas revelaram a presença de benzeno, xileno e tricloroetileno, (componentes de tintas, monitores, tapeçarias, fotocopiadoras e cigarros), bem como do clorofórmio (encontrado na água potável), amoníaco, álcool e acetona (carpetes e cosméticos), todos nocivos à saúde.

Filtros naturais

Quem nunca deu valor àquela plantinha que tem em casa, agora vai ter uma surpresa:as plantas são importantes filtros naturais contra a poluição!Pesquisadores identificaram várias plantas de fácil cultivo em locais com pouca luz, cujos filtros naturais são capazes de neutralizar a poluição interna. Muitas espécies podem ser utilizadas para esse fim, como a dracena, a samambaia e a babosa, mas as mais eficientes entre as plantas são a palmeiras areca e ráfis, de baixo custo e muito conhecidas por suas qualidades ornamentais.
Embora essas duas espécies se destaquem, o engenheiro americano esclarece que todas as plantas são capazes de remover poluentes transportados pelo ar. E isso ocorre porque "as folhas das plantas podem absorver certas substâncias químicas orgânicas, destruindo-as por meio de um processo chamado colapso metabólico, o que foi provado por um grupo de cientistas alemães que testou o formaldeído com o carbono-14, observando sua absorção e destruição metabólica dentro do clorófito (pigmentação verde)".
"O formaldeído é metabolizado e convertido em ácidos orgânicos, açúcares e ácidos de amido: quando as plantas transpiram vapor de água por meio de suas folhas, elas puxam o ar para as raízes. Isso nutre os micróbios com oxigênio, que consomem as substâncias químicas tóxicas contidas no ar, que lhes servem como fonte de alimento e energia", esclarece.

Vasos de água

Para melhorar a qualidade do ar em casas e escritórios, Wolverton sugere a utilização do maior número de plantas que um determinado espaço permita.
Ele recomenda que as plantas sejam cultivadas por meio da hidrocultura (hidroponia). O princípio básico da hidrocultura ou hidroponia é muito simples e bem conhecido: quem não conhece o método de se colocar uma batata-doce num recipiente com água e esperar pelo desenvolvimento das raízes e folhagem? Pois foi a partir deste princípio simples que se desenvolveu e aperfeiçoou o sistema de hidrocultura, passando-se a utilizar fertilizantes, argila expandida ou pedregulhos e recipientes especialmente desenvolvidos para este fim.
Este método de cultivo apresenta algumas vantagens: é um sistema de cultivo bastante limpo e simples de ser conduzido; não dá muito trabalho com transplantes, as plantas quando adequadas a este sistema desenvolvem-se bem e livres de problemas com doenças ou insetos provenientes da terra.O ideal, segundo o especialista, é ter uma planta para cada 9,29 m² quando cultivadas em hidrocultura, e duas no mesmo espaço, quando se utilizam vasos de terra.

Plantas que limpam o ar

Espécies como gérbera, babosa, crisântemo e lírio-da-paz possuem, em suas raízes, bactérias que transformam poluentes como monóxido de carbono, formaldeído, benzeno e até fumaça de cigarro em nutrientes para a planta.

Dracena (Dracaena fragans): é eficaz contra formaldeído, xileno e tricloroetileno.

Palmeira areca (Dypsis lutescens): assim como a ráfis, neutraliza a maioria dos agentes poluidores

Samambaia (Nephrolepis): umidifica o ar e neutraliza o formaldeído.

Filodendro (Philodendron scandens): eficaz contra formaldeído, benzeno e monóxido de carbono.

Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata): pode ser usada no quarto porque libera oxigênio à noite

Como as pessoas que mais se ressentem com a poluição interna são as crianças, idosos, doentes ou indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, Wolverton conta que países como o Japão já estão investindo em jardins ecológicos dentro dos hospitais para melhorar a qualidade do ar para pacientes e funcionários. "Por precaução, somente plantas cultivadas por meio da hidrocultura devem ser utilizadas nos hospitais, por causa dos fungos e bactérias indesejáveis nesses ambientes"

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Eco curiosidades:Como "ouvir" a temperatura na Natureza


Quer saber a temperatura ambiente sem um termômetro? Basta-lhe ouvir com atenção a Natureza e ter um relógio. Está ouvindo os grilos cantarem? Ótimo. Agora, olhe para o relógio e conte, durante um minuto, o número de vezes que os grilos cantam. Chame a esse número N. Então a temperatura ambiente, em graus Celsius, é dada aproximadamente pela fórmula:

(1) T = 10 + (N-40)/7

Por exemplo, se os grilos cantarem a uma taxa de 110 vezes por minuto, a temperatura será de 20 graus. Se cantarem 145 vezes por minuto, a temperatura é de 25 graus. Lembrando-se da fórmula (1), o leitor precisa apenas de aritmética elementar para estimar a temperatura. Além, evidentemente, precisar ouvir os grilos cantarem. Embora este fato possa, à primeira vista, parecer surpreendente, ele faz sentido: as estridulações emitidas pelos grilos são tanto mais rápidas quanto mais calor está.
O leitor já terá provavelmente verificado que, num fim de tarde muito quente, os grilos cantam com uma freqüência muito grande, ao passo que à noite, com temperatura mais fresca, o seu canto é muito mais lento. Esta observação foi quantificada e publicada pela primeira vez em 1897 pelo inventor americano Amos Dolbear, num artigo chamado “O grilo como termómetro”, que forneceu a fórmula empírica (1). Esta fórmula, por vezes é chamada de lei de Dolbear e foi formulada originalmente em graus Fahrenheit.

Fonte: Ingenium

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dicas para se desfazer dos rejeitos do dia a dia


No início dos tempos, os primeiros homens eram nômades. Moravam em cavernas, sobreviviam da caça e pesca, vestiam-se de peles e formavam uma população minoritária sobre a terra. Quando a comida começava a ficar escassa, eles se mudavam para outra região e os seus "lixos", deixados sobre o meio ambiente, eram logo decompostos pela ação do tempo. À medida em que foi "civilizando-se" o homem passou a produzir peças para promover seu conforto: vasilhames de cerâmica, instrumentos para o plantio, roupas mais apropriadas. Começou também a desenvolver hábitos como construção de moradias, criação de animais, cultivo de alimentos, além de se fixar de forma permanente em um local.
A produção de lixo consequentemente foi aumentando, mas ainda não havia se constituído em um problema mundial. Naturalmente, esse desenvolvimento foi se acentuando com o passar dos anos. A população humana foi aumentando e, com o advento da revolução industrial - que possibilitou um salto na produção em série de bens de consumo - a problemática da geração e descarte de lixo teve um grande impulso.
Atualmente, os nossos residuos estão se acumulando, não obstante, devemos buscar novos meios para diminuir a geração destes residuos e dar o destino correto deste materiais, por isso ai vão algumas dicas, o meio ambiente agradece:

Restos de Comida
O lixo orgânico representa 57% dos rejeitos. Quem quiser transformar cascas de frutas e legumes em adubo para plantas pode montar ou comprar uma composteira. Também chamados de minhocários caseiros, esses sistemas têm minhocas vivas que transformam os restos de alimento em compostos orgânicos. Estão à venda nos sites moradadafloresta, lixeiraviva, composteira e minhocasa.
Óleo de Cozinha
Jogado no ralo, 1 litro de óleo de cozinha usado contamina até 20 000 litros de água. Para transformá-lo em sabão na cidade de São Paulo você pode colocalo em garrafas plásticas e levar para os supermercados Pão de Açúcar. Condomínios podem fazer o mesmo com os galões de 50 litros vendidos, por 30 reais, pela ONG Trevo. Em outras cidades procure se informar por projetos semelhantes
Móveis e Entulho
Resíduos de reformas, móveis velhos e restos de poda de árvores com volume de até 1 metro cúbico, que não são grandes a ponto de justificar o aluguel de uma caçamba, na cidade de São Paulo devem ser levados a um dos 37 Ecopontos da cidade. A lista completa está no site da Limpurb. Em outras cidades do país você pode se informar na prefeitura local.
Celulares,Bateria e carregadores
Com a sanção da lei estadual que institui normas para reciclagem e destinação final do lixo eletrônico em São Paulo, as lojas de celulares passaram a ser obrigadas a receber aparelhos usados. Baterias, por exemplo, contêm metais pesados perigosos que não devem ir para aterros. Só as lojas da Vivo reciclaram, no primeiro semestre de 2009, mais de 74 000 itens. As 376 agências dos bancos Real e Santander na cidade, que recolhem celulares, pilhas e baterias, reciclaram 17,8 toneladas no mesmo período. Em outras cidades do país as lojas que vendem estes produtos de acordo com resolução do CONAMA devem dar o destino final.
Remédio e Seringas
Os vidrinhos vazios e bem lavados podem ir para o cesto comum, mas remédios vencidos e seringas usadas devem ser encaminhados para incineração em hospitais e postos de saúde. Para evitar acidentes com os coletores, guarde as seringas em caixas ou embalagens rígidas.
Pilhas e Baterias
Em São Paulo a coleta de pilhas e baterias começou a ser feita nas lojas da Drogaria São Paulo em 2004. Tudo é reciclado pela empresa Suzaquim, de Suzano. Dois anos depois, surgiu o Programa Papa-Pilhas, dos bancos Real e Santander, que já coletou 56,7 toneladas de pilhas, baterias e celulares. Na outras cidades procure se informar nas Secretarias de Meio Ambiente ou Fundações ambientais.
Lâmpadas usadas
Como contêm mercúrio, um veneno perigoso, em sua composição química, as lâmpadas fluorescentes exigem cuidados especiais ao ser descartadas. Poucas empresas fazem a reciclagem – uma delas é a
Apliquim.Tratado, seu vidro pode ser usado em pastilhas e materiais de construção. Caso a lâmpada se quebre, é preciso evitar inalar a substância de seu interior ou tocar nela. Já as lâmpadas incandescentes convencionais podem ir para o fundo dos aterros comuns.
Eletroeletrônicos
Com destino ainda indefinido, computadores, televisores e outros equipamentos quebrados não têm um caminho seguro fora dos aterros sanitários. O site lixoeletronico.org lista empresas que aceitam doaçõe dos que funcionam e outras que cobram para reciclar os quebrados.
Pneus velho
Todos os meses, em São Paulo 12 000 toneladas de pneus sem possibilidade de recauchutagem são coletados para reciclagem na cidade. O Programa de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis da Reciclanip, uma entidade formadapelos fabricantes, transforma-os em materiais como solado de sapato e borracha de vedação. Há uma lista de pontos de coleta no site reciclanip.com.br.
Isopores
Embora ainda tenham baixo valor de mercado e sejam desprezados em algumas cooperativas, os isopores podem ser reutilizados. Inclua-os junto com os plásticos. O tipo EPS (poliestireno expandido), comum em embalagens de eletrônicos, é mais aceito que o XPS (poliestireno extrudado), usado em bandejinhas de alimentos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Congresso Internacional sobre Bioenergia começa nesta terça-feira em Curitiba


Começa nesta terça-feira (18) em Curitiba o 4º Congresso Internacional de Bioenergia, que vai reunir especialistas nacionais e internacionais para discussão, troca de experiências e divulgação de novas tecnologias na área.O evento, que acontece em paralelo com o 1º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e Energias Renováveis, está sendo coordenado pela Copel em parceria com a Itaipu Binacional e com a Universidade Federal do Paraná. Até a tarde de segunda-feira (17), os dois congressos já contavam com 820 inscritos de vários países e a expectativa dos organizadores é de que até o início dos trabalhos o número aumente para 900 congressistas.As palestras e apresentações de cerca de 60 trabalhos técnicos vão até sexta-feira (dia 21) no Teatro Positivo e no ExpoUnimed.
As discussões envolvem temas como energias renováveis, bioenergia e explorar a questão da geração distribuída. Esta é a primeira vez que a Copel participa do evento e a intenção, segundo o coordenador do setor de energias renováveis da empresa, Francisco José de Oliveira, “é tornar a Companhia interlocutora constante e importante neste tipo de discussão”.O Brasil tem um papel relevante na produção de energia através do aproveitamento de fontes naturais e renováveis. Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta o país como o maior mercado mundial de energias renováveis, informando que 46% de toda energia produzida no país é proveniente de fontes renováveis, destacando-se o aproveitamento do potencial hidráulico e de biomassa, notadamente na indústria de bioetanol.
A palestra de abertura, às 18 horas no Teatro Positivo, será proferida pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nélson Hubner, que falará sobre Geração Distribuída de Energia Elétrica e as Perspectivas Energéticas, Econômicas e Ambientais. Na quarta-feira, as discussões começam com o tema Biomassa Residual e Biogás no Contexto da Geração Distribuída, do qual participa o diretor de engenharia da Copel, Luiz Antonio Rossafa.Os eventos contarão com a participação de especialistas e técnicos de diversas concessionárias e empresas de energia, órgãos regulatórios, universidades, laboratórios e centros de pesquisa do Brasil e do exterior.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Coleta seletiva


A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia, do destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados.
Com isso alguns objetivos importantes são alcançados:
a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado.
Além disso o uso de matéria prima reciclável diminui a extração dos nossos tesouros naturais.Uma lata velha que se transforma em uma lata nova é muito melhor que uma lata a mais. E de lata em lata o planeta vai virando um lixão...No Brasil existe coleta seletiva em cerca de 135 cidades, de acordo com o professor Sabetai Calderoni (autor do livro Os Bilhões Perdidos no lixo Ed. Humanitas). Na maior parte dos casos a coleta é realizada pelos Catadores organizados em cooperativas ou associações.Sistemas de coleta seletiva podem ser implantados em uma escola, uma empresa ou um bairro.Não há uma fórmula universal.
Cada lugar tem uma realidade e precisamos inicialmente de um diagnóstico local: Tem cooperativas de catadores na minha cidade? O material separado na fonte e doado vai beneficiar um programa social? Vamos receber relatórios mensais dos pesos destinados? Qual é o tipo, volume e freqüência de lixo gerado? O que é feito atualmente? A cooperativa poderá fazer a coleta no local? Pra que separar em quatro cores se a coleta será feita pelo mesmo veículo? Como podemos envolver as pessoas? Jornalzinho? Mural? Palestras?Como você pode ver coleta seletiva é bem mais que colocar lixeiras coloridas no local.A Coleta seletiva deve ser encarada como uma corrente de três elos. Se um deles não for planejado a tendência é o programa de coleta seletiva não perseverar.
O planejamento deve ser feito do fim para o começo da cadeia. Ou seja: primeiro pensar em qual será a destinação, depois (e com coerência) a logística e por fim o programa de comunicação ou educação ambiental.Há algumas informações básicas que podem ajudar, clique aqui para baixar a cartilha da secretaria do meio ambiente de São Paulo sobre coleta seletiva.
Fonte:Pólita Gonçalves - http://www.lixo.com.br

domingo, 16 de agosto de 2009

Tuvalu planeja ser o primeiro país a ter emissão zero de carbono a partir de 2020

Se as médias e maiores economias do mundo pretendem reduzir as suas imensas pegadas de carbono, podem ter como exemplo as nações menores para se ajustarem ao que pode ser feito para a diminuição de suas pegadas. Tuvalu, a quarta menor nação do mundo, com uma população de 12.000 pessoas pretende transformar-se no primeiro país no mundo com zero de emissão de carbono a partir de 2020.

Um exemplo que pode certamente influenciar os outros paises. Tuvalu é cuidadoso de seu futuro por causa do perigo do aquecimento global que elevará os níveis das águas dos oceanos. Dado a natureza de suas terras estarem ao nível do mar, uma das mais bonitas nações do mundo localizada entre Austrália e Havaí no meio do Pacífico, pode estar fora do mapa mundial em um século se medidas para combater o aquecimento global não forem tomadas.

O ponto o mais elevado do país possui 15 pés acima do nível do mar, assim você pode imaginar a situação das pessoas nas próximas décadas. Para iniciar, um sistema de energia solar de 40 quilowatts foi instalado no telhado do maior estádio de futebol e fornecerá 5% da energia exigida pela capital do país Funafuti . Este procedimento reduziu o consumo de combustível do gerador de energia enviado pela Nova Zelândia em aproximadamente 17.000 litros.

O plano de expansão seguinte produzirá 46Kw de energia para uma escola e o custo estimado do projeto é de $20 milhões. Tuvalu é certamente um país previlegiado pelo vento e pelo sol, mas o paraiso do mundo ainda ainda está muito atrás em utilizar estes recursos, este desenvolvimento assegurar-se-á de que a nação mais bonita e liberal do planeta permaneça no mapa do mundo.

Fontehttp://www.telegraph.co.uk

sábado, 15 de agosto de 2009

Ecoartes:Eco-artista construiu escultura de touro de peças de automóveis

O Eco-artista e escultor Bettye Hamblen Turner empregou peça usadas de aço inoxidável, aço de carbono, peças de automóveis e peças recicladas de motocicletas para uma escultura impressionante conhecida como “Paladin”. A escultura é a quinta da série de esculturas Texas Longhorn Bull produzidas pelo artista



Com a passagem do tempo os componentes do aço de carbono alcançarão uma patina profunda da oxidação sobre eles, que reformarão somente o olhar do projeto inteiro. O artista dá forma aos vários componentes que usa com técnicas de dobra quentes e frias.



sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Você sabe o que é preciclar?


É muito simples!É pensar antes de comprar, pois 40% do que nós compramos é lixo,são embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada, que vão direto para o lixo aumentar os nossos restos imortais no planeta.Poderia ser diferente?Tudo sempre pode ser melhor.Pense no resíduo da sua compra antes de comprar. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins.
Estes são os 3 R's:Reduzir, Reutilizar e Reciclar.Reduzir o desperdício,Reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora e Reciclar, ou melhor: separar para a reciclagem, pois, na verdade, o indivíduo não recicla (a não ser os artesãos de papel reciclado).O termo reciclagem, tecnicamente falando, não corresponde ao uso que fazemos dessa palavra pois reciclar é transformar algo usado, em algo igual, só que novo.Por exemplo, uma lata de alumínio, pós-consumo, é transformada, através de processo industrial, em uma lata nova.
Quando transformamos uma coisa em outra coisa, isso é reutilização.O que nós, como indivíduos, podemos fazer, é praticar os dois primeiros R's: reduzir e reutilizar.Quanto à reciclagem, o que nós devemos fazer é separar o lixo que produzimos e pesquisar as alternativas de destinação, ecologicamente corretas, mais próximas.Pode ser uma cooperativa de catadores ou até uma instituição filantrópica que receba material reciclável para acumular e comercializar.O importante é pensarmos sobre os 3 R's procurando evitar o desperdício, reutilizar sempre que possível e, antes de mais nada,preciclar!
Ou seja: Pensar antes de comprar.Pensar no resíduo que será gerado.Evite embalagens plásticas: elas só poderão ser transformadas em produtos plásticos reciclados. O vidro é totalmente reciclável e muito mais útil em termos de reutilização da embalagem.Preciclar é pensar que a história das coisas não acaba quando as jogamos no lixo. Tampouco acaba a nossa responsabilidade.

Fonte:Pólita Gonçalves-http://www.lixo.com.br/

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lixo nosso de cada dia


A palavra lixo é derivada do termo em latim lix que significa:
a) "cinzas" de uma época em que a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos de lenha carbonizada dos fornos e fogões; e também
b) lixare (polir, desbastar) onde lixo seria então a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa arranca dos materiais.
No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas. Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos.
A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez.Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas.
A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.
A questão é: o que fazer com tanto lixo?
Felizmente, o homem tem a seu favor várias soluções para dispor de forma correta, sem acarretar prejuízos ao ambiente e à saúde pública. O ideal, no entanto, seria que todos nós evitássemos o acúmulo de detritos, diminuindo o desperdício de materiais e o consumo excessivo de embalagens.Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo para fabricação de novos objetos, através dos processos de reciclagem, o que representa economia de matéria prima e de energia fornecidas pela natureza. Assim, o conceito de lixo tende a ser modificado, podendo ser entendido como "coisas que podem ser úteis e aproveitáveis pelo homem".
Para determinar a melhor tecnologia para tratamento, aproveitamento ou destinação final do lixo é necessário conhecer a sua classificação.
Lixo urbano
Formado por resíduos sólidos em áreas urbana, inclua-se aos resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares (pequenas industria de fundo de quintal) e resíduos comerciais.
Lixo domiciliar
Formado pelos resíduos sólidos de atividades residenciais, contém muita quantidade de matéria orgânica, plástico, lata, vidro.
Lixo comercial
Formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais. Composto por matéria orgânica, papéis, plástico de vários grupos.
Lixo público
Formado por resíduos sólidos produto de limpeza pública (areia, papéis, folhagem, poda de árvores).
Lixo especial
Formado por resíduos geralmente industriais, merece tratamento, manipulação e transporte especial, são eles, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis, de remédios ou venenos.
Lixo industrial
Nem todos os resíduos produzidos por industria, podem ser designados como lixo industrial. Algumas industrias do meio urbano produzem resíduos semelhantes ao doméstico, exemplo disto são as padarias; os demais poderão ser enquadrados em lixo especial e ter o mesmo destino.
Lixo de serviço de saúde (RSSS)
Os serviços hospitalares, ambulatorias, farmácias, são geradores dos mais variados tipos de resíduos sépticos, resultados de curativos, aplicação de medicamentos que em contato com o meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico poderão ser patógenos ou vetores de doenças, devem ser destinados a incineração.
Lixo radioativo
Produto resultante da queima do combustível nuclear, composto de urânio enrriquecido com isótopo atômico 235. A elevada radioatividade constitui um grave perigo à saúde da população , por isso deve ser enterrado em local próprio, inacessível.
Lixo espacial
Restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no espaço, que circulam ao redor da Terra com a velocidade de cerca de 28 mil quilômetros por hora. São estágios completos de foguetes, satélites desativados, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que explodiram normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação das armas anti-satélites.

Fonte: Do livro "Lixo - De onde vem? Para onde vai?" de Francisco Luiz Rodrigues e Vilma Maria Gravinatto - Ed. Moderna
Ecologia de A a Z - Pequeno dicionário de Ecologia - Ed LP&M de Delza de Freitas Menin

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Gasolina verde


Em abril de 2008, pesquisadores nos Estados Unidos anunciaram a descoberta de um processo capaz de converter açúcares derivados da biomassa de plantas em gasolina e óleo diesel. De acordo com John Regalbuto, o diretor do Programa de Catálise e Biocatálise da National Science Foundation (NSF), essa “gasolina verde” deverá estar disponível no mercado dentro de cinco a sete anos, como alternativa complementar ao etanol.Regalbuto apresentou a inovação, financiada pela NSF, nesta segunda-feira (10), durante o workshop Tecnologias em biocombustíveis e suas implicações no uso da água e da terra, que está sendo realizado em Atibaia (SP) até o dia 12 de agosto, no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
O evento reúne cientistas do Brasil, Estados Unidos e Argentina com o objetivo de diagnosticar problemas na produção de bioenergia e orientar investimentos de agências de fomento à ciência e tecnologia na busca de soluções em áreas-chave.Segundo Regalbuto, o processo de produção da “gasolina verde” se baseia em submeter uma pasta aquosa de açúcares e carboidratos vegetais a materiais catalisadores, que aceleram as reações sem se desgastar no processo. Com isso, as moléculas ricas em carbono da biomassa se separam em componentes que se recombinam para formar os mesmos compostos químicos que são obtidos do processamento do petróleo.“A previsão das empresas que trabalham no desenvolvimento desses hidrocarbonetos de biocombustíveis de nova geração é que a tecnologia estará pronta para licenciamento em 2011.
Depois disso, será necessario construir as plantas para produção. Acreditamos que dentro de um período de cinco a sete anos esse produto estará nas bombas de gasolina. É muito menos tempo do se imaginava”, disse Regalbuto à Agência Fapesp.A principal diferença da tecnologia em relação à produção de etanol, segundo Regalbuto, é que o etanol é fermentado a partir de plantas em um processo que utiliza enzimas para desencadear as reações, enquanto a “gasolina verde” utiliza catalisadores.Esses catalisadores transformam os açúcares presentes na planta em hidrocarbonetos. Se o uso de enzimas permite um processo mais seletivo, dirigido a um tipo especifico de moléculas, os catalisadores, por outro lado, podem operar em altas temperaturas que normalmente destruiriam as enzimas. Isso permite que as reações sejam milhares de vezes mais velozes.
A produção de hidrocarbonetos a partir de plantas acaba sendo mais eficiente que a de etanol, porque este último exige uma destilação que requer grandes quantidades de energia, enquanto os hidrocarbonetos se separam automaticamente da água”, afirmou.

Escala de produção

Segundo Regalbuto, com o processo as moléculas da biomassa, ricas em carbono, separam-se em componentes diferentes que se recombinam para formar os compostos químicos que são normalmente obtidos do processamento do petróleo.“O processo parte do açúcar e termina com a produção dos hidrocarbonetos. Mas antes eles passam por uma fase intermediária, na forma de compostos orgânicos que retêm 95% da energia da biomassa e 40% da sua massa, podendo ser transformados em combustíveis de diversos tipos para o setor de transportes”, explicou.
De acordo com o cientista, os principais desafios para o desenvolvimento atualmente se referem à escala de produção. “Neste momento o principal gargalo diz respeito ao aumento da escala. O processo de pirólise, a reforma da fase aquosa e as abordagens industriais já foram todos demonstrados em plantas piloto.
Agora, existem os problemas normais de escala. Mas o desenvolvimento está relativamente avançado”, disse.Para Regalbuto, que é professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Illinois, a “gasolina verde” não será um concorrente da produção de etanol, mas uma alternativa complementar.“Para os Estados Unidos, trata-se de um complemento. Temos atualmente toda a infraestrutura voltada para a produção de etanol de milho, que deverá ser usado para ser misturado à gasolina na proporção de 10%.
No entanto, para cumprir a Lei de Seguranca Energética, aprovada em 2007 pelo governo norte-americano, será preciso ter à disposição 16 bilhões de galões por ano de derivados de celulose. A partir da lignocelulose, podemos fazer hidrocarbonetos, evitando que tenhamos que ampliar tanto a infraestrutura para o processo de refino do etanol”, disse.O pesquisador lembrou que existem iniciativas também no Brasil para a produção de diesel a partir da celulose – nesse caso, de cana-de-açúcar. “Mas isso seria igualmente complementar.
O Brasil tem toda uma infraestrutura e um desenvolvimento tecnológico avançado para a produção do etanol e não vai desperdiçar o que foi investido nisso. O etanol veio para ficar. Os hidrocarbonetos serão, então, uma opção para algumas indústrias específicas, como a de aviões, caminhões pesados e barcos de grande porte.Esses setores de transportes pesados deverão necessitar da alta densidade de energia da gasolina mesmo quando energias limpas – como a solar, eólica e todas as bioenergias – estiverem altamente desenvolvidas, segundo ele.“O Brasil, além disso, com sua produção competitiva de cana-de-açúcar, poderá ter uma opção a mais – isto é, além de produzir etanol, também poderá fazer gasolina e diesel”, disse.

Recordista em energias renováveis

A mesa de abertura do workshop Tecnologias em biocombustíveis e suas implicações no uso da água e da terra teve a participação do diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Marco Antonio Zago, de Cynthia Singleton, da NSF, e de Ernesto Quiles, do Ministério da Ciência e Tecnologia da Argentina.Brito Cruz destacou a importância da discussão sobre biocombustíveis para o Brasil, observando que o país se destaca mundialmente por uma singularidade: é o recordista em uso de energias renováveis. "Nenhum outro país industrializado tem 46% de toda a energia utilizada com base em fontes renováveis. A média mundial é de 13% e a dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) não passa de 6%", destacou.
Segundo ele, partindo da necessidade urgente de lidar com o aumento do custo de importação do petróleo, no início da década de 1970, o Brasil foi forçado a encontrar alternativas a curto prazo e apostou no etanol. A escolha elevou a produção nacional a mais de 12 bilhões de litros por ano em meados da década de 1980. Depois de um período de incerteza na década de 1990, causado pela instabilidade do fornecimento, em 2003 os carros flex fuel passaram a dominar o mercado e o etanol voltou a ganhar espaço."Em 2005, o país já era o segundo maior produtor de etanol do mundo, chegando a 25 bilhões de litros. Hoje, 90% dos veículos vendidos são flex fuel, não há mais gasolina sem mistura no Brasil e 33 mil postos de gasolina, dos 36 mil existentes, vendem etanol. O consumo já ultrapassou o da gasolina. Podemos dizer hoje que o combustível alternativo no Brasil é a gasolina e não o etanol", disse o diretor científico da Fapesp.

Fonte: Fábio de Castro/ Agência Fapesp

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Impasse entre países ricos e pobres ainda é entrave para novo acordo climático


A quatro meses da reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, marcada para dezembro em Copenhague (Dinamarca), o clima entres os países ricos e os emergentes é de desconfiança, com poucas decisões consolidadas para metas e compromissos em um novo acordo climático pós-2012, quando vence a primeira etapa do Protocolo de Quioto, e sem encaminhamentos claros sobre ações de financiamento e transferência de tecnologia.Na avaliação da secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahn, há um “ceticismo mútuo” entre os negociadores de países ricos e de nações em desenvolvimento.
“Por um lado, os países desenvolvidos argumentam que só o esforço deles não vai ser suficiente, de outro lado, os países em desenvolvimento se perguntam 'se eles não conseguem reduzir nem o que prometeram em Quioto, o que garante que vão se comprometer agora?'. É uma questão do tipo 'ovo e galinha': se uns não derem o primeiro passo, os outros também não darão”, compara.Até dezembro, estão marcadas pelo menos mais três reuniões preparatórias para Copenhague. Até lá, os negociadores terão que costurar acordos diplomáticos para garantir o consenso na redação e aprovação do texto que sairá do encontro de dezembro. Os esforços prévios têm avançado menos que o esperado, segundo a secretária de Assuntos Climáticos da Embaixada da Dinamarca no Brasil, Tine Lund.
“Os mandatos dos negociadores são restritos. Precisamos do nível político para conseguir maior engajamento”, avalia.A próxima etapa preparatória começa segunda-feira (10) em Bonn (Alemanha). Em setembro, os negociadores vão a Bangkok (Tailândia) e na primeira semana de novembro farão mais uma tentativa de acordo em Barcelona (Espanha).A definição de novas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos e de compromissos mais claros para países em desenvolvimento como Brasil, China e Índia – que já são grandes emissores – está no centro dos impasses.
De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o mundo precisa reduzir as emissões em 80% até 2050. É preciso agora definir quanto disso caberá aos países ricos e quanto caberá aos emergentes.“Não existe nenhuma previsão no regime de clima para que o Brasil ou outro país em desenvolvimento assuma metas quantitativas. Isso desrespeitaria o princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas”, enfatiza o conselheiro da Divisão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Ministério das Relações Exteriores, André Odenbreit.O Brasil e outros países em desenvolvimento condicionam a definição de compromissos – mesmo os voluntários – a garantias de financiamento vindas do grupo de países ricos.
Segundo Odenbreit, se o novo acordo climático não esclarecer como será feita essa transferência, os países emergentes não aceitarão discutir ações mais ambiciosas, em nome do desenvolvimento econômico. “Na ausência de aporte financeiro e tecnológico, o regime fracassará ou o preço de ação dos países em desenvolvimento será a continuidade da pobreza”, avalia.Segundo Suzana Kahn, o Brasil deve apresentar na reunião de Copenhague os primeiros resultados do Plano Nacional de Mudança do Clima. Lançado em dezembro de 2008, o texto só prevê metas voluntárias de redução de desmatamento e não exige redução clara de emissões de outros setores, como indústria e transportes.
“As expectativas das pessoas às vezes são muito grandes, em um ano você não tem condição de fazer grandes revoluções. Muitos dos projetos que estão lá são para coisas de mais longo prazo. De qualquer forma, em relação à redução do desmatamento, temos dados impressionantes”, adianta. O governo brasileiro espera para 2009 a menor taxa de desmatamento da Amazônia dos últimos 20 anos.

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