Poluição em ambiente interno pode ser mais grave que do ar externo
O que uma nave espacial, uma casa e uma empresa têm em comum? A resposta é a existência de várias substâncias voláteis químicas capazes de fazer com que o ar que se respira nesses ambientes seja até dez vezes mais poluído do que o ar externo. Especialistas afirmam que nesses locais há uma forte concentração de elementos altamente poluentes, o que pode ser a causa de alergias e asma, entre outras patologias mais graves.O engenheiro ambiental Bill Wolverton, ex-pesquisador da Nasa, e autor do livro "Plants: how they contribute to human health and well-being" ("Plantas, como elas contribuem para a saúde e o bem-estar"), explica que, durante as missões da base espacial Skylab, mais de 100 tipos de substâncias poluidoras foram encontradas dentro das naves espaciais.
Constatado o fato, cientistas e pesquisadores da Nasa mobilizaram-se para descobrir soluções para o controle do problema antes que as missões de longo prazo iniciassem. A partir dessa descoberta, a U.S. Environmental Protection Agency (EPA - Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), vistoriou prédios públicos como escritórios, hospitais e creches, e neles identificou mais de 900 poluentes transportados pelo ar.
O elemento prevalecente era o formaldeído (formol). Altamente tóxico, esse composto tido como cancerígeno é utilizado em vários materiais de construção e também em móveis, vidros, espelhos, roupas e até no papel higiênico. Além desse gás, as pesquisas revelaram a presença de benzeno, xileno e tricloroetileno, (componentes de tintas, monitores, tapeçarias, fotocopiadoras e cigarros), bem como do clorofórmio (encontrado na água potável), amoníaco, álcool e acetona (carpetes e cosméticos), todos nocivos à saúde.
Constatado o fato, cientistas e pesquisadores da Nasa mobilizaram-se para descobrir soluções para o controle do problema antes que as missões de longo prazo iniciassem. A partir dessa descoberta, a U.S. Environmental Protection Agency (EPA - Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), vistoriou prédios públicos como escritórios, hospitais e creches, e neles identificou mais de 900 poluentes transportados pelo ar.
O elemento prevalecente era o formaldeído (formol). Altamente tóxico, esse composto tido como cancerígeno é utilizado em vários materiais de construção e também em móveis, vidros, espelhos, roupas e até no papel higiênico. Além desse gás, as pesquisas revelaram a presença de benzeno, xileno e tricloroetileno, (componentes de tintas, monitores, tapeçarias, fotocopiadoras e cigarros), bem como do clorofórmio (encontrado na água potável), amoníaco, álcool e acetona (carpetes e cosméticos), todos nocivos à saúde.
Filtros naturais
Quem nunca deu valor àquela plantinha que tem em casa, agora vai ter uma surpresa:as plantas são importantes filtros naturais contra a poluição!Pesquisadores identificaram várias plantas de fácil cultivo em locais com pouca luz, cujos filtros naturais são capazes de neutralizar a poluição interna. Muitas espécies podem ser utilizadas para esse fim, como a dracena, a samambaia e a babosa, mas as mais eficientes entre as plantas são a palmeiras areca e ráfis, de baixo custo e muito conhecidas por suas qualidades ornamentais.
Embora essas duas espécies se destaquem, o engenheiro americano esclarece que todas as plantas são capazes de remover poluentes transportados pelo ar. E isso ocorre porque "as folhas das plantas podem absorver certas substâncias químicas orgânicas, destruindo-as por meio de um processo chamado colapso metabólico, o que foi provado por um grupo de cientistas alemães que testou o formaldeído com o carbono-14, observando sua absorção e destruição metabólica dentro do clorófito (pigmentação verde)".
"O formaldeído é metabolizado e convertido em ácidos orgânicos, açúcares e ácidos de amido: quando as plantas transpiram vapor de água por meio de suas folhas, elas puxam o ar para as raízes. Isso nutre os micróbios com oxigênio, que consomem as substâncias químicas tóxicas contidas no ar, que lhes servem como fonte de alimento e energia", esclarece.
Embora essas duas espécies se destaquem, o engenheiro americano esclarece que todas as plantas são capazes de remover poluentes transportados pelo ar. E isso ocorre porque "as folhas das plantas podem absorver certas substâncias químicas orgânicas, destruindo-as por meio de um processo chamado colapso metabólico, o que foi provado por um grupo de cientistas alemães que testou o formaldeído com o carbono-14, observando sua absorção e destruição metabólica dentro do clorófito (pigmentação verde)".
"O formaldeído é metabolizado e convertido em ácidos orgânicos, açúcares e ácidos de amido: quando as plantas transpiram vapor de água por meio de suas folhas, elas puxam o ar para as raízes. Isso nutre os micróbios com oxigênio, que consomem as substâncias químicas tóxicas contidas no ar, que lhes servem como fonte de alimento e energia", esclarece.
Vasos de água
Para melhorar a qualidade do ar em casas e escritórios, Wolverton sugere a utilização do maior número de plantas que um determinado espaço permita.
Ele recomenda que as plantas sejam cultivadas por meio da hidrocultura (hidroponia). O princípio básico da hidrocultura ou hidroponia é muito simples e bem conhecido: quem não conhece o método de se colocar uma batata-doce num recipiente com água e esperar pelo desenvolvimento das raízes e folhagem? Pois foi a partir deste princípio simples que se desenvolveu e aperfeiçoou o sistema de hidrocultura, passando-se a utilizar fertilizantes, argila expandida ou pedregulhos e recipientes especialmente desenvolvidos para este fim.
Este método de cultivo apresenta algumas vantagens: é um sistema de cultivo bastante limpo e simples de ser conduzido; não dá muito trabalho com transplantes, as plantas quando adequadas a este sistema desenvolvem-se bem e livres de problemas com doenças ou insetos provenientes da terra.O ideal, segundo o especialista, é ter uma planta para cada 9,29 m² quando cultivadas em hidrocultura, e duas no mesmo espaço, quando se utilizam vasos de terra.
Ele recomenda que as plantas sejam cultivadas por meio da hidrocultura (hidroponia). O princípio básico da hidrocultura ou hidroponia é muito simples e bem conhecido: quem não conhece o método de se colocar uma batata-doce num recipiente com água e esperar pelo desenvolvimento das raízes e folhagem? Pois foi a partir deste princípio simples que se desenvolveu e aperfeiçoou o sistema de hidrocultura, passando-se a utilizar fertilizantes, argila expandida ou pedregulhos e recipientes especialmente desenvolvidos para este fim.
Este método de cultivo apresenta algumas vantagens: é um sistema de cultivo bastante limpo e simples de ser conduzido; não dá muito trabalho com transplantes, as plantas quando adequadas a este sistema desenvolvem-se bem e livres de problemas com doenças ou insetos provenientes da terra.O ideal, segundo o especialista, é ter uma planta para cada 9,29 m² quando cultivadas em hidrocultura, e duas no mesmo espaço, quando se utilizam vasos de terra.
Plantas que limpam o ar
Espécies como gérbera, babosa, crisântemo e lírio-da-paz possuem, em suas raízes, bactérias que transformam poluentes como monóxido de carbono, formaldeído, benzeno e até fumaça de cigarro em nutrientes para a planta.
Dracena (Dracaena fragans): é eficaz contra formaldeído, xileno e tricloroetileno.
Palmeira areca (Dypsis lutescens): assim como a ráfis, neutraliza a maioria dos agentes poluidores
Samambaia (Nephrolepis): umidifica o ar e neutraliza o formaldeído.
Palmeira areca (Dypsis lutescens): assim como a ráfis, neutraliza a maioria dos agentes poluidores
Samambaia (Nephrolepis): umidifica o ar e neutraliza o formaldeído.
Filodendro (Philodendron scandens): eficaz contra formaldeído, benzeno e monóxido de carbono.
Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata): pode ser usada no quarto porque libera oxigênio à noite
Como as pessoas que mais se ressentem com a poluição interna são as crianças, idosos, doentes ou indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, Wolverton conta que países como o Japão já estão investindo em jardins ecológicos dentro dos hospitais para melhorar a qualidade do ar para pacientes e funcionários. "Por precaução, somente plantas cultivadas por meio da hidrocultura devem ser utilizadas nos hospitais, por causa dos fungos e bactérias indesejáveis nesses ambientes"
Como as pessoas que mais se ressentem com a poluição interna são as crianças, idosos, doentes ou indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, Wolverton conta que países como o Japão já estão investindo em jardins ecológicos dentro dos hospitais para melhorar a qualidade do ar para pacientes e funcionários. "Por precaução, somente plantas cultivadas por meio da hidrocultura devem ser utilizadas nos hospitais, por causa dos fungos e bactérias indesejáveis nesses ambientes"
Um comentário:
Parabéns pela matéria. Gostei muito mesmo. Eu sou totalmente a favor do uso controlado do Amianto crisotila. E ver que outras susbstâncias que estão tão fácil de nosso alcance podem trazer problemas ao ser humano, fica bem mais evidente em sua matéria.
Gostaria de pedir sua autorização para postar esta matéria em meu blog.
abraços
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