quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Fomos feitos para morrer, veja o que seria necessário para modificar isto

Pessoa projetada para ter uma velhice mais saudável
Crédito: Scientific American
Estamos recebendo a todo momento informações sobre progressos espantosos da medicina, notícias sobre aumento da longevidade humana, instruções para mudar a dieta e melhorar a saúde etc., mas, no entanto, constatamos que as pessoas continuam morrendo. Será que algum dia seremos imortais? Por mais que procuremos milagres a resposta é não. O organismo humano, e todos os organismos vivos, são feitos para morrer algum dia. E inúmeros fenômenos acompanham naturalmente o processo de envelhecimento. 
A seleção natural, que modela as características genéticas de uma espécie, permite que indivíduos saudáveis o suficiente para se reproduzir transmitam seus genes para os descendentes. Como a decadência física que acompanha o envelhecimento ocorre após a idade de reprodução, os genes que a determinam também são transmitidos aos herdeiros. 
O número de março de 2001 da revista Scientific American traz um interessante artigo sobre o assunto. Ele revela quais os nossos principais "defeitos de fabricação" e quais as modificações necessárias para evitá-los: 

1)Um dos principais pontos fracos é o esqueleto,Observamos um aumento na estrutura média a cada geração. A desmineralização dos ossos, com perda de massa e aumento do risco de fratura, se inicia por volta dos 30 anos. 

2)As articulações requerem a ação de lubrificantes que perdem a eficiência com o tempo. Após anos de pressão, os discos esponjosos entre as vértebras podem se deslocar ou romper e formar hérnias. A caixa torácica tem poucas costelas e é pouco eficiente na proteção aos órgãos internos. 

3)Para viver mais, deveríamos ser mais baixos, o que situaria o centro de gravidade mais abaixo, prevenindo quedas e fraturas. O torso deveria ser inclinado para frente, aliviando a pressão sobre as vértebras, diminuindo o dano sobre os discos (que deveriam ser mais espessos), mas contribuindo para o afrouxamento dos músculos abdominais. Seríamos barrigudos e sujeitos a dores nas costas. O pescoço deveria ser curvo para equilibrar a inclinação do corpo, e com vértebras maiores. A articulação dos joelhos poderia virar para trás, sem rótula, mas provavelmente seria muito mais penoso ficar em pé por longos períodos de tempo. 

4)Deveríamos ter pelo menos dois pares de costelas a mais para proteção mais efetiva das vísceras e prevenção de hérnias. A musculatura deveria ganhar novos componentes e gordura para melhor sustentar e proteger os ossos. As veias das pernas deveriam ter um número maior de válvulas que impedem o retorno do sangue entre as batidas do coração. Isto dificultaria a formação de varizes. 

5)A cabeça também requereria alterações. A perda de audição seria minimizada por um formato e tamanho mais adequado das orelhas. A conexão do nervo ótico com a retina é fraca e feita dentro do olho. O nervo ótico deveria ser ligado à parte traseira da retina. A traquéia deveria ser prolongada, iniciando numa posição mais alta, acima da garganta, para evitar que a comida entrasse nas vias respiratórias. 

6)Um dos problemas que aflige os homens idosos é o crescimento da próstata. Esta glândula envolve a uretra masculina e causa distúrbios. Ela deveria ficar ao lado da uretra, de modo que seu crescimento não afetasse o sistema urinário. As mulheres idosas são afetadas pelo enfraquecimento da musculatura que sustenta e controla a bexiga. Após gerarem e darem a luz a vários filhos, muitas precisam de cirurgia. Esta musculatura deveria ser mais desenvolvida. 

Para uma vida mais longa e velhice mais e saudável, deveríamos ter características físicas diferentes, mas será que gostaríamos deste aspecto? 

Fonte: http://www.cdcc.usp.br

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