sexta-feira, 11 de novembro de 2022

IBOGAÍNA: alcaloide indólico psicoativo utilizado para o tratamento da dependência de heroína, cocaína, crack, metadona e álcool

 

Fórmula molecular

A ibogaína é uma substância psicoativa natural encontrada em plantas da família Apocynaceae. É um alcaloide indólico psicoativo proveniente da casca da raíz da Iboga. A psicoatividade da casca da raiz da árvore da iboga ( Tabernanthe iboga ), da qual a ibogaína é extraída, foi descoberta pelos pigmeus da África Central, que passaram o conhecimento para a tribo Bwiti do Gabão . Os exploradores franceses, por sua vez, aprenderam com a tribo Bwiti e trouxeram a ibogaína à Europa no final do século XIX, onde foi comercializada na França como estimulante sob o nome comercial de Lambarène. Preparações contendo ibogaína são usadas para fins medicinais e rituais dentro das tradições espirituais africanas dos Bwiti, que afirmam ter aprendido com os pigmeus. O uso como um anti-viciante, foi amplamente promovido pela primeira vez em 1962 por Howard Lotsof , seu uso médico no ocidental antecede isso em pelo menos um século.

Fórmula estrutural

Foi isolada pela primeira vez em 1901, e desde então, tem tido destaque devido à sua habilidade para tratar a dependência de álcool e drogas, sendo que uma única administração, permite anular os sintomas de abstinência e reduzir a necessidade de consumo durante um período após administração. Estudos indicam que doses de 4 a 25 mg são capazes de interromper o comportamento dependente durante 6 a 36 meses. Geralmente, um indivíduo não para de consumir drogas permanentemente devido a uma única dose de Ibogaína, no entanto, esta pode ser administrada no início de um programa de reabilitação tendo resultados positivos. Este composto tem potencial para o tratamento da dependência de heroína, cocaína, crack, metadona e álcool e poderá ajudar no tratamento da dependência do tabaco. Também poderá ter interesse no campo da psicoterapia, como no tratamento de quadros de depressão. As propriedades anti-aditivas da Ibogaína foram reportadas pela primeira vez em 1963, quando um grupo de pessoas viciadas em opioides consumiram ibogaína e verificaram uma diminuição nos sintomas de abstinência.

C20H26N2O
Fórmula Simples

Outras espécies onde é encontrado a ibogaína:

REINO

FAMILIA

ESPÉCIES

Plantae

Apocynaceae

Ervatamia officinalis

Plantae

Apocynaceae

Tabernaemontana bovina

Plantae

Apocynaceae

Tabernaemontana crassa

Plantae

Apocynaceae

Tabernanthe iboga

Plantae

Apocynaceae

Trachelospermum jasminoides

Plantae

Apocynaceae

Voacanga thouarsii

Referências Bibliográficas

Alper KR, Lotsof HS, Frenken GMN, Luciano DJ, Bastiaans J Treatment of Acute Opioid Withdrawal with Ibogaine. The American Journal on Addictions 8(3):234-242 doi:10.1080/105504999305848 (1999)

Arai G, Coppola J, Jeffrey GA, "A estrutura da ibogaína".  Acta Cristalográfica.  13 (7):553-564.  doi :  10.1107/S0365110X60001369  (1960).  

 Litjens RP, Brunt TM How toxic is ibogaine? Clinical toxicology (Philadelphia, Pa) 54(4):297-302 doi:10.3109/15563650.2016.1138226 (2016).

Schenberg EE, de Castro Comis MA, Chaves BR, da Silveira DX Treating drug dependence with the aid of ibogaine: A retrospective study. Journal of Psychopharmacology 28(11):993-1000 doi:10.1177/0269881114552713 (2014)

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