segunda-feira, 6 de julho de 2009

Petrobras quer produzir em 2009 querosene para avião a partir de matérias renováveis


A Petrobras vai produzir até dezembro deste ano, em escala piloto, 50 mil litros de querosene de aviação (QAV) a partir de matérias-primas renováveis. O produto, denominado de BioQAV, está sendo produzido a partir de experiências desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Miguez (Cenpes), em 2008.Os primeiros voos de aeronaves usando o novo combustível - segundo informações da Petrobras a que a que a Agência Brasil teve acesso - serão realizados ainda este ano, em fase experimental.
A estatal está destinando cada vez mais recursos para pesquisa e desenvolvimento de plantas de biocombustíveis, entre as quais as segunda geração, a partir do bagaço e palha de cana-de-açúcar como matéria-prima, além de outros resíduos vegetais.Neste ano estão sendo realizados testes em escala piloto para a produção de etanol a partir do bagaço da cana-de-açúcar.Com base nas informações obtidas nestes testes, a empresa desenvolverá um projeto de uma unidade de produção, inicialmente em escala de demonstração, com conclusão prevista para o final do ano.A preocupação com a produção de combustíveis a partir de fontes renováveis já levou a estatal a criar a Petrobras Biocombustível, subsidiária que vai cuidar da produção de biodiesel e etanol.
O Plano de Negócios 2009-2013, que prevê investimentos de US$ 174,4 bilhões nos próximos cinco anos, destina US$ 2,8 bilhões para o segmento. Do total, US$ 2,4 bilhões vão para a produção de biodiesel e etanol e US$ 400 milhões para infraestrutura – basicamente a instalação de alcooldutos.As informações indicam que do valor destinado à produção, 91% serão investidos no Brasil e 9% no exterior. A estatal trabalha com a meta de chegar a 2013 produzindo 706 milhões de litros de biodiesel e 1,25 bilhão de litros de etanol.


Fonte: Agência Brasil

domingo, 5 de julho de 2009

Cenário da Coleta Seletiva no Brasil


A implantação da Coleta Seletiva no Brasil ainda é incipiente. São poucos os municípios que já a implantaram, como reconhecível nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, mas dados mais recentes mostram que este número vem se ampliando. Para traçar um breve cenário da situação atual da Coleta Seletiva no Brasil, pode-se dizer que:
• 7% dos municípios têm programas de coleta seletiva (CEMPRE, 2008)
Embora o número de municípios seja, ainda, relativamente pequeno, são os maiores que adotam esta prática. De tal forma que estes representam aproximadamente 14% da população. Isto quer dizer que:
• 405 municípios, com 26 milhões de habitantes, praticam a coleta seletiva.
Destes municípios 2% se localizam no Norte do país; 4% no Centro Oeste; 11% no Nordeste; 35% no Sul e 48% no Sudeste. A experiência desses municípios permite afirmar que a composição dos resíduos geralmente denominados secos e que podem ser reciclados é aproximadamente como indicada abaixo.


Entretanto, na maioria dos casos, as soluções adotadas ainda são bastante onerosas.
• O custo médio da coleta seletiva é cinco vezes maior que o da coleta convencional,numa proporção de R$ 376 x R$ 73
Esta relação poderá ser alterada desde que se implante um modelo operacional adequado às nossas condições sociais. O quadro seguinte compara os resultados obtidos em dois modelos diferentes de gestão e operação da coleta seletiva. Como se vê, diferentes formas de operação da coleta seletiva podem trazer também resultados bastante diferenciados com relação aos custos da atividade e, como conseqüência, à extensão da parcela dos resíduos que podem ser objeto desta ação.


Pode-se dizer que as principais dificuldades encontradas pela grande maioria dos municípios são as seguintes:
• informalidade do processo - não há institucionalização
• carência de soluções de engenharia com visão social
• alto custo do processo na fase de coleta

Fonte:CEMPRE; Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades