quinta-feira, 2 de abril de 2009

Curiosidade:Poderia se medir o planeta Terra com uma vara?


O nosso planeta vem sendo degradado ao longo do tempo pela ganância e egoismo dos seres humanos, muito se tem falado sobre este assunto e muitas fotos do nosso planeta já forma expostas na internet, mas será que a mais de 2.000 anos os habitantes deste planeta tinham condições de saber a sua extensão?Compreender o tamanho de seu lar?
Já ouviu falar do matemático e astrônomo grego Eratóstenes? É bem provável que os astrônomos o conheçam mais. Por que eles o têm em alta estima? Eratóstenes nasceu por volta de 276 a.C. e recebeu parte de sua educação em Atenas, Grécia. No entanto, passou um bom tempo de sua vida em Alexandria, Egito, que na época estava sob o domínio grego. Por volta de 200 a.C., Eratóstenes decidiu calcular as dimensões da Terra usando uma simples vara. "Impossível!", talvez você diga. Como ele conseguiu fazer isso? Na cidade de Siena (atual Assuã), Eratóstenes observou que no primeiro dia do verão, ao meio-dia, o Sol ficava a pino. Ele sabia disso porque quando a luz do Sol atingia o fundo dos poços nenhuma sombra era projetada. No entanto, na cidade de Alexandria, localizada a uns 5 mil estádios* ao norte de Siena, era possível observar uma sombra.
A partir disso, Eratóstenes teve uma idéia. Eratóstenes montou um gnômon (relógio solar), que nada mais era do que uma simples vara vertical. Ao meio-dia em Alexandria, quando o Sol estava no seu ponto mais alto, ele mediu o ângulo da sombra que a vara projetava e viu que era de 7,2 graus em relação à vertical. Ora, Eratóstenes acreditava que a Terra era redonda e sabia que um círculo tem 360 graus. Dividiu então 360 pelo ângulo que havia medido, ou seja, 7,2. Qual foi o resultado? Ele constatou que o ângulo que havia obtido era a qüinquagésima parte de um círculo inteiro, e então concluiu que a distância entre Siena e Alexandria, que era de 5 mil estádios, devia ser equivalente a um qüinquagésimo da circunferência da Terra.
Ao multiplicar 50 por 5 mil, Eratóstenes chegou à medida de 250 mil estádios, que seria a circunferência da Terra. Será que esse valor se aproxima dos cálculos modernos? A distância de 250 mil estádios fica entre 40 mil e 46 mil quilômetros, convertendo para unidades atuais. Usando um satélite artificial, os astrônomos calcularam a circunferência polar da Terra e chegaram à medida de 40.008 quilômetros. Assim, é surpreendente como os cálculos de Eratóstenes, realizados há mais de 2 mil anos, chegaram tão perto do valor atual.
Essa exatidão é ainda mais extraordinária quando se leva em conta que ele usou apenas uma vara e cálculos geométricos! Hoje em dia, os astrônomos se baseiam nesse método geométrico para medir distâncias fora do nosso sistema solar. Alguns talvez achem especialmente notável o fato de Eratóstenes saber que a Terra é redonda. Afinal de contas, há apenas algumas centenas de anos, até mesmo alguns sábios no campo da ciência acreditavam que a Terra era plana. Os gregos antigos chegaram à conclusão sobre o formato da Terra com base em suas próprias observações científicas.
Para concluir, o que precisamos para resolvermos os problemas ambientais, são muitas vezes medidas simples que não envolvem tecnologia complexa para solucionarmos, nos espelhamos então nos antigos mestres, que com medidas simples conseguiram até medir a circunferência da Terra.


(*) O estádio era uma unidade de comprimento grega. Embora a medida exata variasse de um lugar para outro, acredita-se que um estádio tivesse entre 160 e 185 metros.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dicas para o ecocidadão


A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo lançou, na semana passada, em cerimônia realizada no Centro de Referência em Educação Ambiental (Crea), em São Paulo, o livro Ecocidadão.Com 110 páginas impressas em papel reciclado e com dezenas de ilustrações, a obra, escrita pelas técnicas da Coordenadoria de Educação Ambiental da secretaria Denise Scabin Pereira e Regina Brito Ferreira, é destinada a professores e pesquisadores das áreas de ecologia e meio ambiente.Em linhas gerais, o livro mostra como o cidadão comum pode se mobilizar para evitar ou amenizar os problemas ambientais como o desperdício de água e energia, geração de lixo, ruídos, aquecimento global e preservação da fauna e flora.Mostra ainda quais materiais podem ou não ser reciclados e também apresenta um glossário com termos técnicos mais utilizados por especialistas em meio ambiente.Com tiragem de 30 mil exemplares, em um primeiro momento a publicação será distribuída para a rede oficial de ensino fundamental e médio do Estado, bibliotecas e outras instituições de ensino e pesquisa interessadas.
O livro oferece ainda uma lista com nomes de especialistas brasileiros que podem ajudar os docentes a tirar dúvidas antes de trabalhar a temática ambiental na sala de aula.O Ecocidadão é o segundo título da série Cadernos de Educação Ambiental, iniciada pela secretaria em novembro de 2008 com a obra As águas subterrâneas do Estado de São Paulo.Ao todo serão lançadas 19 publicações que abordarão temas como agricultura sustentável, biodiversidade, consumo e ecoturismo, a fim de serem trabalhadas em salas de aula e também servirem de suporte a pesquisadores, técnicos e ambientalistas.As instituições de ensino e pesquisa interessadas em adquirir a obra devem encaminhar solicitação para a Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente pelo e-mail cea@ambiente.sp.gov.


Fonte: Agência Fapesp