domingo, 17 de abril de 2011

Cientistas propõem bombardear o espaço para limpar a órbita da Terra


A quantidade de lixo espacial orbitando a Terra, a partir de restos de papel alumínio, pedaços de urina congelada e muito mais, podem danificar satélites e naves espaciais, razão pela quais pesquisadores têm buscado métodos para remover detritos em órbita. Cientistas do Laboratório de Pesquisas da Marinha dos EUA propuseram uma nova maneira de tirar o lixo. Eles querem que uma bomba de 20 toneladas de pó de tungstênio seja explodida na órbita da Terra, esta poeira arrastaria o lixo para uma órbita mais baixa, e com a redução da velocidade ele chegaria até a atmosfera da Terra onde queimaria. Esta tentativa de proteger os 900 satélites ativos é polêmica porque o pó pode danificar os painéis solares em satélites e obstruir as medições astronômicas, mas é uma correção à mão porque não exige uma nova tecnologia.

Os cientistas dizem que a sua "neve de pó de tungstênio” foi inspirada pelo arraste natural exercido pela atmosfera da Terra a partir de cerca de 900 quilômetros. A atmosfera gradualmente desacelera a órbita de lixo nessa faixa, puxando detritos para fora da órbita após uma série de anos. As 20 toneladas de partículas de 30 micrômetros de largura de tungstênio, que é mais denso que o chumbo, exerceria um arraste no lixo como grãos de poeira, diminuindo a órbita do lixo para o nível de 900 km em cerca de uma década. Depois disso, a atmosfera da Terra deve queimar tanto a poeira como o lixo dentro do próximo quarto de século.

Há uma estimativa de que existam cerca de 19 mil pedaços de lixo maiores que 10 cm de largura em órbita na Terra, e uma ordem de grandeza incerta sobre os pedaços que seja inferior a 10 cm de largura. Quanto menor o lixo, mais perigoso para os satélites, porque, ao contrário das peças maiores, eles não são controlados ou catalogados, o que significa que os pesquisadores não sabem de antemão se um satélite e um pequeno pedaço de lixo estão em rota de colisão.

Os cientistas dizem que a poeira não deve prejudicar satélites ou naves porque seus cobertores térmicos e a estrutura da nave espacial são feitos para suportar grãos de poeira. Além disso, eles dizem que os satélites podem posicionar-se acima da camada de pó de tungstênio. A partir de lasers e explosivos, os pesquisadores têm proposto muitas maneiras de limpar a bagunça de nosso espaço. De longe, a idéia mais estranha para limpar o lixo tem sido proposta pela agência espacial japonesa, que quer que uma equipe limpe com uma rede de pesca os pedaços.

Lista de satélites em órbita da Terra

Ainda há incertezas quanto à forma como uma nuvem de tungstênio na atmosfera da Terra iria se comportar, a poeira poderia fundir-se e interferir nas freqüências eletromagnéticas que os astrônomos usam. Mesmo que esta proposta desse certo seria necessário mais de um terço de século (10 anos para trazer o lixo para o nível de 900 km e 25 para queimá-lo para fora da atmosfera) para se ver o pleno efeito.


Fonte: Discover magazine

Um comentário:

Ciro disse...

Sou mais a proposta dos japoneses.