quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Planeta em alerta, as abelha estão em perigo

Um parasita de pouco mais de 1 milímetro de comprimento é o responsável pela pior devastação já ocorrida nas criações de abelhas na Europa, alcançando também o norte da África e o continente americano. Trata-se da Varroa jacobsoni – a desinência, em homenagem ao entomologista holandês que a identificou na Ásia no início do século. A varroa se desenvolve junto com as larvas de abelhas, proliferando rapidamente. Calcula-se que cada abelha pode alojar até quatro parasitas, capazes de sugá-la até a morte. Embora a varroa tenha se originado nas abelhas asiáticas (Apis cerana), estas aprenderam a eliminá-la. 
O principal problema ocorre com as abelhas européias (Apis mellifera), justamente as maiores produtoras de mel. Estima-se que a varroa já atingiu 90 por cento dos enxames em algumas regiões da Europa Ocidental. Como os enxames também são usados para a polinização das plantações, o problema está afetando indiretamente a produção européia de frutas. Os criadores de abelhas no Brasil têm mais sorte. Segundo Constantino Zara Filho, presidente da Apacame, entidade representativa dos apicultores paulistas, “a varroa prolifera mais rapidamente em países de clima frio. No Brasil, consideramos que ela é responsável por apenas 1 por cento dos prejuízos à produção anual de mel”.
A abelha, inseto milenar, está presente em toda a história da humanidade, desde o início dos tempos. Desde as mais remotas civilizações até as mais recentes descobertas, a abelha sempre esteve e está intimamente associada ao ser humano e sua evolução. As abelhas podem ser indicadores biológicos do equilíbrio ambiental, muito útil no esforço da conservação, da biodiversidade e na exploração sustentável do meio ambiente.É urgente que se reconheça as abelhas e outros animais polinizadores como essenciais para a sustentabilidade da produção mundial de alimentos. Segundo pesquisadores, a produção de 2/3 da alimentação humana depende, direta ou indiretamente da polinização por insetos e, de acordo com estimativas feitas em 1998, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), há no mundo uma perda de U$54 bilhões devido a deficiência na polinização das plantas cultivadas.  

Fonte: http://qz.com

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Você sabe o que aconteceria se todos os gatos do mundo desaparecessem?

Talvez você seja uma das pessoas que amam gatos, ou uma das que odeiam ou têm alergia. De qualquer modo, quando você passa por um gato tirando uma soneca na poltrona, ou dando uma típica arranhada na parede, a última coisa que você pensa é que eles são indispensáveis, trabalhadores pesados da casa ou do mundo. Mas, na verdade, os especialistas afirmam que se todos os gatos do mundo subitamente morressem, as coisas ficariam rapidamente “pretas” para nós. Os gatos, tanto de estimação quanto selvagens, podem nos enganar para que pensemos que eles dependem da nossa comida ou lixo para sobreviver, mas, de acordo com Alan Beck, professor de medicina veterinária da Universidade Purdue, eles são predadores com habilidades de caça adaptáveis. “Eles são grandes predadores de pequenos animais, e podem sobreviver solitários quando há escassez de comida, ou viver prosperamente quando há comida abundante”, afirma. 
E é por isso que sentiríamos falta deles. Gatos são vitais para controlar a população de ratos e outros roedores. Beck comenta que na Índia os gatos têm um papel significante na quantidade de grãos perdidos por conta de consumo ou contaminação por ratos. Em outras palavras, pode até ser verdade que os humanos alimentem os gatos, mas sem eles, nós teríamos menos alimento. Mas quão dramaticamente a população de ratazanas iria aumentar se os gatos subitamente desaparecessem? Vários estudos já foram feitos para tentar descobrir esse dado. Um deles, de 1997, descobriu que o gato comum doméstico mata mais de 11 animais (incluindo ratos, pássaros, sapos e outros) no período de seis meses. Isso significa que os nove milhões de gatos do Reino Unido (onde o estudo foi realizado) matavam coletivamente algo próximo dos 200 milhões de espécimes por ano – sem incluir os animais mortos que não eram levados para casa.
Outro estudo, da Nova Zelândia, em 1979, descobriu que, quando os gatos de uma pequena ilha foram quase dizimados, a população de ratos rapidamente quadruplicou. E se a população de roedores se multiplicasse, causaria uma cascata de outros efeitos no ecossistema. Na mesma ilha da Nova Zelândia, por exemplo, os ecologistas observaram que, conforme os ratos aumentaram no lugar dos gatos, o número de ovos de alguns pássaros, que os ratos comiam, diminuiu. Se os 220 milhões, aproximadamente, de gatos domésticos do mundo morressem, a população de alguns pássaros cairia muito, enquanto os predadores de ratos, fora os gatos, iriam aumentar. “Todas as espécies têm um impacto”, afirma Beck. 

Fonte: http://www.livescience.com

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Hemiscyllium halmahera, o tubarão que anda no fundo do mar


Este vídeo mostra uma nova espécie de tubarão-de-bambu (Hemiscyllium halmahera), descoberta este ano, caminhando no fundo do mar de uma ilha na Indonésia: A espécie foi descrita a partir de dois exemplares coletados ao largo da costa da ilha Halmahera, e é muito semelhante à Hemiscyllium galei, encontrada na província indonésia de Papua Ocidental. A diferença está no padrão de manchas: enquanto a H. galei possui sete grandes manchas escuras de cada lado do seu corpo, a H. halmahera apresenta uma cor castanha, com conjuntos de pontos em forma de formas geométricas em todo o corpo. No entanto, a característica mais interessante da espécie recém-descoberta (e que a diferencia dos demais tubarões que não são “bambu”) é o fato de eles usarem suas barbatanas peitorais para “andar” na superfície do fundo do oceano. O animal mede cerca de 80 cm de comprimento e é inofensivo aos humanos. É mais ativo durante a noite, quando vaga pelo oceano em busca de peixes e mariscos para se alimentar. A revelação da existência desta nova espécie de tubarão foi dada pelo ictiologista (especialista em peixes) Gerald Allen, nascido em Los Angeles, mas de cidadania australiana. A descrição da espécie e dos trabalhos de investigação foram publicados na revista científica International Journal of Ichthyology. 

Fonte: http://www.livescience.com/

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que tem a ver, a maior extinção em massa do planeta e o aparecimento dos humanos.

De acordo com uma nova pesquisa, os antigos parentes mais próximos dos mamíferos – os cinodontes terápsidos – não só sobreviveram à maior extinção em massa de todos os tempos, 252 milhões de anos atrás, como também deram início aos primeiros mamíferos conhecidos – e, consequentemente, a nós, seres humanos. Os primeiros mamíferos surgiram no período Triássico, há mais de 225 milhões de anos. Esses primeiros exemplares incluíam pequenos animais similares ao musaranho, como o Morganucodon, que habitava as terras que agora pertencem à Grã Bretanha, o Megazostrodon, da África do Sul, e o Bienotherium, que vivia no que hoje conhecemos como China. 
Eles possuíam dentes semelhantes aos nossos, porém modificados (incisivos, caninos e molares), além de grandes cérebros. Provavelmente tinham também sangue quente e eram coberto por pelos – todas características que os diferenciam de seus ancestrais répteis e que contribuem para o sucesso de hoje dos mamíferos. No entanto, uma nova pesquisa sugere que esse conjunto de características únicas foi surgindo gradualmente durante um longo espaço de tempo. O estudo levanta a hipótese de os primeiros mamíferos surgiram como resultado da extinção em massa do fim do período geológico Permiano, que acabou com 90% dos organismos marinhos e com 70% das espécies terrestres. 
A pesquisa foi conduzida em conjunto pela Universidade de Lincoln, no Reino Unido, o Museu Nacional, em Bloemfontein, na África do Sul, e a Universidade de Bristol, também no Reino Unido, e foi publicada pela revista científica “Proceedings of the Royal Society B”. O autor principal do estudo, Marcello Ruta, palaeobiólogo evolutivo da Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade de Lincoln, Grã Bretanha, diz que as extinções em massa são sempre vistas como um viés totalmente negativo. “No entanto, no caso dos cinodontes terápsidos, que compreendiam um número muito pequeno de espécies antes da extinção, foi algo realmente positivo, uma vez que eles foram capazes de se adaptar e preencher muitos nichos diferentes no período Triássico, de carnívoros a herbívoros”. 
A coautora do estudo, Jennifer Botha-Brink, do Museu Nacional, em Bloemfontein, África do Sul, lembra que, durante o período Triássico, os cinodontes estavam divididos em dois grupos: os cinognatos e os probainognatos.“Os primeiros eram principalmente herbívoros e os segundos se alimentavam principalmente de carne. Os dois grupos pareciam se expandir e desaparecer de forma aleatória – os primeiros eram encontrados em maior quantidade em um dado momento, e em instantes distintos, o outro grupo prevalecia”, conta. “No final, os probainognatos se tornaram mais diversificados e mais variados em questão de adaptações, e deram origem aos primeiros mamíferos cerca de 25 milhões de anos após a extinção em massa”. O professor Michael Benton, da Universidade de Bristol, Grã Bretanha, e também coautor da pesquisa, acrescenta que quando um grupo maior, como o dos cinodontes, se diversifica, é a forma do corpo ou a quantidade de adaptações que se expande primeiro. “A diversidade, ou número de espécies, aumenta depois que todas as morfologias disponíveis para o grupo foram experimentadas”, completa. Os pesquisadores concluíram que a diversidade dos cinodontes aumentou de forma constante durante a recuperação da vida após a extinção em massa. Isto sugere que não há diferença particular na diversidade morfológica entre os primeiros mamíferos e seus predecessores imediatos, os cinodontes. 

Fonte: http://www.sciencedaily.com

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cinco bons motivos para não ingerir água engarrafada

Apesar de ser responsável por grandes debates sobre a quantidade ideal para sua ingestão, os benefícios da água para a saúde são inegáveis. Segundo a nutricionista Amélia Duarte, o líquido está presente em 50% a 75% do peso corporal de um adulto e é um dos principais transportadores de nutrientes do nosso corpo e age também como suporte para o bom funcionamento intestinal.Mas é preciso ficar atento quando os assuntos são as fontes e o armazenamento deste recurso. Há anos, a água engarrafada está na mira de críticos e ambientalistas europeus e norte-americanos. A discussão chegou ao Brasil em 2010, mas não ganhou força, apesar deste produto ser visto por muitos cientistas como um ícone do desperdício, da desigualdade social e também um risco para a saúde. 

1. Ingestão de produtos químicos 
O biólogo Carlos Lehn alerta que, para cada litro de água engarrafada, é estimada a utilização de 200ml de petróleo em sua produção, embalagem, transporte e refrigeração. Além disso, um estudo norte-americano revelou que há presença de fertilizantes, produtos farmacêuticos, desinfetantes, e outras fórmulas químicas presentes no produto agem de forma negativa no corpo humano. 

2. Danos socioambientais 
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 900 milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso à água de boa qualidade, enquanto que uma parcela da população prefere consumir água engarrafada mesmo tendo acesso à água tratada. O consumo excessivo do produto em todo o mundo pode levar à superexploração de aquíferos, o que deixaria um legado de falta de água para gerações futuras. Lehn aponta que a produção e distribuição do volume das águas engarrafadas podem gerar mais de 60 mil toneladas de emissões de gases do efeito estufa, o equivalente ao que 13 mil carros geram em um ano. 

3. Produção de lixo 
Apesar de serem materiais recicláveis, as garrafas utilizadas para o acondicionamento do recurso geralmente não são recicladas, podendo produzir até 1,5 milhões de toneladas desses resíduos por ano. E, para produzir essa quantidade de plástico, são gastos cerca de 47 milhões de litros de óleo. A cidade de Concord, em Massachusetts (EUA), foi a primeira comunidade dos Estados Unidos a abandonar a utilização das garrafas plásticas de uso único, em 2013. O motivo? Elas não estimulam a reutilização. Em 2010, só nos EUA a estimativa era o descarte de 50 bilhões de embalagens plásticas de água por ano. Menos de 10% são recicladas. "Alguns hábitos antigos, como a sacola de pano e a garrafa de vidro podem representar a solução para alguns de nossos maiores problemas, a exemplo do acúmulo de lixo nas grandes cidades", reforçou o biólogo ao site JorNow. 

4. Preço abusivo 
O preço da água engarrafada é quase 100 vezes mais alto do que a disponibilizada pelo sistema público. Além disso, o lucro com a venda do produto, que poderia ser investido na melhoria do abastecimento público de água, permanece privatizado. 

5. Menos atenção aos sistemas públicos 
... E se temos água engarrafada para consumir, para que investir em um bom sistema de abastecimento de água público? O crescimento da indústria de água engarrafada pode incentivar a privatização da comercialização do recurso em todo o mundo - o que não seria um bom sinal para qualquer governo. 

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/cinco-razoes-para-nao-beber-agua-engarrafada

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Duas incríveis espécies novas de peixes-elétricos são encontradas na Amazônia

Duas novas espécies de peixes foram descobertas recentemente na Amazônia. Batizadas de Brachyhypopomus walteri e Brachyhypopomus bennetti, elas chegam a possuir três metros de comprimento e realizam descargas elétricas para defender-se ou capturar presas. Descobertos pelos cientistas Jansen Zuanon, brasileiro do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Cristina Cox, da Universidade de Massachusetts e John Sullivan, do Museu de Vertebrados da Universidade de Cornell, os peixes podem ser vistos em geral sob a vegetação flutuante nas águas da porção central da bacia Amazônica, principalmente ao longo das margens do rio Solimões e de afluentes. 
Publicada no jornal científico Zookeys, a pesquisa que revela a existência dessas espécies afirma que é possível que esses peixes também utilizem as descargas elétricas para auxiliar em sua movimentação noturna e na comunicação com outras espécimes. Porém, os animais não representam riscos em comparação ao "parente" Poraquê (Electrophorus electricus).O Brachyhypopomus walteri possui corpo semi-translúcido e coloração amarela em vida, além de dentes pequenos no pré-maxilar (característica compartilhada com o outro peixe recém-descoberto). 
Já o Brachyhypopomus bennetti possui o órgão elétrico mais visível na lateral, em uma área semitransparente ocupando até 17% da altura do corpo, afirma a pesquisa. Ele também têm como característica a coloração amarela, às vezes em tom mais escuro que a outra espécie. "As maiores diferenças entre as duas espécies, que são muito parecidas, têm a ver com os órgãos elétricos e as descargas criadas por eles", afirmou John Sullivan. 

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O incrível Pyura chilensis, a rocha viva

Parece uma “rocha viva”, mas é apenas uma criatura bizarra e hermafrodita que vive na costa do Chile e do Peru. Esse animal marinho se combina de forma natural com as rochas em que vive. Se você acidentalmente pisar sobre uma pedra dessas, ela vai estourar e expor uma massa vermelho-sangue dos bizarros indivíduos considerados uma iguaria em países da América Central.A criatura é chamada de Pyura chilensis, e é conhecida como “piure” em espanhol. Pertence a uma classe de bichos marinhos nomeados ascídias (que compreende mais de 3.000 espécies).Essa classe é a mais diversa do subfilo Tunicata. O termo vem do fato de que a criatura é coberta de uma camada – ou “túnica” – de celulose animal, chamada tunicina. 

Vida e reprodução 
Dentro da rocha viva, fica uma massa de órgãos rodeados por uma camada de pele e músculo. Esses animais são alimentado por filtro: aspiram a água do mar, removem e se alimentam de algas e microrganismos nessa água, e jogam o líquido filtrado de volta para o mar. A característica mais interessante dessa criatura, no entanto, é a sua habilidade de reprodução. O piure nasce macho e, quando atinge a puberdade, também cresce órgãos femininos, tornando-se um hermafrodita. Na hora do acasalamento, o piure liberta os ovos a partir dos seus órgãos femininos, ao mesmo tempo que liberta o esperma de suas gônadas masculinas na água do mar. Se os óvulos e espermatozoides colidem, eles formam uma “nuvem fértil”, que irá produzir filhotes como os “girinos”. Estes girinos do sexo masculino, então, procuram uma casa – uma rocha nas proximidades – e ficam lá até se tornarem adultos. Porém, o piure só acasala assim quando está sozinho. Se há outros membros da espécie próximos, a criatura prefere cruzar, para aumentar as chances de sucesso. Apesar da sua cor vermelha, o sangue do piure é claro. Além disso, contém um nível elevado de vanádio – um metal cinzento prateado que ocorre naturalmente em mais de 60 diferentes minerais em todo o mundo. Os pesquisadores não tem certeza sobre qual é a função deste elemento nas criaturas, mas, em terra, o vanádio é utilizado para a fabricação de ligas de aço. 

Iguaria 
A concentração de vanádio produzida pelo piure é de cerca de 10 milhões de vezes a quantidade encontrada na água do mar ao seu redor. Por causa de seu alto nível de vanádio, e da toxicidade do elemento, há preocupações sobre comer a criatura. Ainda assim, o animal é uma das principais fontes de alimento para espécies aquáticas, e também é pescado comercialmente e servido em restaurantes chilenos. A rocha viva tem que ser cortada com uma faca afiada ou serrote, para em seguida as criaturas serem puxadas de sua “túnica”.A carne do animal pode ser enlatada ou vendida em tiras, bem como pode ser consumida crua ou cozida. Também é exportada para o Japão e para a Suécia. 

 Fonte: http://www.dailymail.co.uk

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Naegleria fowleri,a misteriosa ameba devoradora de cérebro

A visão microscópica da ameba invasora de cérebros, conhecida como Naegleria fowleri, já é assustadora: revela um conjunto de estruturas de alimentação retorcidas no formato de uma máscara de palhaço macabra. Mais assustador ainda é o que o organismo parasita faz. Habitantes de água doce, a ameba já infectou 128 pessoas desde 1962. Apenas uma sobreviveu. Agora, a garotinha Kali Hardig pode muito bem se tornar a segunda. A menina de doze anos, que vive em Arkansas, nos Estados Unidos, contraiu uma rara forma de meningite parasitária a mais de duas semanas atrás. Enquanto a maioria das vítimas morre dentro de uma semana da exposição, a ameba agora parece estar ausente do fluido espinhal de Hardig. Nos últimos dias, os médicos têm retirado lentamente as máquinas utilizadas para regular a respiração e a temperatura corporal de Hardig, diminuindo a dose de seus sedativos e a tirando da diálise. Até domingo (3), a garota já estava respondendo a perguntas dos membros da sua família.O epidemiologista de Centros de Controle de Doenças, Jonathan Yoder, explica que enquanto as infecções da N. fowleri são muito raras. A ameba – que normalmente faz a sua casa nas águas frescas de locais mais quentes – começou a se desenvolver nas regiões mais setentrionais dos EUA, incluindo os estados do Kansas, Indiana e até Minnesota. 
Algo mais complexo e menos explorado é o desafio que a N. fowleri representa para funcionários de saúde pública que procuram aumentar a consciência da população sobre a sua presença. Em entrevista ano passado, após a morte de duas crianças que contraíram a ameba enquanto nadavam em um lago no estado de Minnesota, Yoder contou que, por um lado, a própria ameba é incrivelmente comum. Uma pesquisa realizada há décadas encontrou amostras da ameba em cerca de metade dos lagos examinados. Entretanto, a taxa de infecção nesses locais eram incrivelmente baixas. E enquanto os métodos de rastreio atuais podem nos dizer se existe ou não N. fowleri em um determinado lugar, os pesquisadores ainda não possuem nenhuma maneira correta de detectar o quanto do parasita realmente está presente lá. 
E esse é o grande desafio para epidemiologistas no momento. “Nós podemos encontrá-los em diversos lugares, onde muitas pessoas nadam, mas não parece haver infecções lá – ou pelo menos nenhuma de que nós estamos cientes”, disse à época. Além disso, a impossibilidade de quantificar a N. fowleri significa que não há maneira de saber se a quantidade do parasita está de alguma forma relacionada à quantidade de pessoas infectadas por elas.E isso cria um desafio interessante, segundo Yoder, do ponto de vista de saúde pública: quando a prevalência de N. fowleri é alta, mas as taxas de infecção são baixas, o que devemos dizer às pessoas quando o encontramos? Aliás, a questão mais oportuna talvez seja: o que diremos às pessoas quando descobrirmos que elas estão se espalhando? 
Leve em consideração, por exemplo, que Kali Hardig é a segunda pessoa em três anos a se infectar pela N. fowleri depois de nadar no lago Willow Springs Park, na cidade de Little Rock, local de veraneio visitado por milhares e milhares de pessoas todos os anos. (Agora o parque se encontra fechado voluntariamente pelos proprietários, logo após a infecção de Hardig. O site do local informa que está atualmente “Sob Renovação”). Então, o que deve ser feito? O conselho de Yoder à população é: esteja ciente de que a ameaça existe – apesar de improvável –, especialmente nos meses de verão, quando as temperaturas da água esquentam e chegam a atingir mais de 30 graus Celsius. Se você entrar na água, Yoder não sugere que mergulhe com sua cabeça. Se você ainda assim quiser colocar a cabeça embaixo d’água, use um clipe nasal. “Qualquer coisa que você faça para reduzir o risco de a água acabar entrando em seu nariz provavelmente reduz o risco de infecção”, declara. 
As infecções causadas por amebas de vida livre – caso da Naegleria – são erráticas, ou seja, não deveriam ocorrer no organismo humano. Por esse motivo, sua evolução no organismo é extremamente rápida e, geralmente, acomete o sistema nervoso central. O tratamento existe, mas, pela rapidez com que se dissemina, não há tempo para cura ou sequer para o diagnóstico. “A maioria dos diagnósticos de Neagleria é feito post mortem”, explica o pesquisador brasileiro Marco Túlio Alves da Silva, do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).No Brasil, especialistas atentam para a falta de dados sobre a ameba e a doença mortal causada por ela. Embora o número de vítimas do Naegleria seja melhor contabilizado nos EUA, a doença causada pela ameba faz vítimas no mundo todo. “O que falta, no Brasil, são dados específicos sobre a Neagleria. Não temos o número de casos no Brasil, regiões mais expostas etc; não temos dados de como a atividade industrial pode aumentar ou diminuir o número de formas de Neagleria“, afirma o cientista. 

 Fonte: http://io9.com

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Os 10 Cogumelos mais estranhos do planeta

10-Cogumelo Juba de Leão ( Hericium ) 
Este cogumelo estranho é conhecido por muitos nomes, incluindo Cogumelo do Leão, cogumelo Pom Pom ou fungo Dente Barbudo. Nativo da América do Norte, pode ser encontrada crescendo em árvores de madeira de lei. Apesar de sua aparência estranha, é realmente comestível. 

09-Indigo milkcap ( Lactarius indigo ) 
Esta beleza roxa pode ser encontrada nas coníferas e florestas estacionais deciduais do leste da América do Norte, Sudeste Asiático e América Central. Quando o cogumelo é cortado ou aberto, o leite, ou látex, que escorre para fora é da cor azul índigo. Embora pareça bastante venenoso, é declaradamente comestível e é vendido em alguns mercados. 

08-Cogumelos Puffball 
Existem algumas variedades de cogumelos puffball, os quais pertencem à divisão Basidiomycota, e todos têm as suas próprias características únicas. Mas o que todos eles têm em comum é que eles não crescem com uma tampa aberta com brânquias portadoras de esporos, mas os esporos são cultivados internamente e o cogumelo desenvolve uma abertura ou se abre para libertar os esporos. Além de sua aparência geral, eles são chamados de puffballs por causa das nuvens de esporos que "explodem" quando eles se abrem ou são atingidas por gotas de chuva. 

07-Latticed Stinkhorn ( Clathrus ruber ) 
Este cogumelo é conhecido como o Latticed stinkhorn , basket stinkhorn, ou gaiola vermelha. Estes cogumelos podem ser encontradas crescendo na serapilheira, no solo do jardim, gramíneas, ou em coberturas. Embora não seja claro se é comestível, aparentemente, o seu cheiro é suficiente para dissuadir qualquer pessoa interessada em comê-lo. 

06- Bleeding Tooth ( Hydnellum peckii ) 
Este cogumelo estranho é encontrado na América do Norte e na Europa, e nos últimos anos também descoberto no Irã e na Coréia. Os espécimes mais jovens sangram um suco vermelho brilhante que tem propriedades anticoagulantes, daí o seu nome comum. Embora eles não parecem ser venenosas, eles têm um gosto extremamente amargo e por isso não são comestíveis. 

 05- Amethyst Deceiver ( Laccaria amethystina ) 
Esta beleza roxa é encontrado em florestas decídua e de coníferas nas zonas temperadas ao redor da América do Norte, Central e América do Sul, Europa e Ásia. Embora vividamente roxo quando espécimes jovens,quando mais velhos perdem a coloração brilhante e são mais difíceis de identificar, é por isso que são chamados de "enganador". Embora tecnicamente comestível, ele não é considerado uma boa opção para comer, especialmente porque nascem em solos poluídos, que podem acumular no cogumelo. 

 04- Veiled Lady Mushroom ( indusiatus Phallus ) 
Este cogumelo delicado e estranho pode ser encontrado em jardins e bosques no sul da Ásia, África, Américas e Austrália. Este cogumelo comestível e bastante saudável é usado na culinária chinesa. Enquanto a saia rendada é o que atrai os nossos olhos, o cogumelo na verdade, usa a tampa para chamar a atenção também. Ele é revestido com um lodo marrom-esverdeada que contém esporos - o lodo atrai moscas e insetos que ajudam a dispersar os esporos. 

03-Mycena chlorophos 
Este cogumelo brilhante é encontrado na Ásia, incluindo o Japão, Polinésia, Java e Sri Lanka, na Austrália e no Brasil. Eles são bioluminescentes, emitindo uma luz verde brilhante quando no escuro. É mais brilhante quando as temperaturas circundantes são cerca de 81 ° F, e brilha por cerca de um dia, depois disso, o brilho embota até que não é detectável a olho nu. 

02-Dog Stinkhorn ( Mutinus caninus ) 
Este fungo em forma de falo é encontrado na Europa, Ásia e leste da América do Norte. Descrita pela primeira vez em 1700, tem seu nome comum em Inglês e Francês, devido a sua forma, que lembra o pênis de um cão. 

 01- Devil’s Cigar ( Chorioactis geaster ) 
Este é um cogumelo muito raro, e é encontrado apenas em alguns locais selecionados no Texas e no Japão. No Texas, cresce nas raízes dos cedros mortos, enquanto no Japão cresce em carvalhos mortos.Os cientistas não sabem por que o fungo misteriosamente só vive no Texas e no Japão, em locais com a mesma latitude, mas separados por 11,000 km (6.800 milhas). 

 Fonte: http://www.care2.com

domingo, 11 de agosto de 2013

Será que Marte vai mesmo ficar do tamanho da Lua?

Anualmente, desde 2003, tem circulado pela internet a notícia de uma suposta grande aproximação do planeta Marte. Segundo a notícia, a grande aproximação aconteceria próximo ao final de agosto, e nessa ocasião Marte ficaria com o mesmo tamanho aparente da Lua. Embora tal notícia estimule a curiosidade do grande público, e talvez leve algumas pessoas a se desligarem momentaneamente dos problemas do dia-a-dia e olharem para o céu – o que é muito bom - tal notícia não tem qualquer respaldo científico. Ao invés de uma grande aproximação, as pessoas vão ter uma grande decepção... Houve uma grande aproximação de Marte em 27 de agosto de 2003, aproximação essa que levou o planeta vermelho a distar “apenas” 55,76 milhões de quilômetros do nosso. 
Foi a maior aproximação dos últimos 60 mil anos, segundo os cálculos dos astrônomos. Mesmo nessa ocasião, Marte esteve muito longe de se comparar, em tamanho aparente, à Lua, que nessa ocasião tinha um diâmetro aparente 72 vezes maior do que o de Marte. O fenômeno de maior aproximação não se repete anualmente, como sugere o boato que circula todo ano, anunciando a aproximação para o final de agosto. As melhores fases de observação de Marte têm um período próprio que depende dos períodos de translação da Terra e também de Marte ao redor do Sol. O período de translação da Terra ao redor do Sol é o que chamamos de ano e dura aproximadamente 365,25 dias. Já o “ano” de Marte tem duração de 686,97 dias terrestres (para facilitar, os períodos de tempo mencionados daqui para frente no texto são sempre terrestres). O período de melhor visibilidade de Marte, época em que ele fica mais próximo da Terra, se repete num intervalo de tempo que é uma combinação desses dois períodos. 
É o chamado período sinódico e no caso de Marte é de cerca de 780 dias, ou seja, dois anos e cinquenta dias. Marte esteve recentemente na mínima distância à Terra para o biênio 2011-2012: foi no dia 03 de março de 2012. Nessa ocasião, a distância Marte-Terra foi de 100 milhões e 800 mil quilômetros, bem mais distante que na época da grande aproximação de 2003. O tamanho aparente de Marte em março de 2012 foi tão menor que o da Lua, que precisaríamos colocar 137 planetas Marte com seu diâmetro aparente na ocasião, um do lado do outro, para preencher o diâmetro aparente da Lua no céu! Como se pode ver, isso não se parece em nada com o tamanho prometido pelo boato. Nas ocasiões de máxima aproximação de Marte, o Observatório Dietrich Schiel do CDCC/USP costuma promover a chamada “Semana arciana” com observações de Marte ao telescópio, palestras e filmes com conteúdo relacionado ao planeta vermelho. A próxima Semana Marciana acontecerá em abril de 2014, pois nessa época ocorrerá a aproximação de Marte, após março de 2012. 
A propaganda de Marte do tamanho da Lua provavelmente se deve a uma mistura de fatores envolvendo disseminação de boatos - prática comum nos meios de comunicação eletrônicos - adicionado ao pouco entendimento do assunto por parte de quem disparou o boato. Estes ingredientes encontram um solo fértil em meio à falta de embasamento científico geral que se verifica, não apenas em nosso país, mas universalmente. É bem possível que essa ideia descabida tenha sido fruto de a má interpretação dos textos de divulgação, que informam que Marte, ao telescópio, e com umas cem vezes de aumento, parecerá, aos olhos do observador e nas épocas de melhor observação, com um aspecto semelhante ao apresentado pela Lua: uma bola com manchas escuras. Mesmo sem ficar do tamanho aparente da Lua, em agosto de 2012, o planeta vermelho poderá ser observado. Infelizmente, na distância em que se encontra, será difícil discernir detalhes na sua superfície, mesmo com um potente telescópio. 
Apesar disso, o planeta se mostra como um ponto relativamente brilhante no céu e está numa direção próxima à do planeta Saturno, formado com este e com a estrela Spica, a mais brilhante da constelação de Virgo (A Virgem), um belo triângulo no céu, visível para os lados do oeste, após o pôr do Sol. Mesmo sem a fantástica aproximação prometida pelo boato, Marte é por si só um objeto fascinante de estudo: um planeta desértico, com metade do tamanho da Terra, com tempestades de areia e um céu amarelo róseo, um dia de pouco mais de 24 horas, temperaturas que chegam em alguns locais a 20°C; evidências de existência de água líquida subterrânea e, quem sabe, hospedeiro de alguma forma elementar de vida. Que tal, então, dedicar algum tempo, no final de agosto ou começo de setembro, ao estudo e à observação desse nosso interessante vizinho cósmico? 


 Fonte: http://www.cdcc.usp.br

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Fomos feitos para morrer, veja o que seria necessário para modificar isto

Pessoa projetada para ter uma velhice mais saudável
Crédito: Scientific American
Estamos recebendo a todo momento informações sobre progressos espantosos da medicina, notícias sobre aumento da longevidade humana, instruções para mudar a dieta e melhorar a saúde etc., mas, no entanto, constatamos que as pessoas continuam morrendo. Será que algum dia seremos imortais? Por mais que procuremos milagres a resposta é não. O organismo humano, e todos os organismos vivos, são feitos para morrer algum dia. E inúmeros fenômenos acompanham naturalmente o processo de envelhecimento. 
A seleção natural, que modela as características genéticas de uma espécie, permite que indivíduos saudáveis o suficiente para se reproduzir transmitam seus genes para os descendentes. Como a decadência física que acompanha o envelhecimento ocorre após a idade de reprodução, os genes que a determinam também são transmitidos aos herdeiros. 
O número de março de 2001 da revista Scientific American traz um interessante artigo sobre o assunto. Ele revela quais os nossos principais "defeitos de fabricação" e quais as modificações necessárias para evitá-los: 

1)Um dos principais pontos fracos é o esqueleto,Observamos um aumento na estrutura média a cada geração. A desmineralização dos ossos, com perda de massa e aumento do risco de fratura, se inicia por volta dos 30 anos. 

2)As articulações requerem a ação de lubrificantes que perdem a eficiência com o tempo. Após anos de pressão, os discos esponjosos entre as vértebras podem se deslocar ou romper e formar hérnias. A caixa torácica tem poucas costelas e é pouco eficiente na proteção aos órgãos internos. 

3)Para viver mais, deveríamos ser mais baixos, o que situaria o centro de gravidade mais abaixo, prevenindo quedas e fraturas. O torso deveria ser inclinado para frente, aliviando a pressão sobre as vértebras, diminuindo o dano sobre os discos (que deveriam ser mais espessos), mas contribuindo para o afrouxamento dos músculos abdominais. Seríamos barrigudos e sujeitos a dores nas costas. O pescoço deveria ser curvo para equilibrar a inclinação do corpo, e com vértebras maiores. A articulação dos joelhos poderia virar para trás, sem rótula, mas provavelmente seria muito mais penoso ficar em pé por longos períodos de tempo. 

4)Deveríamos ter pelo menos dois pares de costelas a mais para proteção mais efetiva das vísceras e prevenção de hérnias. A musculatura deveria ganhar novos componentes e gordura para melhor sustentar e proteger os ossos. As veias das pernas deveriam ter um número maior de válvulas que impedem o retorno do sangue entre as batidas do coração. Isto dificultaria a formação de varizes. 

5)A cabeça também requereria alterações. A perda de audição seria minimizada por um formato e tamanho mais adequado das orelhas. A conexão do nervo ótico com a retina é fraca e feita dentro do olho. O nervo ótico deveria ser ligado à parte traseira da retina. A traquéia deveria ser prolongada, iniciando numa posição mais alta, acima da garganta, para evitar que a comida entrasse nas vias respiratórias. 

6)Um dos problemas que aflige os homens idosos é o crescimento da próstata. Esta glândula envolve a uretra masculina e causa distúrbios. Ela deveria ficar ao lado da uretra, de modo que seu crescimento não afetasse o sistema urinário. As mulheres idosas são afetadas pelo enfraquecimento da musculatura que sustenta e controla a bexiga. Após gerarem e darem a luz a vários filhos, muitas precisam de cirurgia. Esta musculatura deveria ser mais desenvolvida. 

Para uma vida mais longa e velhice mais e saudável, deveríamos ter características físicas diferentes, mas será que gostaríamos deste aspecto? 

Fonte: http://www.cdcc.usp.br

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Megaptera novaeangliae, a baleia cantora

Os cetáceos evoluíram e se diversificaram nos oceanos, um mundo diferente, em vários aspectos, do nosso. Assim como foram necessárias alterações na forma do corpo, tornando-o, por exemplo, mais hidrodinâmico, ocorreram mudanças mentais, que possibilitaram, entre outras coisas, um melhor uso dos sentidos sob a água. Uma forma bastante interessante de tentar entender o pensamento destes animais é estudando seu modo de comunicar-se entre si. É através de gestos, toques e sons que eles escolhem o parceiro sexual, se organizam para pescar, e até estabelecem relações de dominância entre os membros de um grupo. 
Para a baleia-jubarte(Megaptera novaeangliae),a comunicação sonora possui enorme importância. Sendo uma espécie migratória, cujos indivíduos passam boa parte da vida solitários, são muitas as situações onde o som é o único meio através do qual os animais interagem. Pesquisadores que trabalham com populações de jubarte em todo o globo vêm observando que estas baleias emitem sons enquanto realizam as mais variadas atividades: fêmeas conversam com os filhotes, grupos competitivos emitem uma variedade de notas, e os machos cantam. A complexidade, a beleza e a importância do canto para a espécie fizeram com que as jubartes recebessem o título de "baleias cantoras". 
O canto das jubartes possui uma estrutura semelhante em todos os indivíduos de uma mesma população reprodutiva. A cada ano ele sofre alterações, que consistem na perda de um trecho mais antigo e na adição de notas novas à porção remanescente. O aprendizado destas novas notas é comum a todos os indivíduos de uma população reprodutiva. Em outras palavras, animais de uma mesma população reprodutiva cantam igual, e a alteração na estrutura do canto também é comum a todos. Como cada população de jubartes possui características únicas, é possível diferenciá-las, e o canto pode ser entendido como uma impressão digital da população. Indivíduos que trocam de uma zona reprodutiva para outra acabam aprendendo as notas características da nova população, e as incorporam a seu canto, de forma que o local de origem da alteração pode ser detectado. O estudo comparativo do canto das diferentes populações é importante para entendermos um pouco mais a respeito da movimentação desta espécie num âmbito global. 
Outro ponto importante são as possíveis consequências do impacto causado pelo tráfego de embarcações na comunicação sonora destas baleias.Por exemplo, o já estabelecido turismo de passeio a Abrolhos e o crescente desenvolvimento do ecoturismo baleeiro geram um fluxo contínuo de embarcações a motor, cujas rotas cruzam o caminho das baleias na região. Investiga-se a possível interferência na biologia da espécie pelo som produzido por estes motores. É, portanto, muito importante determinar se a presença do ruído produzido pela atividade humana altera ou não a comunicação, e conseqüentemente a estruturação social da população de jubartes. 


Fonte: http://www.cdcc.usp.br

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Encontrado bebê de Mesossauro, o embrião mais antigo da história

Esse é o embrião mais antigo encontrado até hoje. Trata-se de um bebê mesossauro, de um grupo de pequenos répteis aquáticos, que mais se parecem com pequenos crocodilos, do início do período Permiano, o último da Era Paleozóica, há cerca de 270 milhões de anos. Ele foi achado no Uruguai e no Brasil por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa da França. Até o presente momento, cientistas não tinham um registro tão antigo de viviparidade – quando animais têm embriões que se desenvolvem dentro do corpo da mãe, em uma placenta –, que é tão importante para entender a evolução dos vertebrados em nosso planeta. O bebê fóssil foi encontrado bem preservado dentro de sua mãe, sem qualquer casca de ovo conhecida até então. 
A descoberta demonstra que, invés de botar ovos, nos quais os animais se desenvolvem a partir do estágio embrionário, o embrião cresceu dentro do corpo de sua mãe. Contudo, para perplexidade dos paleontólogos, também foi encontrado um ovo isolado de mesossauro. Isso é confuso porque uma vez que os seres são vivíparos, eles não se reproduzem em ovos. Mas, segundo os cientistas responsáveis pela descoberta, os répteis em questão colocavam ovos somente em um estágio avançado de desenvolvimento do feto, para eclodir alguns dias depois. 

 Fonte:http://gizmodo.com

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Terriers perigosos atacam um homem (Vídeo)

O Terrier é tipicamente pequeno, muito ativo e um cão destemido. Eles vêm da Grã-Bretanha e Irlanda. As pessoas usam este tipo de cães para controlar ratos, coelhos e raposas. Neste vídeo você pode ver cachorrinhos atacarem um homem. O cara do vídeo está realmente em perigo, porque estes cachorrinhos não vão parar de morder e eles não têm medo.

 

domingo, 4 de agosto de 2013

Top 10 viagens de Tubarão mais incríveis

1-O Tubarão Anequim nada 8000 Milhas 
No início deste ano, uma fêmea de tubarão anequim chamada "Carol" viajou 8.265 milhas em seis meses, de acordo com o Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia. Tubarões Makos são os mais rápidos do mundo, de acordo com o instituto, nadando cerca de 62 quilômetros por hora. 

2- Tubarões Azuis Rotineiramente atravessam o Atlântico 
Tubarões Azuis migram regularmente através do Oceano Atlântico. Um estudo realizado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco e da Universidade da Flórida, por exemplo, monitoraram um tubarão azul ao largo da costa do Brasil e detectaram que em 87 dias ele estava na África. Infelizmente, os tubarões-azuis são também as espécies de tubarão mais frequentemente capturado no Atlântico Sul, o que demonstra que é necessária uma maior proteção destes tubarões. 

3-Os Tubarões-Baleia nadam centenas de quilômetros ao redor da Austrália 
Os tubarões-baleia viajam em águas de cerca de 124 países, mas especialmente parecem amar a Austrália. De acordo com o Departamento de Sustentabilidade, Meio Ambiente, Água, População e Comunidades da Austrália, os tubarões-baleia nadam pelo menos 15 quilômetros por dia. Eles viajam centenas de quilômetros, com alguns tubarões que vão de Ningaloo Marine Park para Christmas Island, uma distância de mais de 1.200 milhas. 

4-Grande Tubarão Branco 
Grandes Tubarões Brancos, provavelmente, não tem tempo para férias, mas certamente atingem alguns dos pontos turísticos mais populares. Um estudo recente no Jornal de Biologia Marinha, por exemplo, determinou que fêmeas de tubarão branco passam por uma migração de dois anos a partir do México, onde elas se acasalam, em seguida, vão para a Califórnia e o Havaí, antes de terminar na Baixa Califórnia onde dão à luz, indo para a Ilha de Guadalupe depois. 

5-O Tubarão-Frade faz uma odisseia da Irlanda para a África 
Um estudo no início deste ano mostrou que os tubarões-frade são caseiros. Pesquisadores do Grupo de Estudos de tubarão-frade determinaram uma banda de 16 pés de comprimento ao largo da costa da Irlanda, porém, alguns foram avistados a 3.100 milhas da costa. Foi localizado também o tubarão frade nas águas tropicais fora da África, perto do Senegal. 

6-Tubarões Tigres fazem passeios misteriosos pelo Atlântico Oriental 
Tubarões-tigre são outra espécie de tubarão bem-viajados. O diretor do Instituto de Pesquisas Guy Harvey da Nova Southeastern University, e colegas determinaram que alguns dos tubarões nadam em águas ao largo das Bermuda para as Bahamas. Depois de perambular por vários meses quentes, eles, em seguida, vão para o meio do Oceano Atlântico - mas para quê? Os pesquisadores não tem certeza se é por comida, acasalamento ou qualquer outra coisa. 

7-Tubarões touro viajam por grandes rios 
Os Tubarões-touro são predadores formidáveis. Esta é a única espécie de tubarão que podem existir por longos períodos em água doce, de acordo com a Lista Vermelha de espécies ameaçadas da IUCN os tubarões touro, infelizmente, são classificados como "quase ameaçados". Eles foram documentados viajando para cima e para baixo em rios muito longos, como o Rio Amazonas, Ganges, Mississippi, San Juan, Tigre e Zambeze. 

8- Os Tubarões galha-preta migram maciçamente ao longo da costa leste dos E.U.A 
Tubarões galha-preta foram vistos, juntos com algumas outras espécies de tubarão, em grandes viagens na Costa Leste dos EUA. Milhares de tubarões foram vistos na Flórida a partir de janeiro a março. Os tubarões ficam nessas águas mais quentes até abril, quando eles começam a voltar para o norte. 

9- O Tubarão-limão faz Peregrinação ao longo da costa da Florida 
Os tubarões-limão também são vistos na costa da Florida às centenas, viajando longas distâncias ao longo da costa para chegar ao seu destino: Lovers Lane. O local, localizado em águas ao largo de Júpiter, na Flórida, é o lugar onde os tubarões se reúnem para acasalar, de acordo com o biólogo marinho Samuel Gruber, da Universidade de Miami. 

10 – A fêmea de Tubarão Branca chamada 'Nicole' bateu recordes de velocidade e Registros de distância 
As fêmeas de tubarão vivem sempre em movimento, provavelmente devido ao acasalamento e preocupações do parto. A rainha incomparável de velocidade e distância é uma grande fêmea branca com o nome "Nicole." Um estudo publicado na revista Science concluiu que ela nadou 12.400 milhas em nove meses, da África para a Austrália e novamente para a África. Sua jornada de travessia do oceano de ida e volta foi a primeira documentada. 

 Fonte: http://news.discovery.com