Os EUA têm 10% das estradas pavimentadas do planeta. Com 6,4 milhões de quilômetros de estradas, os EUA gastam anualmente US$ 85 bilhões na construção de mais milhares de outros. Cada milha construída (1,6 km) gasta a energia suficiente para manter 200 casas norte-americanas durante um ano, consome matéria prima equivalente ao consumo de mil residências em um ano e gera tanto lixo quanto 1.200 casas por ano.
Agora, a empresa de pesquisa e engenharia CH2M Hill, ligada à Universidade de Washington, lançou o primeiro sistema de avaliação para construção sustentável de estradas, sob os princípios do programa LEED para construções “verdes”. O sistema “Greenroads” avalia o impacto total de uma estrada, incluindo o ambiental e o social, e leva em consideração desde as práticas e os materiais de construção até a poluição sonora e a existência de ciclovias.
Os projetos têm de preencher quesitos básicos referentes à construção, à geração de lixo, à poluição e à duração da obra. Podem ganhar pontos extras pelo uso de recursos reciclados ou locais, pela redução do uso de combustíveis fósseis, pela minimização do uso de água e pela implementação de sistemas inteligentes de gestão de tráfego.
“Estamos tentando ser bastante inclusivos e abranger uma diversidade de projetos de estradas”, diz Steve Muench, professor assistente de engenharia civil e ambiental na Universidade de Washington. “Por exemplo, em um projeto urbano você provavelmente terá de gastar muito tempo e esforço construindo uma superfície que dure décadas com o mínimo de manutenção, ou reduzindo o barulho dos pneus. Em um projeto rural, você terá de focar seu planejamento em recursos para lidar com tempestades e mau tempo, e deve incluir o tráfego de animais silvestres pela pista como prioridade” exemplifica.
O sistema “Greenroads” já tem o apoio de cinco departamentos estaduais de transportes dos EUA e a Universidade está monitorando 15 projetos (estudos de caso) para checar o uso de energia e a pegada de carbono, além dos custos. “Nós achamos que os custos devem ser um pouco maiores do que os de projetos convencionais, mas se levarmos em conta o custo total do ciclo de vida da rodovia, o sistema Greenroads leva vantagem”, explica Muench. “Eu comparo a iniciativa das ‘estradas verdes’ ao que ocorreu com as ‘construções verdes’ (greebuildings). Começou como uma iniciativa voluntária mas evoluiu na última década e agora aproximadamente 300 agências governamentais e educacionais adotaram políticas para certificação de novas construções com o selo LEED. Nesse sentido, não é mais uma iniciativa voluntária, não é mais uma opção: é um pré-requisito. Com o Greenroads, queremos guiar a indústria na direção certa”.
Os construtores de estradas salientam que eles já aderiram a algumas práticas ecologicamente corretas. A Portland Cement Association afirma que reduziu o uso de energia em cerca de 40% nos últimos 40 anos, e que 2 milhões de toneladas de material agregado reciclado são utilizados nas rodovias anualmente. Também garantiu que um mix de asfalto com uso menos intensivo de energia está sendo gradualmente utilizado em escala mais larga. Mas com 95% do material agregado saindo ainda fresco do solo (minas) e com a previsão de 8% de aumento nos gastos com rodovias este ano, os EUA parecem bem distantes de qualquer estrada realmente sustentável.
“Atualmente, produzimos lixo não reciclável, usamos mais do que conseguimos devolver à natureza e estamos alterando os ecossistemas mais do que deveríamos”, admitiu Muench. “Com o Greenroads estamos tentando fazer menos mal ao ambiente”.
Com informações do The Guardian.
Agora, a empresa de pesquisa e engenharia CH2M Hill, ligada à Universidade de Washington, lançou o primeiro sistema de avaliação para construção sustentável de estradas, sob os princípios do programa LEED para construções “verdes”. O sistema “Greenroads” avalia o impacto total de uma estrada, incluindo o ambiental e o social, e leva em consideração desde as práticas e os materiais de construção até a poluição sonora e a existência de ciclovias.
Os projetos têm de preencher quesitos básicos referentes à construção, à geração de lixo, à poluição e à duração da obra. Podem ganhar pontos extras pelo uso de recursos reciclados ou locais, pela redução do uso de combustíveis fósseis, pela minimização do uso de água e pela implementação de sistemas inteligentes de gestão de tráfego.
“Estamos tentando ser bastante inclusivos e abranger uma diversidade de projetos de estradas”, diz Steve Muench, professor assistente de engenharia civil e ambiental na Universidade de Washington. “Por exemplo, em um projeto urbano você provavelmente terá de gastar muito tempo e esforço construindo uma superfície que dure décadas com o mínimo de manutenção, ou reduzindo o barulho dos pneus. Em um projeto rural, você terá de focar seu planejamento em recursos para lidar com tempestades e mau tempo, e deve incluir o tráfego de animais silvestres pela pista como prioridade” exemplifica.
O sistema “Greenroads” já tem o apoio de cinco departamentos estaduais de transportes dos EUA e a Universidade está monitorando 15 projetos (estudos de caso) para checar o uso de energia e a pegada de carbono, além dos custos. “Nós achamos que os custos devem ser um pouco maiores do que os de projetos convencionais, mas se levarmos em conta o custo total do ciclo de vida da rodovia, o sistema Greenroads leva vantagem”, explica Muench. “Eu comparo a iniciativa das ‘estradas verdes’ ao que ocorreu com as ‘construções verdes’ (greebuildings). Começou como uma iniciativa voluntária mas evoluiu na última década e agora aproximadamente 300 agências governamentais e educacionais adotaram políticas para certificação de novas construções com o selo LEED. Nesse sentido, não é mais uma iniciativa voluntária, não é mais uma opção: é um pré-requisito. Com o Greenroads, queremos guiar a indústria na direção certa”.
Os construtores de estradas salientam que eles já aderiram a algumas práticas ecologicamente corretas. A Portland Cement Association afirma que reduziu o uso de energia em cerca de 40% nos últimos 40 anos, e que 2 milhões de toneladas de material agregado reciclado são utilizados nas rodovias anualmente. Também garantiu que um mix de asfalto com uso menos intensivo de energia está sendo gradualmente utilizado em escala mais larga. Mas com 95% do material agregado saindo ainda fresco do solo (minas) e com a previsão de 8% de aumento nos gastos com rodovias este ano, os EUA parecem bem distantes de qualquer estrada realmente sustentável.
“Atualmente, produzimos lixo não reciclável, usamos mais do que conseguimos devolver à natureza e estamos alterando os ecossistemas mais do que deveríamos”, admitiu Muench. “Com o Greenroads estamos tentando fazer menos mal ao ambiente”.
Com informações do The Guardian.
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