As indústrias do Paraná saberão, dentro de um ano, a quantidade de gases causadores de efeito estufa (GEE) lançados na atmosfera durante seus processos. Essa é a meta do setor industrial para contribuir com o inventário estadual de emissões de gases de efeito estufa, organizado pelo Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas, que levantará as emissões de gases de todos os setores.O compromisso foi assumido pelo Conselho Temático de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e empresários de diversos setores nesta terça-feira (28/04), em Curitiba, durante o workshop "Inventário de Emissões de GEE", promovido pelo Conselho.
"Esse é um passo importante que os industriais do Paraná dão para colaborar com o meio ambiente. Temos que continuar produzindo. A indústria não pode parar. Mas temos que produzir de forma sustentável e ambientalmente correta", afirmou Roberto Gava, coordenador do Conselho de Meio Ambiente da Fiep.A Fiep coordenará o inventário no setor industrial. As informações serão repassadas ao Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, do qual o Conselho da Fiep faz parte. "Com o inventário, a empresa irá conhecer melhor seus impactos e com isto melhor desenhar uma estratégia de redução e compensação. Outros ganhos ambientais também podem ocorrer, tais como redução do consumo de matérias-primas e eficientização energética, entre outros", explicou Gava. Os dados paranaenses serão levados ao Fórum Nacional, responsável por criar políticas públicas para diminuir as emissões.
Segundo a coordenadora do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, Manyu Chang, as discussões acerca do inventário estadual começaram em 2007. "Contamos com a colaboração dos responsáveis pelas fontes das emissões para traçar o perfil das emissões no Paraná. Temos que buscar os fatores na fonte certa, uma vez que as políticas do Estado vão se basear nos dados do inventário", afirmou Manyu, lembrando que os GEE são provenientes de quatro fontes: energia, processos industriais, tratamento de resíduos e agropecuária.
O Paraná será o terceiro estado a realizar o inventário estadual. O primeiro foi o Rio de Janeiro, em 2007, seguido de Minas Gerais, em 2008. "Seguimos a metodologia do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), mas com algumas adaptações à realidade brasileira. Tivemos dificuldades, mas os resultados foram satisfatórios. Agora temos, por exemplo, referências setoriais, ou seja, sabemos a quantidade de emissões e quais gases são liberados pelos três grandes grupos de processos industriais: indústria mineral, química e metalúrgica", disse Luiz Gonzaga Rezende, analista de ciência e tecnologia da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), de Minas Gerais. Rezende foi um dos responsáveis pela realização do inventário de gases em Minas Gerais.
Experiências - Durante o workshop, empresas mostraram quais dificuldades em realizar o inventário e os resultados obtidos. Uma delas foi a Petrobras, que desde 2002, elabora um relatório com dados sobre as emissões atmosféricas da empresa. Além dos gases do efeito estufa (dióxido de carbono, metano e óxido nitroso), também são levantadas as emissões de poluentes locais, como monóxido de carbono, óxidos de enxofre, nitrogênio, compostos orgânicos voláteis e material particulado, além dos gases queimados e consumo de combustível.
A empresa, segundo Rodrigo Chaves, coordenador do setor de Emissões Atmosféricas e Mudanças Climáticas da Petrobras, desenvolveu um sistema com módulo de simulação e dados reais, que consolida emissões desde o nível de fonte emissora em cada instalação e permite agregar dados em diversos níveis organizacionais, passando por unidades e áreas de negócio até a companhia como um todo.
"Com as informações, pudemos gerenciar as emissões e atender à legislação, avaliar o desempenho ambiental da empresa e contribuir para a ecoeficiência dos processos, utilizando matérias-primas menos poluentes, além de verificar novas oportunidades no mercado de carbono", disse.De acordo com Patrícia Monteiro, da Votorantin, a produção de cimento é a principal fonte de emissão de gás carbônico. "A média mundial é a emissão de 900kg de CO2 por tonelada de cimento produzido; na Votorantin, a média é de 600kg/ton. Nossa meta é chegar a 400kg por tonelada produzida", disse.
Para alcançar esses índices, a empresa investe em estratégias de redução de poluentes, substituindo parte dos recursos naturais por combustíveis alternativos. "Na região sul, utilizamos cinzas provenientes de termoelétricas, biomassa proveniente da casca do arroz e combustíveis alternativos, como pneus", explicou Patrícia.
"Esse é um passo importante que os industriais do Paraná dão para colaborar com o meio ambiente. Temos que continuar produzindo. A indústria não pode parar. Mas temos que produzir de forma sustentável e ambientalmente correta", afirmou Roberto Gava, coordenador do Conselho de Meio Ambiente da Fiep.A Fiep coordenará o inventário no setor industrial. As informações serão repassadas ao Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, do qual o Conselho da Fiep faz parte. "Com o inventário, a empresa irá conhecer melhor seus impactos e com isto melhor desenhar uma estratégia de redução e compensação. Outros ganhos ambientais também podem ocorrer, tais como redução do consumo de matérias-primas e eficientização energética, entre outros", explicou Gava. Os dados paranaenses serão levados ao Fórum Nacional, responsável por criar políticas públicas para diminuir as emissões.
Segundo a coordenadora do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, Manyu Chang, as discussões acerca do inventário estadual começaram em 2007. "Contamos com a colaboração dos responsáveis pelas fontes das emissões para traçar o perfil das emissões no Paraná. Temos que buscar os fatores na fonte certa, uma vez que as políticas do Estado vão se basear nos dados do inventário", afirmou Manyu, lembrando que os GEE são provenientes de quatro fontes: energia, processos industriais, tratamento de resíduos e agropecuária.
O Paraná será o terceiro estado a realizar o inventário estadual. O primeiro foi o Rio de Janeiro, em 2007, seguido de Minas Gerais, em 2008. "Seguimos a metodologia do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), mas com algumas adaptações à realidade brasileira. Tivemos dificuldades, mas os resultados foram satisfatórios. Agora temos, por exemplo, referências setoriais, ou seja, sabemos a quantidade de emissões e quais gases são liberados pelos três grandes grupos de processos industriais: indústria mineral, química e metalúrgica", disse Luiz Gonzaga Rezende, analista de ciência e tecnologia da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), de Minas Gerais. Rezende foi um dos responsáveis pela realização do inventário de gases em Minas Gerais.
Experiências - Durante o workshop, empresas mostraram quais dificuldades em realizar o inventário e os resultados obtidos. Uma delas foi a Petrobras, que desde 2002, elabora um relatório com dados sobre as emissões atmosféricas da empresa. Além dos gases do efeito estufa (dióxido de carbono, metano e óxido nitroso), também são levantadas as emissões de poluentes locais, como monóxido de carbono, óxidos de enxofre, nitrogênio, compostos orgânicos voláteis e material particulado, além dos gases queimados e consumo de combustível.
A empresa, segundo Rodrigo Chaves, coordenador do setor de Emissões Atmosféricas e Mudanças Climáticas da Petrobras, desenvolveu um sistema com módulo de simulação e dados reais, que consolida emissões desde o nível de fonte emissora em cada instalação e permite agregar dados em diversos níveis organizacionais, passando por unidades e áreas de negócio até a companhia como um todo.
"Com as informações, pudemos gerenciar as emissões e atender à legislação, avaliar o desempenho ambiental da empresa e contribuir para a ecoeficiência dos processos, utilizando matérias-primas menos poluentes, além de verificar novas oportunidades no mercado de carbono", disse.De acordo com Patrícia Monteiro, da Votorantin, a produção de cimento é a principal fonte de emissão de gás carbônico. "A média mundial é a emissão de 900kg de CO2 por tonelada de cimento produzido; na Votorantin, a média é de 600kg/ton. Nossa meta é chegar a 400kg por tonelada produzida", disse.
Para alcançar esses índices, a empresa investe em estratégias de redução de poluentes, substituindo parte dos recursos naturais por combustíveis alternativos. "Na região sul, utilizamos cinzas provenientes de termoelétricas, biomassa proveniente da casca do arroz e combustíveis alternativos, como pneus", explicou Patrícia.
Fonte:http://www.fiepr.org.b
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