quinta-feira, 19 de abril de 2012

Será que os robôs dominarão a raça humana no futuro?

Existe realmente uma série de condições que podem criar uma situação na qual esses seres mecânicos poderiam nos exterminar. Primeiramente, consideremos a visão otimista que as máquinas sempre atuarão como nossas serviçais. Para que isso aconteça, a solução, evidentemente, seria não inventar sistemas que possam ser tão perigosos a ponto de poder ficar fora do controle humano. Algo parecido com a Skynet (aquele sistema de defesa computadorizado de “O Exterminador do Futuro”, que resolve destruir a humanidade), já é possível. Mas aí vem a pergunta: por que ainda não foi criado? A resposta é: porque nações com armas nucleares, como os Estados Unidos, não querem transferir para computadores a responsabilidade de disparar mísseis nucleares. 
Mas, numa escala mais reduzida, um alto grau de autonomia foi dado a algumas máquinas. O número de sistemas robóticos que podem, de fato, “puxar o gatilho” está aumentando a cada dia. Mesmo assim, os humanos ainda controlam os sistemas e têm a palavra final sobre se um ataque de mísseis deve continuar ou não. Michael Dyer, engenheiro de computação da Universidade da Califórnia, não é tão otimista. 
Ele diz que “os seres humanos acabarão sendo substituídos por máquinas” e que isso pode não acontecer de modo pacífico. O progresso incessante da pesquisa de inteligência artificial conduzirá, fatalmente, a máquinas tão inteligentes quanto nós, no próximo século, Dyer prevê que civilizações avançadas chegarão a um ponto de inteligência suficiente para compreender como seu cérebro é feito, e então construirão versões sintéticas de si mesmas. Isso poderia se originar de tentativas de estabelecer nossa imortalidade. Dyer imagina que outra corrida armamentista do sistema robótico poderia resultar numa das partes ficando fora de controle. “No caso de uma guerra, por definição, o lado inimigo não teria controle sobre os robôs que estariam tentando matá-lo”, ele declarou. Como Skynet, os fabricados podem se revoltar contra os fabricantes. 
Uma condição de dependência dos robôs também pode fugir do controle. Imaginemos que uma usina que fabrica robôs, e não segue comandos humanos, recebe uma ordem para desligar a fábrica. Mas os robôs se recusam. Então, um comando é emitido pelos seres humanos para paralisar os caminhões de entrega de materiais necessários para a fábrica, mas os motoristas são robôs, e também se recusam. E assim sucessivamente. Um pouco de inteligência impediria que a humanidade caísse nas armadilhas imaginadas pelos roteiristas de Hollywood. Mas a ambição de lucro das empresas certamente gerará mais automação, e a inteligência quase sempre perde. “Cenários apocalípticos são fáceis de criar e eu não descartaria essa possibilidade”, diz o pesquisador Shlomo Zilberstein. “Mas eu não estou preocupado”, ele completa. E você, caro leitor, está? 

 Fonte: http://www.vocesabia.net

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