As borboletas são decerto os insetos mais conhecidos e admirados. Fazem parte da ordem dos lepidópteros, uma das mais numerosas da classe dos insetos. Atualmente conhecem-se cerca de 150 mil espécies, prevendo-se a existência de um número bastante superior. São insetos bastante cosmopolitas, podendo existir desde o Equador até às regiões polares. No entanto, são as espécies das regiões tropicais as mais exuberantes, quer pelas suas dimensões quer pelos seus tons brilhantes e metalizados.A origem das borboletas é um pouco obscura, uma vez que o arquivo fóssil é incipiente, devido à fragilidade dos seus corpos.
Paradoxalmente, os poucos fósseis conhecidos foram encontrados muito bem perseverados e quase intactos, pois as borboletas ficaram sepultadas em âmbar (resina fóssil) o que permitiu preservar até aos nossos dias exemplares com aproximadamente 140 milhões de anos. É curioso verificar que a coexistência das borboletas com os dinossauros (extintos há cerca de 60 milhões de anos) foi supostamente uma realidade exclusiva de um determinado tipo de borboletas – as noturnas (Heteroceros). Quanto às espécies diurnas (Ropaloceros), parecem ter evoluído das espécies noturnas e teriam aparecido há apenas 40 milhões de anos, não tendo por isso voado por entre os grandes sáurios.
Ao contrário do que acontece com os humanos e com a maioria dos vertebrados, em que os jovens nascem semelhantes aos adultos, as borboletas desenvolvem-se por metamorfose, que se caracteriza por 4 fases: ovo, larva, crisálida e adulto. Trata-se de um processo através do qual um organismo conhecido como lagarta (ou larva), nascida de um ovo, surge como uma criatura completamente diferente do adulto. As larvas apenas existem para se alimentarem, acumulando reservas que permitirão ao adulto concentrar-se quase exclusivamente na reprodução. Para que se dê uma tão estranha transformação do monstro (a larva) na bela (a borboleta) existe, entre ambas as fases, um período de repouso (a crisálida).
Na realidade, tudo começa no ovo. Quando a fêmea procura um lugar para pôr os seus ovos, considera uma série de critérios, como a temperatura, a posição da planta em relação às plantas vizinhas, a presença de ovos de outros insetos e a disponibilidade de alimento. Todas estas preocupações maternas têm um único objetivo: aumentar as probabilidades de sobrevivência da lagarta. A escolha de locais com uma temperatura ótima (que varia de espécie para espécie) acelera o desenvolvimento, evitando uma longa exposição ao ataque dos predadores (não podemos esquecer que os ovos estão fixos, não possuindo defesas).
Embora tenhamos vindo a exaltar essencialmente a beleza das borboletas, a sua importância para o equilíbrio ecológico não pode nem deve ser menosprezada, pois constituem elementos vitais nas teias alimentares, servindo de alimento a um sem-número de organismos, além da sua inestimável contribuição para a polinização.
Fonte: http://www.portaldascuriosidades.com
2 comentários:
Adorei
As borboletas vistas nesse ponto de vista são mto bonitas, mas do ponto de vista agronomico não é bem assim. Essas borboletas que foram postadas a maior parte delas principalmente as que predominam a cor laranjado, as suas lagardas são devoradoras de folhas de culturas importantes, no caso dessas as frutiferas como o maracujá. Corrgindo, elas são invertebrados e não vertebrados. Mas sobre tudo isso gostei do texto, muito bem escrito, e realmente as borboletas são muito bonitas, só tem esse pequeno porém.
Postar um comentário