A produção e o consumo de bens são parte essencial da economia. Contudo, o resultado dessa produção acaba cobrando um alto preço, já que a maior parte do que produzimos chega, mais cedo ou mais tarde, ao descarte, pelo qual todos pagamos. Como medir essa diversidade de resíduos e seus custos se, mesmo sabendo o que consumimos, não temos exata noção sobre o que descartamos? Resíduos sólidos são produzidos incessantemente, em grande quantidade, 24 horas por dia. Na verdade, poucas pessoas têm consciência de que a casca de uma fruta pode vir a ser tanto um adubo orgânico quanto um problema, se depositada na calçada. Ou, ainda, que a caixinha de leite ou a garrafa de refrigerante, que poderiam ser recicladas, correm o risco de se transformar em um problema de proporções imensas, nas ruas, nos córregos ou nos aterros. Pior que isso, existem as lâmpadas fluorescentes, os pneus, as pilhas e baterias de celulares , entre tantos outros produtos descartados todos os dias e que ainda têm destino incerto ou adequado no Brasil.
Não é sem razão que alguns especialistas em desenvolvimento sustentável, como o professor Herman Daly, da Escola de Políticas Públicas da Universidade de Maryland (EUA), vêem na produção incessante de bens de consumo um problema, pois ela está diretamente ligada à capacidade do planeta de absorver os resíduos dessa produção.
Para evitar esse cenário de risco, ele adverte que seria preciso administrar com cautela o uso de recursos para que os rejeitos pudessem ser absorvidos pelo ecossistema, além de promover seu reaproveitamento e reciclagem. Da mesma forma, os recursos renováveis deveriam ser explorados sem exceder a capacidade do meio ambiente de regenerá-los.
De acordo com o geógrafo Luciano Legaspe, responsável pelo setor de pesquisa e projetos em reciclagem da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), é preciso encontrar soluções diferentes para problemas distintos. “Se o volume descartado for pequeno, a solução pode ser local, o que inclui o reaproveitamento de alimentos para ração animal ou até mesmo a compostagem doméstica, mas se o volume for maior, como nos casos de sobras urbanas ou de grandes descartes, a solução terá de ser macro. Existem alternativas baratas de médio e grande porte, ambientalmente corretas e geradoras de empregos”. Desde 2003, ele coordena um projeto na Ceagesp que caminha para acabar com o desperdício e a excessiva geração de resíduos no entreposto, por meio do reaproveitamento e da reciclagem.
Não é sem razão que alguns especialistas em desenvolvimento sustentável, como o professor Herman Daly, da Escola de Políticas Públicas da Universidade de Maryland (EUA), vêem na produção incessante de bens de consumo um problema, pois ela está diretamente ligada à capacidade do planeta de absorver os resíduos dessa produção.
Para evitar esse cenário de risco, ele adverte que seria preciso administrar com cautela o uso de recursos para que os rejeitos pudessem ser absorvidos pelo ecossistema, além de promover seu reaproveitamento e reciclagem. Da mesma forma, os recursos renováveis deveriam ser explorados sem exceder a capacidade do meio ambiente de regenerá-los.
De acordo com o geógrafo Luciano Legaspe, responsável pelo setor de pesquisa e projetos em reciclagem da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), é preciso encontrar soluções diferentes para problemas distintos. “Se o volume descartado for pequeno, a solução pode ser local, o que inclui o reaproveitamento de alimentos para ração animal ou até mesmo a compostagem doméstica, mas se o volume for maior, como nos casos de sobras urbanas ou de grandes descartes, a solução terá de ser macro. Existem alternativas baratas de médio e grande porte, ambientalmente corretas e geradoras de empregos”. Desde 2003, ele coordena um projeto na Ceagesp que caminha para acabar com o desperdício e a excessiva geração de resíduos no entreposto, por meio do reaproveitamento e da reciclagem.
Cultura do Desperdício
O projeto na Ceagesp tem como objetivo aproveitar integralmente os resíduos gerados no entreposto, possibilitando seu retorno ao consumo humano, diretamente, como alimento, ou indiretamente, transformando-os em ração animal e adubo, utilizados na produção de carne e vegetais.
Na Ceagesp, a previsão é de que daqui a dois ou três anos apenas os resíduos que não possam ser recuperados sejam enviados aos aterros. Atualmente, todo o material gerado no entreposto – que chegou a 14 mil toneladas entre 2003 e 2006 – é classificado em três categorias distintas. Após uma avaliação, os itens considerados impróprios para a comercialização, mas em boas condições para o consumo humano, são encaminhados a projetos sociais e distribuídos a entidades sem fins lucrativos, previamente cadastradas. Os demais são transformados em ração animal ou adubo orgânico. Porém, os materiais orgânicos no Brasil não ultrapassam 1% de tudo o que é reciclado. A quantidade é pequena porque o modelo de reciclagem adotado, até por ausência de legislação, é o mesmo dos países desenvolvidos, que têm outro padrão de resíduos.
Na Ceagesp, a previsão é de que daqui a dois ou três anos apenas os resíduos que não possam ser recuperados sejam enviados aos aterros. Atualmente, todo o material gerado no entreposto – que chegou a 14 mil toneladas entre 2003 e 2006 – é classificado em três categorias distintas. Após uma avaliação, os itens considerados impróprios para a comercialização, mas em boas condições para o consumo humano, são encaminhados a projetos sociais e distribuídos a entidades sem fins lucrativos, previamente cadastradas. Os demais são transformados em ração animal ou adubo orgânico. Porém, os materiais orgânicos no Brasil não ultrapassam 1% de tudo o que é reciclado. A quantidade é pequena porque o modelo de reciclagem adotado, até por ausência de legislação, é o mesmo dos países desenvolvidos, que têm outro padrão de resíduos.
Fonte:http://www.apetres.org.br
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