segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Lixo espacial


No dia 11 de janeiro de 2007, a China lançou um míssil com um alvo certo: seu satélite meteorológico Fengyun-1C, em órbita a 865 quilômetros de altitude. O objetivo dos chineses era exibir seu poderio militar, mas o que fez os cientistas coçar a cabeça foram os milhares de pedaços de sucata espacial que a explosão lançou ao redor da Terra – tornando 2007 o ano em que a humanidade mais poluiu sua órbita.O lixo espacial é composto de detritos de naves, satélites desativados, estágios de foguetes e por todas as tranqueiras que surgem quando esses e outros objetos explodem ou colidem entre si. Conforme esse lixo se acumula, crescem os riscos de colisões com satélites e missões enviados ao espaço. Todo ano, missões importantes, como a Estação Espacial Internacional, precisam ser manobradas a partir da Terra para evitar acidentes. Em alguns casos, tudo o que se pode fazer é cruzar os dedos. “Há muitos satélites que estão em órbita há mais de uma década e que não podem ser comandados de terra. Se o choque for previsto, não haverá nada que poderemos fazer”, afirma Petrônio Noronha, chefe do Laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. A situação tende a piorar. Segundo a Nasa, a agência espacial americana, a cada ano, cerca de 200 pedaços de lixo espacial com mais de 10 centímetros de diâmetro (os mais perigosos) entram no espaço. Atualmente, a Rede de Vigilância Espacial dos EUA monitora cerca de 17 mil detritos no espaço, a maioria com esse tamanho. Abaixo de 10 centímetros e com até 1 centímetro de diâmetro, estima-se que existam mais de 300 mil objetos voando sobre nossa cabeça. Menores que 1 centímetro, existem milhões. E, conforme eles colidem uns com os outros, a quantidade de fragmentos fica maior.As agências espaciais ainda não sabem como resolver o problema. Mas os cientistas têm algumas idéias bacanas – só falta colocá-las em prática. Leia mais...


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