Ainda não há uma resposta definitiva para esse que é um dos mais insondáveis mistérios da natureza. Nos debates científicos – por incrível que pareça, há especialistas para discutir esse assunto –, a idéia mais aceita é de que a zebra é um bicho negro com listras brancas. Essa é a teoria que os biólogos americanos Gilbert Scott e Susan Singer sustentam no livro Biologia do Desenvolvimento.
A dupla tem dois argumentos principais:
1. Argumento evolutivo
Havia uma espécie de zebra, que vivia na África e foi extinta no século 19, que só tinha listras na parte da frente do corpo – o resto era todo escuro.
2. Argumento geográfico
Como as zebras são originárias da África, região de calor intenso, o mais lógico é pensar que os ancestrais da zebra fossem mais pretos do que brancos. A cor negra, nesse caso, ajudaria a proteger o bicho dos fortes raios de sol. É a mesma função que a pigmentação exerce no caso dos seres humanos – é só lembrar que foram os homens negros que melhor se adaptaram ao calor de rachar coco no continente. Se a origem das listras é incerta, a função delas é bem conhecida: a seqüência alvinegra é uma excelente arma para camuflar o bicho.
Quando a zebra está correndo para fugir de um leão ou outro predador, as listras deformam a silhueta da zebra e fazem com que ela se confunda com a paisagem, ajudando o animal a escapar do inimigo. Uma última curiosidade é que essa peculiar pelagem funciona como uma impressão digital: não existem duas zebras com o mesmo padrão de cores! Cada animal tem um número de listras diferente, com espessuras diversas e desenho únicos. Uma roupa feita sob medida.
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