Segundo a Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês) , entre o primeiro lançamento, em 1957, e janeiro de 2008, cerca de 6 mil satélites já foram enviados para a órbita terrestre. Destes, apenas 800 estariam ativos e 45% estariam localizados a uma distância de até 32 mil quilômetros da superfície terrestre.Além dos satélites desativados, as fotos de satélites mostram resíduos espaciais como fragmentos de aeronaves espaciais que se quebraram, explodiram ou foram abandonados. De acordo com a ESA, aproximadamente 50% dos objetos que podem ser rastreados são derivados de explosões ou colisões na órbita terrestre.
O lançamento do Sputnik - o primeiro satélite artificial, lançado em 1957 pelos soviéticos, marcou o início da utilização do espaço para a ciência e a atividade comercial.Durante a Guerra Fria, o espaço se tornou o principal terreno de competição entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética - uma disputa que atingiu seu ápice com a corrida para conquistar a Lua, na década de 60.Por ocasião das Olimpíadas de Tóquio, em 1964 foi lançado o primeiro satélite de televisão para a órbita terrestre, com o objetivo de transmitir os Jogos Olímpicos.Mais tarde, os lançamentos russos diminuíram e outros países inauguraram seus programas espaciais.Uma estimativa da ESA indica que o número de objetos na órbita terrestre cresceu de maneira estável desde o primeiro lançamento. Segundo os dados, cerca de 200 novos objetos são lançados todos os anos.Em 2001, os pesquisadores americanos Donald Kessler e Philip Anz-Meador, que estudam o lixo espacial, afirmaram há uma possibilidade de que, em vinte anos, já não seja mais possível realizar operações em órbitas mais próximas da Terra.
Para você ter uma idéia,existe em torno da terra cerca de 330 milhões de objetos maiores do que 1 milímetro. Desse total, 11 mil têm dimensão superior a 10 centímetros. O lixo espacial é composto de partes de foguetes e peças ejetadas, como pedaços de lançamentos abandonados e satélites que chegaram ao fim de sua vida útil. À medida que colidem uns contra os outros, vão se fragmentando e aumentando ainda mais o número de detritos. Esse lixão todo é monitorado pelas agências espaciais americana e russa por meio de radares e telescópios.
O problema é que boa parte da sujeira acaba, um dia, voltando para a superfície terrestre. Entre 1999 e 2003, fomos “bombardeados” por cerca de 840 toneladas de detritos, do mesmo tipo do laboratório Skylab da Nasa, a agência espacial americana, que pesava 77 toneladas e caiu em 1979 no oceano Índico e na porção ocidental da Austrália. A estação espacial russa MIR, de 120 toneladas, também retornou ao planeta, mas sua queda no sul do oceano Pacífico foi controlada.
3 comentários:
É o homem não se contenta em poluir a terra, tem que poluir o espaço também.
Abraços
Eu fico impressionada com a falta de sensibilidade de certos governos, já pensou se todo esse lixo começar a cair aqui na terra? O que será que vão fazer? Deixar a terra mais poluída do que já está? Bom, eu não duvido nada se isso acontecer.
Excelente post, aliás como sempre.
Um abraço.
se caísse seria bom, a atmosfera daria conta...
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