
O etanol usado comercialmente para abastecimento de veículos é extraído do caldo da cana. “A técnica que o país vem desenvolvendo permitirá, por meio do processo de hidrólise, a obtenção do chamado etanol de segunda geração, a partir dos resíduos que sobram da cana após uma primeira extração de etanol”, explica a pesquisadora do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Viridiana Leitão.As pesquisadoras participam, desde o dia 27, do workshop da Rede Bioetanol, evento que se encerrou nesta sexta-feira (29) em Brasília.
Segundo Elba, é possível obter etanol da biomassa por meio de dois processos de hidrólise: o ácido e oa enzimático, que são diferenciados principalmente pelas substâncias utilizadas para a transformação da celulose em glicose.A mais comum – porém menos indicada pelas pesquisadoras por gerar inibidores do processo de fermentação e, também, por corroer os equipamentos – é hidrólise ácida. Com os estudos desenvolvidos pela Rede Bioetanol, há grande expectativa de se desenvolver, em escala industrial, a hidrólise por meio da adição de enzimas.
“Esta é a corrida da hora”, aponta o professor de engenharia da Universidade Federal do ABC Adriano Ensinas, que também participa do workshop.Aspectos sociais do desenvolvimento tornam a tecnologia ainda mais importante, segundo Elba, porque gera empregos para pessoas melhor qualificadas e, também, porque incentiva a qualificação profissional dos trabalhadores que já atuam em toda a cadeira de produção do etanol.Além disso, a capacidade de produção pode aumentar mais, sem necessidade de expansão das áreas de cultivo. “Essa tecnologia pode diminuir a necessidade de área plantada, preservando o ecossistema e os mananciais de água do país”, argumenta Elba.Financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o workshop da Rede Bioetanol envolve 15 instituições, entre laboratórios universitários e centros de pesquisa.
Fonte: Pedro Peduzzi/ Agência Brasil
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