
Outra limitação é que muitos catadores priorizam outros produtos em relação ao vidro como os papéis ou as latas de alumínio. Entre os motivos, claro, está a segurança, afinal, papel não corta as mãos e latas não se estilhaçam. Além disso, o vidro paga pouco nesse mundo da reciclagem em relação a outros produtos. Por um quilo de vidro, o catador recebe R$ 0,21 (dados de 2008), já um quilo de latinhas sai por R$ 3,70. É bem verdade, que um quilo de vidro se faz com três embalagens, enquanto um quilo de lata de alumínio é formada por mais de 70 latinhas, segundo o consultor de recilagem da Abividro, Stefan David. Importante no ciclo, o catador não é o único fornecedor da reciclagem. As chamadas fontes difusas, que englobam as cooperativas, são responsáveis por 40% dos vidros velhos e quebrados que entram na reciclagem. Outros 40% vêm das indústrias de envase; 10%, de estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes ou hotéis e 10 % são refugo da própria indústria de vidros. Todo esse vidro que entra nas indústrias de processamento acaba sendo parte do material que se transformará em vidro. As técnicas mais avançadas conseguem até 95% de reaproveitamento do caco em uma embalagem nova. É o chamado limite técnico, que poucos países conseguem atingir. A Suíça é a mais avançada nesse setor. No Brasil, a mistura de caco varia de 45% a 55%.
Fonte:Abividro
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