quinta-feira, 19 de maio de 2011

Desvendado o mistério da lua

A lua é a luz mais brilhante no céu noturno. Enviamos missões espaciais para lá, as pessoas têm escrito inúmeras canções e poemas sobre o assunto e agora, os astrofísicos estão proporcionando uma nova visão sobre como a lua foi criada e o que a torna especial para a Terra. "A lua é certamente a coisa mais dramática no céu, por isso estou certo que os povos tiveram muitas idéias sobre de onde ela veio, e como nasceu," afirmou o Dr.George Rieke, um astrofísico da Universidade do Arizona.

O Dr. Rieke disse que a nossa Lua é única - formada por uma enorme colisão no espaço. "Havia um outro planeta do tamanho de Marte, que estava em uma órbita de colisão com a Terra e em um determinado momento a Terra e este outro planeta se chocaram", disse ele. Isto aconteceu há 30 ou 50 milhões de anos após a formação do sol. "Foi uma enorme colisão que lançou poeira e detritos para o espaço, alguns materiais, no entanto, de alguma forma foram remontados e orbitaram ao redor da Terra e, eventualmente, formaram a lua," explicou o Dr. Rieke .

Agora, um detector de infravermelho, instalado no telescópio Spitzer da NASA está dando aos astrofísicos da Universidade do Arizona uma quantidade enorme de novas informações a partir do espaço. Os pesquisadores procuram por evidências de detritos de poeira em torno das estrelas de 430 milhões de anos. Surpreendentemente, apenas uma estrela foi cercada por poeira, revelando que nenhuma outra lua foi formada como a nossa. "Não aconteceu nada parecido em torno de qualquer um dos outros planetas do nosso sistema solar," disse o Dr. Rieke .Os cientistas acreditam que nossa lua definiu o cenário para a vida na Terra como a conhecemos. Mas poderia ter sido muito diferente. "Poderíamos não existir, se o outro planeta fosse um pouco maior ele teria destruído a Terra", afirmou o Dr. Rieke.

Agora você não pode olhar para a lua do mesmo jeito novamente. "Nós devemos ser muito mais agradecidos quando saímos à noite e encontrarmos no nosso caminho de volta a luz da lua cheia”, concluiu o Dr. Rieke. Os astrofísicos acreditam que luas como a da Terra são criadas em apenas cinco a dez por cento dos sistemas planetários em nosso universo.

Sobre o Telescópio Spitzer:

O Telescópio Espacial Spitzer foi lançado no dia 25 de agosto de 2003. O Spitzer detecta a energia infravermelha irradiada por objetos no espaço. A maior parte dessa radiação infravermelha é bloqueada pela atmosfera da Terra e não podem ser observados a partir do solo. O Spitzer nos permite perscrutar regiões do espaço que estão escondidas de telescópios ópticos. Muitas áreas do espaço estão cheias de densas nuvens de gás e poeira que bloqueiam a nossa visão. A luz infravermelha, porém, pode penetrar nestas nuvens, permitindo-nos perscrutar regiões de formação estelar, os centros de galáxias, e em recém-formados sistemas planetários. A luz Infravermelha também traz informações sobre os objetos mais frios do espaço, como pequenas estrelas que estão muito fracas para ser detectada por sua luz visível, os planetas extra-solares, e nuvens moleculares gigantes.


Fonte: American Astronomical Society e American Geophysical Union

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