De acordo com Paulo Fonseca, este estudo é fundamental uma vez que “os peixes emitem sons, mas é importante tentar perceber o que é que outros peixes podem ouvir dos sons que são emitidos”, ou seja “se as frequências que são geradas naqueles sinais são ouvidas por um outro animal da mesma espécie”.
Segundo explicaram os inventores do FishTalk, 21% dos estudos em animais são feitos em peixes, mas quando se fala em reprodução de som, só existem 0,3%. A razão disso decorre do fato dos sistemas atuais não responderem a este tipo de função. “Não existe nada no mercado que permita fazer isto, assim como há muito poucos trabalhos publicados com este tipo de metodologia na água, e nós conseguimos resolver esse problema”, afirmou o físico Jorge Alves, professor da Universidade de Lisboa.
Agora, “é preciso fazer estudos que permitam chegar à conclusão de que este sinal acústico é o que determinada espécie usa para fazer diversas coisas”. Ou seja, “é preciso fazer o dicionário do "peixês" espécie a espécie. Uma vez validado cientificamente esse dicionário, pode-se pensar em promover comportamentos”.
Este projeto "FishTalk" obteve o primeiro lugar no I2P® Portugal Competition, evento que decorreu nos dias 25 e 26 de Fevereiro no Hotel Porto Palácio, no Porto. O I2P® Competition é um concurso de planos de comercialização de tecnologias, organizado pelo programa Act da COTEC em parceria com o GAPI 2.0, onde se pretende que cada equipe crie uma idéia e produto a partir de uma tecnologia, fazendo a ponte entre a ciência e o mercado.
Fonte: http://cba.fc.ul.pt
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