Não existe fórmula mágica para evitar os alagamentos, mas algumas mudanças na estrutura dos grandes centros urbanos podem minimizar o efeito do excesso de água.O desafio principal é encontrar alternativas para evitar a impermeabilização do solo e o assoreamento dos rios (acúmulo de detritos que causa a redução da profundidade e da vazão). Afinal, reduzir o volume de chuvas não é possível, nem desejável.
Em São Paulo, por exemplo, o volume médio de chuvas em dezembro e janeiro - os meses mais molhados do ano - é de cerca de 200 milímetros ou o equivalente a 200 litros de água em 1 metro quadrado por mês. Mas, às vezes, o volume mensal desaba de uma só vez, em um único dia de chuva intensa. Em certos dias de enchente, chegaram a cair 83,8 milímetros em uma hora na Terra da Garoa! Como as vias de escoamento da cidade não dão conta de drenar tanta água e os rios estão cada vez mais estreitos e rasos, o resultado são ruas alagadas, trânsito e todo o caos que você já deve conhecer.
Ações a serem realizadas:
-Não precisa nem falar que jogar lixo nos rios polui a água e acaba com qualquer tipo de vida que exista por ali. Mas o mau costume causa ainda o assoreamento dos rios, ou seja, o lixo se acumula nas bordas e no fundo dos rios, deixando-os mais rasos e estreitos. Assim, transbordam facilmente.
-Usar avenidas vizinhas a rios como vias de grande circulação é uma péssima idéia. Quando chove muito e o nível do rio sobe, essas áreas são as primeiras a sofrer e comprometem o trânsito da cidade inteira.
-Usar avenidas vizinhas a rios como vias de grande circulação é uma péssima idéia. Quando chove muito e o nível do rio sobe, essas áreas são as primeiras a sofrer e comprometem o trânsito da cidade inteira.
-Áreas cobertas com asfalto e cimento ficam totalmente impermeáveis. Além de impossibilitar a absorção da água da chuva, o solo impermeabilizado faz a água correr mais rápido e tomar conta da cidade rapidamenteO uso de pavimentos mais permeáveis à água é uma alternativa ao asfalto. Blocos intertravados - como os usados em calçadões e em ruas de cidades menores - assentados sobre areia permitem que a água penetre no solo e escoe sob o piso das ruas e avenidas
-Nas margens dos rios, o ideal seria ter faixas cobertas por vegetação. Em casos de transbordamento, a água seria absorvida pelo solo livre de calçamento. As vias de tráfego intenso ficariam o mais longe possível das áreas facilmente alagáveis.
-Nas margens dos rios, o ideal seria ter faixas cobertas por vegetação. Em casos de transbordamento, a água seria absorvida pelo solo livre de calçamento. As vias de tráfego intenso ficariam o mais longe possível das áreas facilmente alagáveis.
-Quanto mais espaço coberto por vegetação, melhor. Solo não pavimentado absorve até 90% da água da chuva. As cidades deveriam ter 12 m² de área verde por habitante - São Paulo tem uma média de apenas 4m².
-Algumas cidades já têm piscinões para receber a água das chuvas, mas outra solução possível é a construção de minipiscinões em casas e edifícios. Além de evitar inundações, os reservatórios permitiriam usar a água da chuva em serviços domésticos.
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