Que tal transformar o topo dos milhares de edifícios espalhados pelo Brasil em grandes canteiros de hortaliças? Essa é uma das metas do técnico agrícola e estudante de agronomia, Marcos Victorino, criador do projeto Plantando na Cidade. Com esse projeto, ele pretende provocar mudanças nos hábitos alimentares e trazer à tona a discussão sobre a qualidade dos alimentos que consumimos. Para aqueles que temem que a poluição de uma cidade como São Paulo possa afetar a qualidade do que é produzido nessas hortas, Victorino afirma que por ter um ciclo curto de produção, as plantas não ficam expostas por muito tempo. “O rabanete, por exemplo, pode ser consumido 25 dias depois do plantio”, diz. Para ele, a agricultura convencional sofre muito mais com o efeito dos defensivos pulverizados diretamente nas plantações.
Fonte: www.jornalentreposto.com.br
“O alimento produzido nessas hortas urbanas é 90% melhor do que aquele que eu compro na feira”, opina. Além dos benefícios saudáveis para o consumidor final, o agrônomo também cita que o mercado de produção tem muito a ganhar com a técnica. “Em média 35% da produção se perde no transporte do campo para a cidade. Criando as hortas aqui, o preço dos alimentos vai diminuir. Vamos formar consumidores nos centros urbanos”. O processo é simples e o único pré-requisito é que o local garanta pelo menos quatro horas de exposição à luz solar.
O plantio sobre telhas garante a impermeabilização e a adaptação da horta a qualquer espaço ou altura, de maneira a facilitar o manuseio da terra por qualquer pessoa. O custo para instalação de um canteiro é baixo - uma telha de cerca de três metros custa em média R$ 150,00 e já existem conversas com a indústria para a produção de telhas adaptadas para o plantio. “É preciso quebrar o paradigma de que não é possível plantarem ambiente urbano”, diz Victorino.
Futuro
Victorino lembra que com o loteamento de terrenos para a construção de condomínios, muitas áreas rurais tornaram-se urbanas e por isso é necessário voltar as atenções para a agricultura urbana. “Temos a consciência de que o Brasil ainda tem área agrícola de sobra, mas hoje a produção está voltada muito mais para a geração de energia do que de alimentos e isso é um problema mundial”, ressalta. Hoje, o maior problema, segundo ele, é a falta de profissionais preparados para trabalhar com agricultura urbana. “A pesquisa agronômica sempre foi voltada para a produção agrícola”, diz ele que pretende, pretende tornar as praças de São Paulo em grandes jardins comestíveis, como já acontece em algumas cidades da Europa. “Isso depende apenas da visão do administrador público”, acredita.
A Faculdade Cantareira, mantenedora do projeto, agregou a idéia em seu curso de Agronomia e os professores de todas as disciplinas já estão integrando a agricultura urbana em suas aulas. No futuro, uma parceria entre a faculdade e o Ministério da Agricultura deve resultar no projeto São Paulo – Verde nas Alturas, que pretende instalar hortas no topo de todos os prédios da cidade. Em tempos de aquecimento global, as hortas suspensas podem ser uma grande aliada do clima das grandes cidades, já que elas podem diminuir o aquecimento das casas em dias muito quentes.
Fonte: www.jornalentreposto.com.br
parabens.
ResponderExcluirgostaria de informação sobre tipo e dimensões das telhas, profundidade, se ha necessidade de impermeabilização e tempo de vida das telhas.
Jose Ribeiro- SP
Olá tudo bem? Você pode me mandar o email deste estudante? Pretendo pesquisar hortas de paredes, preciso de ajuda, provavelmente vai ser meu tema de monografia. Obrigada
ResponderExcluirolá, gostaria de saber se o projeto "São Paulo – Verde nas Alturas" já está em processo de implantação ou qual a perspectiva. Trabalho com AU em BH e com extensão através da UFMG, por isso meu interesse. tal como a Larissa quero o contato dos estudadentes de agronomia. Desde já agradeço
ResponderExcluir