quinta-feira, 26 de março de 2020

Vírus de mais de 30 mil anos foi descoberto na Sibéria


Virus são criaturas interessantes, não são consideradas seres vivos, pois não possuem organelas existentes em células vegetais e e animais que o definiriam com tal e estão no planeta provavelmente a milhões de anos. Há algum tempo atrás um vírus que estava adormecido por 30 mil anos teria ''ganhado vida'' novamente, segundo cientistas da Universidade de Aix-Marseille, na França. Ele foi encontrado na Sibéria, em uma camada profunda de permafrost, o solo encontrado na região do Ártico formado por terra, gelo e rochas permanentemente congelados. Após ter sido descongelado, o vírus voltou a se tornar contagioso.Os cientistas afirmam que não há risco de o contágio representar algum perigo para humanos ou animais, mas alertaram para o possível risco para humanos de outros vírus infecciosos que podem ser liberados com o eventual descongelamento do permafrost. O estudo foi divulgado na publicação especializada Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
 
O antigo vírus foi descoberto enterrado a trinta metros do solo congelado. Chamado Pithovirus sibericum, ele pertence a uma categoria de vírus descoberta há dez anos. Eles são tão grandes que, diferentemente de outros vírus, podem ser vistos ao microscópio. E este, que mede 1,5 micrômetros de comprimento, é o maior já encontrado.
 A última vez que ele infectou um organismo foi há mais de 30 mil anos, mas no laboratório ele foi "reativado". Os testes mostraram que o vírus ataca amebas, que são organismos monocelulares, mas não infecta humanos ou animais. ''Ele entra na célula, se multiplica e, por fim, mata a célula. Ele é capaz de matar a ameba, mas não infecta uma célula humana'', afirmou Chantal Abergel, co-autora do estudo e também integrante do CNRS. Mas os pesquisadores acreditam que outros agentes patogênicos mortais possam ter ficado presos no permafrost da Sibéria.''Estamos estudando isso por meio de sequenciamento do DNA que está presente nessas camadas. Essa é a melhor maneira de descobrir o que existe de perigoso nessas camadas'', afirmou Abergel.
Os pesquisadores dizem que essa região está ameaçada. Desde a década de 70, o permafrost vem perdendo sua espessura e projeções de mudanças climáticas sugerem que ele irá recuar ainda mais.Como ele vem se tornando mais acessível, o permafrost já está sendo, inclusive, visado como fonte de recursos, devido aos ricos recursos naturais que possui. Mas o professor Claverie adverte que expor camadas profundads poderá criar novas ameaças de vírus. ''É uma receita para o desastre'', afirmou. Segundo ele, a mineração e a perfuração farão com que as antigas camadas sejam penetradas ''e é daí que vem o perigo''. ''Se for verdade que esses vírus sobrevivem da mesma maneira que vírus da ameba sobrevivem, então a varíola pode não ter sido erradicada do planeta, apenas de sua superfície'', afirmou Claverie. Mas ainda não está claro se todos os vírus podem se tornar ativos novamente, após terem permanecido congelados por milhares ou mesmo milhões de anos.


sábado, 22 de fevereiro de 2020

Vírus, o eterno flagelo da humanidade

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Os vírus são agentes submicroscópicos, parasitas intracelulares rigorosos, capazes de parasitar o ser humano, os animais, plantas e até bactérias e fungos. Seus efeitos no ser humano se conhece desde os tempos mais antigos, principalmente porque são agentes transmissíveis que causaram grandes epidemias e pandemias Assim, o primeiro aspecto que realça a importância dos vírus na medicina humana é sua patogenicidade, isto é, sua capacidade de produzir doenças. 
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Na história, existem registros de sequelas da poliomielite em Ilustrações egípcias que datam de 3000 a.C. No entanto, neste período não havia um conceito sobre os vírus, como agia e como se reproduzia, a ideia que se tinha por exemplo, é de que a variolização da Ásia para o Ocidente, ocorreu em decorrência do contato com as pústulas das vacas que eram imunes a varíola, este "flagelo" que causou grande mortalidade e deixou muitas sequelas na pele dos sobreviventes . 
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Louis Pasteur
Mais tarde, em 1885, Pasteur inoculou o vírus da raiva em coelhos e desenvolveu a vacina contra essa doença. A propagação da febre amarela no século XVII da África para o América, foi um desafio para a pesquisa que culminou em 1927 com o primeiro isolamento do vírus da febre amarelo, em 1935, uma vacina contra ele foi obtida. Em 1937 criou-se a primeira vacina contra o vrírus influenza e na década de 60 vacinas foram obtidas contra poliomielite, sarampo, rubéola e caxumba usando vírus atenuados. 
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Corona vírus
Nos anos 80, foram produzidas as primeiras vacinas geneticamente modificadas (hepatite B). Não obstante o notável progresso científico, os vírus continuam a desafiar a mundo, que todos os dias descobre vírus novos e antigos, como a da pandemia de gripe A H1 N1, em 2009, e agora o coronavirus.

Fonte: Virologia clinica : Luís Fidel Avendaño, Ferrrés e Spencer.