sábado, 5 de novembro de 2016

A luminosa lagarta Phrixothrix hirtus

A bioluminescência não é algo exatamente raro na natureza e vai muito além dos vaga-lumes. Nas profundezas dos oceanos são vários os animais, de micro-organismos a peixes grandes, que emitem luzes de todas as cores, inclusive a vermelha, embora a preferência seja pelo azul. Já nos ambientes terrestres, a bioluminescência tende para o verde.
A lanterna vermelha da cabeça das lagartas do gênero Phrixothrix é uma joia única. Embora difíceis de achar rastejando de noite no mato, essas lagartas são conhecidas há bastante tempo. Em 1587, o viajante português Gabriel Souza descreveu o bicho que os índios chamavam de buijejas como lagartas coroadas de rubis. Mas só nos últimos anos elas começaram a ser estudadas, tanto que há poucas imagens disponíveis do animal.
As lanternas das Phrixothrix e dos besouros luminosos funcionam de maneira parecida. Elas são resultado de uma reação química entre substâncias conhecidas como luciferinas e oxigênio, que é catalisada pela enzima luciferase. O resultado é a produção de uma molécula conhecida como oxiluciferina, que nasce com seus elétrons com energia em excesso. Essa energia é quase toda liberada na forma de partículas de luz, cuja cor depende principalmente da estrutura molecular das luciferases, que varia entre as espécies.
As lagartas trenzinho vivem na Ásia e nas Américas. A característica em comum entre elas são os 11 pares de lanternas ao longo do corpo, cuja cor varia de uma espécie para outra entre o verde e o amarelo. Como todas as outras espécies de besouros, os machos das lagartas trenzinho se transformam em insetos alados, prontos para o acasalamento. As fêmeas, entretanto, permanecem na forma de lagartas até o fim da vida. Acredita-se que as lanternas laterais das lagartas fêmeas sexualmente maduras ajudem a atrair os machos alados. Mas sua principal função parece ser assustar possíveis predadores. Os pesquisadores especulam sobre qual é a função da lanterna vermelha na cabeça das Phrixothrix. Como os olhos das lagartas são mais sensíveis ao vermelho, e suas presas (cupins, tatus-bola e piolhosde-cobra) não enxergam direito essa cor, alguns biólogos sugerem que a lanterna seja uma espécie de farol que ilumina o caminho da lagarta e a ajuda a caçar.


15 comentários:

  1. Respostas
    1. Caraca que sorte a sua, não vejo uma dessas a anos a ultima vez que vi uma eu tinha 10 anos, hoje estou com 45.

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  2. Encotrei já três na minha casa em três dias seguintes fiquei cm muito medo se se venenosa.

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  3. Essa larva chama-se,
    Phrixothrix hirtus,
    Como se chama em português?

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  4. Achei pensando q era venenosa a q na Sala muito bonita

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  5. Tenho 36 anos e a última vez que eu vi eu tinha uns 12 anos de idade!

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  6. Não sei porque me lembrei de ter visto essa lagarta no interior de Minas gerais caminhando no mato, isso quando tinha uns 16 anos, hoje estou com 63 e nuca mais vi, e muinto rara

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  7. Está lagarta está aparecendo sempre aqui na minha casa. Estou apavorada. Tenho fobia.O que faço?

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