O dromedário (Camelus dromedarius) ou camelo árabe distingue-se do camelo bactriano, nativo da Ásia Central, pela presença de apenas uma bossa, contra duas do último. A bossa do dromedário não é composta de água (ao contrário da lenda popular), mas sim de gordura acumulada pelo animal em períodos de alimentação abundante, gordura esta que lhe permite sobreviver em condições de escassez.
O dromedário,é um dos maiores mamíferos terrestres cuja altura, medida no alto de sua giba, pode atingir 3m. Nos dromedários bem nutridos a giba revela-se piramidal, ao passo que nos animais magros ela é quase inexistente. Seu peso varia entre uma máximo de 21 Kg e um mínimo de 2 a 3 Kg. Acredita-se que o dromedário seja originário da Arábia e que o homem provavelmente o teria introduzido na África do Norte. Os monumentos do antigo Egito não mencionam e os autores gregos e latinos também não o consideram como animal típico daquela região. De qualquer modo, é certo que sua domesticação remonta aos tempos pré-históricos.
A coloração da pelagem, muito variável, apresenta em geral uma tonalidade arenosa, mas há dromedários cinzentos, brunos e negros, de pés claros. Os árabes acham que os negros são de qualidade inferior aos de pelagem clara. Com efeito, é possível que os animais escuros suportem menos o sol. O dromedário só existe em estado doméstico e acha-se muito difundido na África do Norte, no Oeste da Ásia e na Índia. Ocorre igualmente nas ilhas Canárias, tendo sido também levado para a Austrália, América do Norte, Itália e sul da Espanha.
A cabeça do dromedário é relativamente curta, com um focinho alongado e proeminente. Os olhos são grandes e dotados de pupila oval, fendida horizontalmente. As orelhas mostram-se pequenas e móveis. O lábio superior fendido e pendente, excede o lábio inferior. Na parte posterior do crânio encontram-se glândulas, particularmente desenvolvidas no macho, as quais segregam um líquido negro e fétido que se torna mais abundante na época de reprodução. O pescoço é longo e curto e pançudo. A curva do dorso, que se eleva desde o pescoço até o alto da giba, cai daí para a parte traseira do animal. Sob a pele, logo adiante da giba, há um sulco profundo que constitui um vestígio do que outrora separava as duas gibas dos antepassados longíquos do dromedário.
Numa corrida entre um cavalo e um dromedário o cavalo leva a princípio vantagem, mas não tardará a perder terreno por não resistir à constância de velocidade do dromedário que, em caso de necessidade, pode trotar durante 16 horas a fio, percorrendo assim, até 140 Km por dia. Quando convenientemente alimentado e dessedentado, o animal suporta muito bem a fadiga e pode manter essa cadência durante 3 ou 4 dias consecutivos percorrendo assim, mais de 500 Km. com os dromedários de sela ou de carga medíocre tudo é diferente. Na melhor das hipóteses, não vão além de 50 Km por dia. Com 150 Kg de carga, avançam em média 4 Km por hora, marcha que podem manter durante 12 horas a fio. em boas pistas e se o traseiro não é demasiado chegam a percorrer uns 40 Km por dia. Mas pode-se considerar como comum a média de 25 a 30 KM por dia.
Os camelos do Saara constituem notável exemplo de adaptação à seca. Entretanto não são capazes como quer a lenda, de ficar uma semana ou mais sem beber, exceto no inverno. Nessa época do ano a temperatura do deserto é mais suportável, e uma flora típica surge então. Os dromedários que comem estas plantas muito suculentas não tem necessidade de água comum a não ser que se exija deles trabalho muito intenso. Além disso, são capazes de beber água salobra que outros mamíferos, como por exemplo o homem, não poderiam engolir sem sofrer uma desidratação.
Fonte: http://bioweb.uwlax.edu/
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