A Tartaruga de Couro ou Gigante é a maior espécie de tartaruga que existe atualmente, é chamada de gigante, por que pode chegar a medir até dois metros de comprimento de casco e pesar 900 quilos e “de Couro”, por que tem o casco menos rígido que outras tartarugas marinhas e que se assemelha a um couro, composto por uma camada de pele fina e resistente e milhares de placas minúsculas de osso, formando sete quilhas ao longo do comprimento, sendo que apenas os filhotes apresentam placas córneas.
A Tartaruga de Couro é de cor preta com pontos brancos ou amarelos e possuí grandes nadadeiras frontais que proporcionam grande força e velocidade, permitindo a mesma migrar há longas distâncias passando desde o Oceano Índico, o Pacífico, o Atlântico e indo até o Círculo polar ártico (com teperaturas de cerca de 6°C). Vivem sempre em alto mar e só se aproximam da costa para desovar (no caso das fêmeas ), os machos quase nunca se aproximam da costa, tocando a terra apenas nos primeiros momentos após a eclosão dos ovos. Podem mergulhar até quase 1000 metros de profundidade, pois sua alta concentração de óleos no organismo as protege de possíveis descompressões.
Desovam em costas brasileiras ( litoral do Espírito Santo ) algo em torno de 7 fêmeas, e em áreas internacionais como Malásia, Nova Guiné, Moçambique, África do Sul, Madagáscar e Costa Rica, onde estima-se que existam cerca de 340 mil fêmeas em idade reprodutiva. Sendo que cada ninho possui em média cerca de 1 metro de profundidade e 20 centímetros de diâmetro, que é escavado pacientemente pela mãe com as nadadeiras traseiras, durante a postura a fêmea emite sons parecidos com rugidos profundos que mais parecem de um mamífero, os ovos inférteis são menores e são os últimos a serem depositados, ficando na parte superior do ninho, servindo como uma espécie de câmara de ar para isolamento e proteção, ao término da desova, as fêmeas cobrem o ninho de areia em apenas 15 minutos e a fêmea dissimula seu o rasto atirando areia ao ar com as nadadeiras e nalguns casos até rodopia à volta do ninho para confundir os predadores que tentam localizar os ovos nas horas seguintes a desova.
Ao saírem do mar para a desova, as tartarugas-couro lacrimejam um óleo que se destina a lubrificar os olhos e impedir que sequem durante a emersão e o esforço da postura. Os antigos indígenas diziam que elas choravam ao reproduzirem-se. Comer da sua carne pode significar morte, ou a ocorrência de sintomas menores tais como náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias, entre outros. Alimenta-se principalmente de águas-vivas e por isso ao encontrar pedaços de plásticos jogados ao mar, podem confundi-los com seu alimento e se intoxicarem com os mesmos e juntamente com outros fatores como a destruição dos locais de desova e a baixa taxa de sobrevivencia das tartaruguinhas recém nascidas, tornam está a espécie de tartaruga marinha que se encontra mais ameaçada de extinção.
Fonte: http://www.tartarugas.avph.com.br/
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