Contudo, os resultados deste trabalho, publicados na revista Journal of Experimental Biology, sugere que ela pode ficar um dia inteiro sem vir à superfície. Através da medição dos níveis de oxigênio dentro da bolha onde a aranha respira e na água envolvente, a equipe identificou uma troca de gases semelhante àquela que ocorre nas guelras dos animais que respiram debaixo de água.“À medida que a aranha consome oxigênio de dentro da bolha, o nível de oxigênio diminui no seu interior. O oxigênio pode descer para níveis inferiores aos do oxigênio dissolvido na água e, quando isso acontece, o oxigênio pode ser conduzido da água para dentro da bolha”, explica Seymour.
“O dióxido de carbono que a aranha produz não constitui um problema porque é rapidamente dissolvido na água e nunca se acumula.”No entanto, ao contrário dos animais que realizam trocas de oxigênio e dióxido de carbono através das guelras, as aranhas tem de lidar com os outros gases presentes no ar que transportam. “Como o oxigênio é retirado da bolha de ar e o CO2 não se acumula, aumenta a concentração de azoto na bolha”, conclui.À medida que o azoto se dispersa da bolha esta entra em colapso mas o processo é tão lento que pode demorar um dia, de acordo com o resultado da pesquisa dos cientistas. “A aranha é capaz de se manter debaixo de água mesmo nos dias muitos quentes", sublinha Seymour.A aranha d'água não precisa regressar com frequência à superfície, o que reduz a possibilidade de ser atacada por predadores. Por outro lado, também lhes permite esperar serenamente pelas suas presas.
Fonte: www.bbc.co.uk
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