A biomassa é “todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser utilizada na produção de energia”, segundo definições da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).As formas vegetais de biomassa, como a lenha, o bagaço da cana-de-açúcar, casca de arroz, casca de coco e resíduos da indústria madeireira e de papel e celulose, são consideradas como nulas em emissões de gases do efeito estufa (GEE) , pois durante o processo de fotossíntese das plantas o dióxido de carbono (CO2) liberado durante o processo de queima para geração de energia é novamente absorvido. Graças a este processo, o balanço total de emissões é dito como sendo ‘neutro’.
Biomassa Animal
Já a biomassa animal, como os dejetos e as gorduras, pode ser aproveitada para a geração de energia e redução das emissões de GEE. Câmaras anaeróbicas, como biodigestores, podem ser utilizadas para o tratamento de dejetos de animais, principalmente criações confinadas de suínos que possuem alto teor de metano. Nestas câmaras fechadas, a decomposição dos dejetos gera metano, um gás com alto teor energético, que é canalizado para a posterior queima.A queima do metano o transforma em CO2 e gera energia. O CO2 possui um poder de aquecimento global 21 vezes menor do que o metano, resultando em uma redução das emissões de GEE. As gorduras animais podem ser utilizadas para a produção de biodiesel.
Biomassa Vegetal
Geralmente a biomassa vegetal é aproveitada através da queima direta em fornos e caldeiras, e para aumentar a sua eficiência alguns processos e tecnologias estão sendo aperfeiçoados, como a gaseificação e a pirólise.No Brasil, aproximadamente 30% do consumo doméstico bruto de energia é derivado de produtos da biomassa vegetal. Além disso, segundo a ANEEL, a biomassa representa 30% dos empreendimentos de co-geração em operação no país.Ainda conforme a ANEEL, na produção de etanol, cerca de 28% da cana é transformada em bagaço. Em termos energéticos, o bagaço equivale a 49,5%, o etanol a 43,2% e o vinhoto a 7,3%. Mesmo com esse alto valor energético, o bagaço é pobremente utilizado nas usinas, sendo praticamente incinerado na produção de vapor de baixa pressão (20 kgf/cm2).
Esse vapor é utilizado em turbinas de contrapressão nos equipamentos de extração (63%) e na geração de eletricidade (37%). A maior parte do vapor de baixa pressão (2,5 kgf/cm2) que deixa as turbinas é utilizada no aquecimento do caldo (24%) e nos aparelhos de destilação (61%); o restante (15%) não é aproveitado.O Proinfa estimulou desde 2004 até o final de 2008 o aproveitamento de cerca de 680 MW de energia gerada a partir da co-geração em usinas de cana-de-açúcar. Esta é uma fonte energética que normalmente seria desperdiçada e possivelmente depositada em locais abertos gerando degradação ambiental.A Coordenação-Geral de Mudanças Globais de Clima Ministério da Ciência e Tecnologia estima que o potencial de capacidade instalada do Brasil em biomassa como fonte renovável seja de:
-bagaço de cana-de-açúcar - 8.700 MW;
-casca de arroz e resíduos de madeira - 1.300 MW;
-casca de arroz e resíduos de madeira - 1.300 MW;
-resíduos sólidos urbanos - 600 MW.
Análises de sistemas convencionais (vapor) de geração de energia nas usinas e destilarias brasileiras indicam a possibilidade de aumentar os atuais níveis de conversão do bagaço para eletricidade de 4% para 16% ou mais, incluindo a possibilidade de co-geração durante todo o ano utilizando os resíduos. A tecnologia de gaseificação/turbina a gás (BIG/GT), ainda em desenvolvimento, poderia elevar os níveis de conversão para valores acima de 27%. Além do mais, o potencial de geração de energia poderia tornar-se uma fração substancial da produção total.
muito bom continue desenvolvendo o seu trablho no site
ResponderExcluirmuito bom continue desenvolvendo o seu trablho no site
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