Há muito tempo cientistas e germófobos sabem que a pele humana, literalmente, da cabeça aos pés, está sempre repleta de bactérias e outros microrganismos. Um novo estudo, publicado em 28 de maio na Science, mostra que a pele hospeda muito mais desses pequenos organismos que se pensava. No corpo de um adulto saudável estima-se que células microbiais superem o numero de células humanas de um fator de dez para um. Essas comunidades, no entanto, são pouco estudadas, e seus efeitos no desenvolvimento da fisiologia, imunologia e nutrição humanas são praticamente desconhecidos. Numa tentativa de aproveitar avanços tecnológicos recentes e desenvolver novos métodos, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, da sigla em inglês), iniciou recentemente o Projeto do Microbioma Humano (HMP, na sigla em inglês).
A intenção,neste caso, é gerar recursos que permitam uma caracterização abrangente da microbiota humana e uma análise do papel que ela desempenha na saúde e nas doenças.Pesquisadores envolvidos no HMP sequenciaram genes provenientes de amostras da pele de voluntários e encontraram 19 filos e 205 gêneros diferentes de bactérias, e mais de 112 mil sequências de gene distintas. Estudos anteriores de cultura epitelial indicavam a existência de apenas um tipo de bactéria (Staphylococcus, cepa virulenta responsável pelas infecções estafilocócicas) como habitante principal da pele humana. Mas não há necessidade de exagerar nos bactericidas, pois a maior parte desses organismos é inofensiva.
Todas as amostras foram coletadas de 20 diferentes regiões propensas a doenças no corpo de dez voluntários saudáveis ─ da cabeça aos pés, incluindo nádegas e parte interna dos cotovelos.Quando essa análise inicial estiver completa, os pesquisadores pretendem criar um catálogo de bactérias para melhorar o tratamento de doenças de pele que ocorrem quando a população de bactérias está desequilibrada, como acne ou eczema. “A pele pode ser entendida como um ecossistema onde proliferam comunidades de microrganismos que vivem em uma série de nichos fisiológica e topograficamente distintos”, segundo um dos autores do trabalho liderado por Elizabeth Griece. “Por exemplo, uma axila úmida e com pêlos é pouco diferente de um antebraço liso e seco, mas os dois nichos, ecologicamente, são tão distintos quanto florestas tropicais e desertos”.Seria possível imaginar onde existem mais tipos de bactérias? Não é na “floresta tropical”, nem “abaixo da cintura”. Pensou no antebraço? Só ele abriga, em média, 44 espécies diferentes.
Todas as amostras foram coletadas de 20 diferentes regiões propensas a doenças no corpo de dez voluntários saudáveis ─ da cabeça aos pés, incluindo nádegas e parte interna dos cotovelos.Quando essa análise inicial estiver completa, os pesquisadores pretendem criar um catálogo de bactérias para melhorar o tratamento de doenças de pele que ocorrem quando a população de bactérias está desequilibrada, como acne ou eczema. “A pele pode ser entendida como um ecossistema onde proliferam comunidades de microrganismos que vivem em uma série de nichos fisiológica e topograficamente distintos”, segundo um dos autores do trabalho liderado por Elizabeth Griece. “Por exemplo, uma axila úmida e com pêlos é pouco diferente de um antebraço liso e seco, mas os dois nichos, ecologicamente, são tão distintos quanto florestas tropicais e desertos”.Seria possível imaginar onde existem mais tipos de bactérias? Não é na “floresta tropical”, nem “abaixo da cintura”. Pensou no antebraço? Só ele abriga, em média, 44 espécies diferentes.
Fonte:http://www2.uol.com.br/
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