A Agência Internacional de Energia (AIE) tem uma má notícia para o planeta: na melhor das hipóteses, o aquecimento global neste século deverá ser de trágicos 3ºC em relação à era pré-industrial. A redução de emissões de gases-estufa necessária para evitar a mudança climática perigosa pode não ser tecnicamente viável.
O veredicto está no “Panorama Global de Energia 2008″, documento que apresenta as tendências do cenário energético mundial. O período analisado vai de 2006 a 2030.
Segundo o relatório, a estabilização da concentração de gás carbônico (CO2) em 450 ppm (partes por milhão) na atmosfera -que produziria um aumento “seguro” da temperatura global de 2ºC- dificilmente será obtida. O máximo a que o mundo pode aspirar, e a um custo alto, é a estabilização em 550 ppm, o que produziria um aquecimento de 3ºC.
“Mesmo sem considerar a viabilidade política, é incerto se a escala da transformação vislumbrada é tecnicamente alcançável”, diz o relatório. Segundo a AIE, o mundo pode ficar até 6ºC mais quente se o cenário atual de emissões for mantido. O primeiro passo para reverter essa tendência é alcançar um acordo global significativo de redução de emissões no ano que vem, na conferência do clima de Copenhague. “As conseqüências para o clima da inação política são chocantes”, continua a agência.
As dificuldades para alcançar uma estabilização em 450 partes por milhão de CO2 são de diversas ordens. Primeiro, a demanda por energia deve crescer 45% entre 2006 e 2030. Os combustíveis fósseis, como o petróleo, continuarão respondendo por 80% da demanda.
Mesmo com o pico dos preços em 2008 e com a redução da taxa de crescimento do PIB global devido à crise financeira, as emissões projetadas neste ano pela agência para 2030 são apenas 1 bilhão de toneladas de CO2 mais baixas que o projetado em 2007. Elas devem crescer 45%, das atuais 28 bilhões de toneladas por ano para 41 bilhões de toneladas por ano.
Por fim, continua o relatório, há um problema estrutural do setor de energia, que é sua taxa lenta de substituição de capital. Uma tecnologia nova demora muitos anos para se espalhar pelo setor. Mesmo com o crescimento das energias renováveis, como eólica e solar -que devem se tornar a segunda fonte de geração de eletricidade no planeta em 2010-, três quartos da eletricidade em 2020 virá de usinas já existentes.
“Se todas as usinas construídas de hoje em diante fossem livres de carbono, as emissões de CO2 do setor de energia seriam apenas 25% menores em 2020 que em 2006″, diz a AIE.
O veredicto está no “Panorama Global de Energia 2008″, documento que apresenta as tendências do cenário energético mundial. O período analisado vai de 2006 a 2030.
Segundo o relatório, a estabilização da concentração de gás carbônico (CO2) em 450 ppm (partes por milhão) na atmosfera -que produziria um aumento “seguro” da temperatura global de 2ºC- dificilmente será obtida. O máximo a que o mundo pode aspirar, e a um custo alto, é a estabilização em 550 ppm, o que produziria um aquecimento de 3ºC.
“Mesmo sem considerar a viabilidade política, é incerto se a escala da transformação vislumbrada é tecnicamente alcançável”, diz o relatório. Segundo a AIE, o mundo pode ficar até 6ºC mais quente se o cenário atual de emissões for mantido. O primeiro passo para reverter essa tendência é alcançar um acordo global significativo de redução de emissões no ano que vem, na conferência do clima de Copenhague. “As conseqüências para o clima da inação política são chocantes”, continua a agência.
As dificuldades para alcançar uma estabilização em 450 partes por milhão de CO2 são de diversas ordens. Primeiro, a demanda por energia deve crescer 45% entre 2006 e 2030. Os combustíveis fósseis, como o petróleo, continuarão respondendo por 80% da demanda.
Mesmo com o pico dos preços em 2008 e com a redução da taxa de crescimento do PIB global devido à crise financeira, as emissões projetadas neste ano pela agência para 2030 são apenas 1 bilhão de toneladas de CO2 mais baixas que o projetado em 2007. Elas devem crescer 45%, das atuais 28 bilhões de toneladas por ano para 41 bilhões de toneladas por ano.
Por fim, continua o relatório, há um problema estrutural do setor de energia, que é sua taxa lenta de substituição de capital. Uma tecnologia nova demora muitos anos para se espalhar pelo setor. Mesmo com o crescimento das energias renováveis, como eólica e solar -que devem se tornar a segunda fonte de geração de eletricidade no planeta em 2010-, três quartos da eletricidade em 2020 virá de usinas já existentes.
“Se todas as usinas construídas de hoje em diante fossem livres de carbono, as emissões de CO2 do setor de energia seriam apenas 25% menores em 2020 que em 2006″, diz a AIE.
Fonte:Folha de São Paulo
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