quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Planeta em alerta, as abelha estão em perigo

Um parasita de pouco mais de 1 milímetro de comprimento é o responsável pela pior devastação já ocorrida nas criações de abelhas na Europa, alcançando também o norte da África e o continente americano. Trata-se da Varroa jacobsoni – a desinência, em homenagem ao entomologista holandês que a identificou na Ásia no início do século. A varroa se desenvolve junto com as larvas de abelhas, proliferando rapidamente. Calcula-se que cada abelha pode alojar até quatro parasitas, capazes de sugá-la até a morte. Embora a varroa tenha se originado nas abelhas asiáticas (Apis cerana), estas aprenderam a eliminá-la. 
O principal problema ocorre com as abelhas européias (Apis mellifera), justamente as maiores produtoras de mel. Estima-se que a varroa já atingiu 90 por cento dos enxames em algumas regiões da Europa Ocidental. Como os enxames também são usados para a polinização das plantações, o problema está afetando indiretamente a produção européia de frutas. Os criadores de abelhas no Brasil têm mais sorte. Segundo Constantino Zara Filho, presidente da Apacame, entidade representativa dos apicultores paulistas, “a varroa prolifera mais rapidamente em países de clima frio. No Brasil, consideramos que ela é responsável por apenas 1 por cento dos prejuízos à produção anual de mel”.
A abelha, inseto milenar, está presente em toda a história da humanidade, desde o início dos tempos. Desde as mais remotas civilizações até as mais recentes descobertas, a abelha sempre esteve e está intimamente associada ao ser humano e sua evolução. As abelhas podem ser indicadores biológicos do equilíbrio ambiental, muito útil no esforço da conservação, da biodiversidade e na exploração sustentável do meio ambiente.É urgente que se reconheça as abelhas e outros animais polinizadores como essenciais para a sustentabilidade da produção mundial de alimentos. Segundo pesquisadores, a produção de 2/3 da alimentação humana depende, direta ou indiretamente da polinização por insetos e, de acordo com estimativas feitas em 1998, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), há no mundo uma perda de U$54 bilhões devido a deficiência na polinização das plantas cultivadas.  

Fonte: http://qz.com

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Você sabe o que aconteceria se todos os gatos do mundo desaparecessem?

Talvez você seja uma das pessoas que amam gatos, ou uma das que odeiam ou têm alergia. De qualquer modo, quando você passa por um gato tirando uma soneca na poltrona, ou dando uma típica arranhada na parede, a última coisa que você pensa é que eles são indispensáveis, trabalhadores pesados da casa ou do mundo. Mas, na verdade, os especialistas afirmam que se todos os gatos do mundo subitamente morressem, as coisas ficariam rapidamente “pretas” para nós. Os gatos, tanto de estimação quanto selvagens, podem nos enganar para que pensemos que eles dependem da nossa comida ou lixo para sobreviver, mas, de acordo com Alan Beck, professor de medicina veterinária da Universidade Purdue, eles são predadores com habilidades de caça adaptáveis. “Eles são grandes predadores de pequenos animais, e podem sobreviver solitários quando há escassez de comida, ou viver prosperamente quando há comida abundante”, afirma. 
E é por isso que sentiríamos falta deles. Gatos são vitais para controlar a população de ratos e outros roedores. Beck comenta que na Índia os gatos têm um papel significante na quantidade de grãos perdidos por conta de consumo ou contaminação por ratos. Em outras palavras, pode até ser verdade que os humanos alimentem os gatos, mas sem eles, nós teríamos menos alimento. Mas quão dramaticamente a população de ratazanas iria aumentar se os gatos subitamente desaparecessem? Vários estudos já foram feitos para tentar descobrir esse dado. Um deles, de 1997, descobriu que o gato comum doméstico mata mais de 11 animais (incluindo ratos, pássaros, sapos e outros) no período de seis meses. Isso significa que os nove milhões de gatos do Reino Unido (onde o estudo foi realizado) matavam coletivamente algo próximo dos 200 milhões de espécimes por ano – sem incluir os animais mortos que não eram levados para casa.
Outro estudo, da Nova Zelândia, em 1979, descobriu que, quando os gatos de uma pequena ilha foram quase dizimados, a população de ratos rapidamente quadruplicou. E se a população de roedores se multiplicasse, causaria uma cascata de outros efeitos no ecossistema. Na mesma ilha da Nova Zelândia, por exemplo, os ecologistas observaram que, conforme os ratos aumentaram no lugar dos gatos, o número de ovos de alguns pássaros, que os ratos comiam, diminuiu. Se os 220 milhões, aproximadamente, de gatos domésticos do mundo morressem, a população de alguns pássaros cairia muito, enquanto os predadores de ratos, fora os gatos, iriam aumentar. “Todas as espécies têm um impacto”, afirma Beck. 

Fonte: http://www.livescience.com

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Hemiscyllium halmahera, o tubarão que anda no fundo do mar


Este vídeo mostra uma nova espécie de tubarão-de-bambu (Hemiscyllium halmahera), descoberta este ano, caminhando no fundo do mar de uma ilha na Indonésia: A espécie foi descrita a partir de dois exemplares coletados ao largo da costa da ilha Halmahera, e é muito semelhante à Hemiscyllium galei, encontrada na província indonésia de Papua Ocidental. A diferença está no padrão de manchas: enquanto a H. galei possui sete grandes manchas escuras de cada lado do seu corpo, a H. halmahera apresenta uma cor castanha, com conjuntos de pontos em forma de formas geométricas em todo o corpo. No entanto, a característica mais interessante da espécie recém-descoberta (e que a diferencia dos demais tubarões que não são “bambu”) é o fato de eles usarem suas barbatanas peitorais para “andar” na superfície do fundo do oceano. O animal mede cerca de 80 cm de comprimento e é inofensivo aos humanos. É mais ativo durante a noite, quando vaga pelo oceano em busca de peixes e mariscos para se alimentar. A revelação da existência desta nova espécie de tubarão foi dada pelo ictiologista (especialista em peixes) Gerald Allen, nascido em Los Angeles, mas de cidadania australiana. A descrição da espécie e dos trabalhos de investigação foram publicados na revista científica International Journal of Ichthyology. 

Fonte: http://www.livescience.com/

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que tem a ver, a maior extinção em massa do planeta e o aparecimento dos humanos.

De acordo com uma nova pesquisa, os antigos parentes mais próximos dos mamíferos – os cinodontes terápsidos – não só sobreviveram à maior extinção em massa de todos os tempos, 252 milhões de anos atrás, como também deram início aos primeiros mamíferos conhecidos – e, consequentemente, a nós, seres humanos. Os primeiros mamíferos surgiram no período Triássico, há mais de 225 milhões de anos. Esses primeiros exemplares incluíam pequenos animais similares ao musaranho, como o Morganucodon, que habitava as terras que agora pertencem à Grã Bretanha, o Megazostrodon, da África do Sul, e o Bienotherium, que vivia no que hoje conhecemos como China. 
Eles possuíam dentes semelhantes aos nossos, porém modificados (incisivos, caninos e molares), além de grandes cérebros. Provavelmente tinham também sangue quente e eram coberto por pelos – todas características que os diferenciam de seus ancestrais répteis e que contribuem para o sucesso de hoje dos mamíferos. No entanto, uma nova pesquisa sugere que esse conjunto de características únicas foi surgindo gradualmente durante um longo espaço de tempo. O estudo levanta a hipótese de os primeiros mamíferos surgiram como resultado da extinção em massa do fim do período geológico Permiano, que acabou com 90% dos organismos marinhos e com 70% das espécies terrestres. 
A pesquisa foi conduzida em conjunto pela Universidade de Lincoln, no Reino Unido, o Museu Nacional, em Bloemfontein, na África do Sul, e a Universidade de Bristol, também no Reino Unido, e foi publicada pela revista científica “Proceedings of the Royal Society B”. O autor principal do estudo, Marcello Ruta, palaeobiólogo evolutivo da Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade de Lincoln, Grã Bretanha, diz que as extinções em massa são sempre vistas como um viés totalmente negativo. “No entanto, no caso dos cinodontes terápsidos, que compreendiam um número muito pequeno de espécies antes da extinção, foi algo realmente positivo, uma vez que eles foram capazes de se adaptar e preencher muitos nichos diferentes no período Triássico, de carnívoros a herbívoros”. 
A coautora do estudo, Jennifer Botha-Brink, do Museu Nacional, em Bloemfontein, África do Sul, lembra que, durante o período Triássico, os cinodontes estavam divididos em dois grupos: os cinognatos e os probainognatos.“Os primeiros eram principalmente herbívoros e os segundos se alimentavam principalmente de carne. Os dois grupos pareciam se expandir e desaparecer de forma aleatória – os primeiros eram encontrados em maior quantidade em um dado momento, e em instantes distintos, o outro grupo prevalecia”, conta. “No final, os probainognatos se tornaram mais diversificados e mais variados em questão de adaptações, e deram origem aos primeiros mamíferos cerca de 25 milhões de anos após a extinção em massa”. O professor Michael Benton, da Universidade de Bristol, Grã Bretanha, e também coautor da pesquisa, acrescenta que quando um grupo maior, como o dos cinodontes, se diversifica, é a forma do corpo ou a quantidade de adaptações que se expande primeiro. “A diversidade, ou número de espécies, aumenta depois que todas as morfologias disponíveis para o grupo foram experimentadas”, completa. Os pesquisadores concluíram que a diversidade dos cinodontes aumentou de forma constante durante a recuperação da vida após a extinção em massa. Isto sugere que não há diferença particular na diversidade morfológica entre os primeiros mamíferos e seus predecessores imediatos, os cinodontes. 

Fonte: http://www.sciencedaily.com

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cinco bons motivos para não ingerir água engarrafada

Apesar de ser responsável por grandes debates sobre a quantidade ideal para sua ingestão, os benefícios da água para a saúde são inegáveis. Segundo a nutricionista Amélia Duarte, o líquido está presente em 50% a 75% do peso corporal de um adulto e é um dos principais transportadores de nutrientes do nosso corpo e age também como suporte para o bom funcionamento intestinal.Mas é preciso ficar atento quando os assuntos são as fontes e o armazenamento deste recurso. Há anos, a água engarrafada está na mira de críticos e ambientalistas europeus e norte-americanos. A discussão chegou ao Brasil em 2010, mas não ganhou força, apesar deste produto ser visto por muitos cientistas como um ícone do desperdício, da desigualdade social e também um risco para a saúde. 

1. Ingestão de produtos químicos 
O biólogo Carlos Lehn alerta que, para cada litro de água engarrafada, é estimada a utilização de 200ml de petróleo em sua produção, embalagem, transporte e refrigeração. Além disso, um estudo norte-americano revelou que há presença de fertilizantes, produtos farmacêuticos, desinfetantes, e outras fórmulas químicas presentes no produto agem de forma negativa no corpo humano. 

2. Danos socioambientais 
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 900 milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso à água de boa qualidade, enquanto que uma parcela da população prefere consumir água engarrafada mesmo tendo acesso à água tratada. O consumo excessivo do produto em todo o mundo pode levar à superexploração de aquíferos, o que deixaria um legado de falta de água para gerações futuras. Lehn aponta que a produção e distribuição do volume das águas engarrafadas podem gerar mais de 60 mil toneladas de emissões de gases do efeito estufa, o equivalente ao que 13 mil carros geram em um ano. 

3. Produção de lixo 
Apesar de serem materiais recicláveis, as garrafas utilizadas para o acondicionamento do recurso geralmente não são recicladas, podendo produzir até 1,5 milhões de toneladas desses resíduos por ano. E, para produzir essa quantidade de plástico, são gastos cerca de 47 milhões de litros de óleo. A cidade de Concord, em Massachusetts (EUA), foi a primeira comunidade dos Estados Unidos a abandonar a utilização das garrafas plásticas de uso único, em 2013. O motivo? Elas não estimulam a reutilização. Em 2010, só nos EUA a estimativa era o descarte de 50 bilhões de embalagens plásticas de água por ano. Menos de 10% são recicladas. "Alguns hábitos antigos, como a sacola de pano e a garrafa de vidro podem representar a solução para alguns de nossos maiores problemas, a exemplo do acúmulo de lixo nas grandes cidades", reforçou o biólogo ao site JorNow. 

4. Preço abusivo 
O preço da água engarrafada é quase 100 vezes mais alto do que a disponibilizada pelo sistema público. Além disso, o lucro com a venda do produto, que poderia ser investido na melhoria do abastecimento público de água, permanece privatizado. 

5. Menos atenção aos sistemas públicos 
... E se temos água engarrafada para consumir, para que investir em um bom sistema de abastecimento de água público? O crescimento da indústria de água engarrafada pode incentivar a privatização da comercialização do recurso em todo o mundo - o que não seria um bom sinal para qualquer governo. 

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/cinco-razoes-para-nao-beber-agua-engarrafada